Tudo
tem sua hora.
“Tudo tem o seu tempo determinado. Há tempo
de nascer, e tempo de morrer. Tempo de plantar, e tempo de colher o que se
plantou. Tempo de chorar e tempo de rir. Tempo de rasgar, e tempo de coser. Tempo
de estar calado, e tempo de falar”.
E a infância é tempo de brincar, tempo de
correr. Tempo de acreditar que a vida é
cor de rosa. É a época do pega-pega, do esconde-esconde, do passa anel, da
amarelinha. Tempo de andar de skate, de jogar bola, de brincar na praça.
A infância é tempo de ir dormir na casa dos
avós. Tempo de empinar pipa, de brincar de bonecas, carrinhos. Tempo de assistir
Tv, jogar no celular, de conversar no whatsapp.....
É tempo de acreditar nos Contos de Fadas. Tempo
de ser protegido pela família de todas as maldades e perigos do mundo.
É
tempo de ter amigos imaginários e não INIMIGOS REAIS.
O alienador parental não
respeita o tempo. Sem dó nem piedade tira as cores da infância. Retira a
criança das brincadeiras para leva-la ao Fórum, ao Conselho Tutelar, à
Delegacia, ao IML, ao Psicólogo, etc.
Apresenta vocabulário ‘estranho, não fala de Pepa Pig, de
Simpsons, nem de Princesas ou Príncipes e sim de Processos, Ações, Juízes, Estudos
Psicossociais, Guardas Unilaterais, Advogados, Abusos sexuais, Medidas
Protetivas....
A criança alienada deixa de ser livre para ser prisioneira de problemas que são de
seus pais. Em tenra idade aprenderá a sentir a mesma dor do genitor alienador
como se um fossem.
O alienador trata com a criança de assuntos relacionados aos
Processos que correm em segredo de justiça. Contam para os filhos
particularidades sobre o relacionamento do ex casal como se a criança fosse
capaz de compreender problemáticas quem nem Freud explica.
Um
filho menor de idade não é ‘uma comadre’ e muito menos um terapeuta de casais.
Não cabe a ele ser ouvinte de desilusões amorosas.
Tem filho por ai defendendo o alienador com unhas e dentes.
Esbravejam que o não guardião tinha amantes e que passou parte dos anos traindo
o guardião. Tomam para si dores alheias.
Que
proveito tem o alienador ao apresentar a “Decepção” ao filho sem respeitar sua
idade?
A criança ou adolescente que tinha o outro genitor como Herói
terá que mata-lo simbolicamente em defesa do guardião. Não é esse um fardo demasiado pesado para quem recém chegou ao mundo?
Se ser um adulto alienado é difícil, imaginem-se estar no
lugar das crianças. Adultos ficam totalmente impotentes diante dos impedimentos
de convivência impostos pelo guardião e não conseguem desmascará-lo para o
resto da família e sociedade. Se TODO judiciário é seduzido com a conversa mole
dos alienadores, imaginem o grau de convencimento que têm diante dos filhos. O
que um alienador fala é para o filho sinônimo de VERDADE ABSOLUTA e a criança não tem estrutura emocional e nem
experiência de vida para sequer questionar o que lhe foi contado.
O alienador se mostra para criança com INSUBSTITUÍVEL e único
ser capaz de atender suas necessidades. Superprotege a cria e não desgruda da
criança como se estivessem ligados pelo cordão umbilical.
O
desenvolvimento do ser humano é um processo que acontece dia a dia,
por isso, impedir a criança de ter vida própria não é nada saudável, porque quando o filho completar 18 anos o
alienador vai exigir dele comportamentos que ele não aprendeu. Geralmente nessa
idade o provedor de alimentos pára de pagar a pensão alimentícia e o guardião
manda o filho para mercado de trabalho, mas quais habilidades o jovem
conquistou tendo ficado preso ao umbigo do alienador?
Distorcer a realidade e enfiá-la goela abaixo do filho para
impedi-lo de conviver com toda sua parentela é uma aberração, uma anormalidade,
um desvio de conduta.
As consequências dos atos de alienação são muito graves e vão
muito além do que se imaginam (se é que algum alienador se preocupa com isso!)
Crianças são vítimas inocentes no meio da guerra dos pais.
São reféns de guerra num dos lugares que mais deveriam se sentir protegidas:
seus lares.
O que ganha um alienador ao implantar o medo na criança? O
que ganham ao dizer que o não guardião irá sequestra-lo na primeira
oportunidade ou que a madrasta ou padrasto irão envenenar a comida para que
filho não fique para ninguém?
Tenho visto crianças que preferem ficar com vizinhos que com
a família do não guardião.
O medo foi desenvolvido pelos animais para protegerem a
própria vida. Em situações de medo nos preparamos para atacar ou fugir da fonte que nos provoca esse sentimento. Por esse
motivo vemos crianças e adolescente atacando verbalmente os pais ou ‘fugindo’
da convivência dizendo que não querem ver o genitor.
Se por acaso encontra com o não guardião em alguma ocasião
inesperada, o coração acelera e a respiração também, os músculos ficam tensos e
a adrenalina toma conta do corpo e o cérebro dessa criança vai ficar
indevidamente focado numa tensão de algo que está por acontecer e isso é muito
grave, pois beira o PAVOR de um genitor que ele amava antes da lavagem cerebral
a que foi submetido.
Com o tempo os problemas podem ser ainda maiores. A criança
pode ter problemas cardíacos, distúrbios respiratórios, os corticoides e os hormônios
que são liberados na corrente sanguínea vão baixar a imunidade dessa criança que
ficará mais suscetível a doenças.
Essa é uma realidade dura e difícil de trabalhar. Tudo tem
sua hora. Tudo tem seu tempo. Já está na hora e no tempo do alienador parental
buscar ajuda psicológica para se conscientizar que sua principal vítima é o
filho que ele diz amar.
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