Apenas os que confundem grosseiramente a relação de
conjugalidade com os vínculos de parentalidade existentes entre os filhos e
seus pais são contrários a guarda compartilhada em situação de dissenso (quando
o ex casal não se dá bem).
A Lei 13.058 diz: Quando não houver acordo entre a mãe e o pai quanto à guarda do
filho, encontrando-se ambos os genitores aptos a exercer o poder familiar, será aplicada a guarda
compartilhada, salvo se um dos genitores declarar ao magistrado que não deseja
a guarda do menor.
“A guarda compartilhada tem como objetivo a continuidade do exercício comum da
autoridade parental. Dito de outra forma, ela tem como premissa a continuidade
da relação da criança com os dois genitores, tal como era operada na constância do casamento ou da união fática,
conservando os laços de afetividade, direito e obrigações recíprocos”. Conrado
Paulino Rosa
Muitos operadores do Direito defendem que não há
possibilidade do ex casal exercer a guarda compartilhada dos filhos em tempo
equilibrado, porque, entre eles existem discordâncias, desarmonias, desavenças,
confrontos, discórdias, ora, se não houvesse nada disso, eles ainda estariam
casados.
Psicólogos, Advogados, Promotores, Juízes e Desembargadores
insistem em afirmar que a
rotina em um endereço fixo é superior à convivência tem tempo equilibrado com
ambos genitores.
Se o casal se separou como dar
continuidade na relação pais e filhos o
mais parecido possível de como quando moravam na mesma casa se o tempo
não for equilibrado ou se a criança não dormir nas duas casas?
Vamos fazer analogia da criança com o
planeta terra. A Terra necessita do sol
e da lua em TEMPO EQUILIBRADO. Sem
dia e noite as
chances de vida saudável na Terra seriam mínimas, quase nulas. Também
a criança necessita de pai e mãe e a ausência de convivência com um deles em
tempo equilibrado tornam as chances de desenvolvimento emocional saudável quase
inexistentes.
Em Norilsk (Rússia) de novembro a
fevereiro, o sol não nasce e somente
a aurora boreal rompe a escuridão da longa noite. Em troca, de maio a junho o
sol não desaparece do horizonte e é sempre dia.
O longo dia acaba não sendo menos difícil
para o ser humano que a noite interminável, aos quais se somam as tempestades,
os ventos e o frio quase eterno.
As intermináveis noites polar atemorizam o
turista e o senso de humor é obrigatório para sobreviver por lá, como o melhor
remédio para evitar a doença que os médicos chamam de síndrome de tensão
ártica.
Tal qual a
criança filha de pais separados que quando fica sob a guarda e custódia apenas
de um começa a ter problemas de comportamento, como: mudanças
bruscas no rendimento escolar, condutas regressivas, retraimento social, medos,
inseguranças, instabilidade e dificuldades emocionais, perturbação do sono
(ocorrência de pesadelos, terror noturno, sono inquieto, dificuldade ou mesmo
medo de dormir e enurese noturna), comportamento, diferente do padrão habitual,
choro frequente, condutas delinquentes ou auto agressivas, etc.
E os intermináveis atos de alienação parental a que são submetidas a
deixarão não com a síndrome de tensão ártica, mas com a síndrome da alienação
parental.
Nada demais é bom. O equilíbrio é
o sucesso de tudo. A terra necessita do dia e da noite. Necessita da
chuva e do vento, ter apenas luz solar por meses seguidos não é salutar. Ter
apenas escuridão por meses seguidos, também não é saudável.
Chuva pra molhar o solo e manter as represas em nível de água adequado
são sempre bem vindas, mas chuvas torrenciais durante semanas, não é bom,
porque, inunda casas, escolas, hospitais, comércios.... A ‘bonança’ virá e
juntamente com ela muita lama ficará
no caminho.
Alguns avós têm sido chuva na vida dos netos, outros, chuva ácida,
tempestades, temporais e tsunamis. Outros são desertos, alguns são vulcões.
A terra sofre com alguns fenômenos: ciclones, furacões, maremotos,
terremotos, igualmente as crianças que têm arrancadas de si (alheia à sua
vontade) um dos genitores sofrerá uma gama de emoções fortíssimas que poderá
marcar sua personalidade para o resto da vida, principalmente no que diz
respeito a emoção mais fundamental do ser humano: o medo de ser abandonado.
A preservação do meio ambiente depende
muito da sensibilização dos indivíduos de uma sociedade e a preservação de uma criança depende dos adultos que estão à sua
volta.
“A sustentabilidade ambiental e ecológica
é a manutenção do meio ambiente do planeta Terra, é manter a qualidade de vida,
manter o meio ambiente em harmonia com as pessoas. É cuidar para não poluir a
água, separar o lixo, evitar desastres ecológicos, como queimadas,
desmatamentos. O próprio conceito de sustentabilidade é para longo prazo,
significa cuidar de todo o sistema, para que as gerações futuras possam
aproveitar”.
A qualidade de vida de uma criança está na
harmonia que seus parentes lhe proporcionam. Muitos pais, mães, avós, tios,
madrastas, padrastos têm ‘poluído a mente’, ‘jogado lixo’, ‘queimado memórias’,
‘desmatado afetos’ de seus filhos, netos e enteados.
Cuidar do bem-estar, cuidar dos INTERESSES
DA CRIANÇA é cuidar de todo o ‘sistema’ (físico, emocional, educacional,
cultural, etc.) para que as gerações futuras reconheçam nele o quão boa, harmônica
e equilibrada foi sua família.
Lembrando a todos que com a separação a família
não acaba, apenas se modifica e os membros passam a morar em casas separadas,
por esse motivo, a criança tem O
SAGRADO DIREITO DE TER DUAS HABITAÇÕES.
Profissionais envolvidos ‘em casos de
Família’ parem de fazer tempestades em copos d’água, porque, dois lares é sempre melhor que um!
Um filho é sempre fruto de um par, por
isso, o natural é que os dois cuidem, zelem e eduquem em proporções iguais. Tempo equilibrado NÃO desequilibra o
emocional de ninguém.
O que desequilibra todo mundo são os factoides,
ou seja, as afirmações improváveis, que
de tanto ser repetidas acabam sendo aceitas como verdade inquestionáveis de que
a criança necessita de uma residência fixa e de apenas um genitor no ‘comando’.
Segundo a ONU 150 milhões de
crianças moram na RUA. Diante desse quadro ter DUAS CASAS É UM PRIVILÉGIO não valorizado por grande parte do ‘judiário’ brasileiro que seguem com
seus ‘segredos de (in)justiça’.