Diariamente pais, mães e avós me procuram in box
pra dizer que estão doentes por causa da alienação parental.
Muitos além
da saúde perderam o emprego a vida social e a vontade de viver.
Essas pessoas não têm mais fontes de satisfação, não conseguem elencar nem cinco estímulos externos que não estejam ligados ao filho e que
tragam sensações positivas.
Relatam que
nenhuma prática lhes trazem bem estar ou convivências satisfatórias se a criança não estiver inclusa.
Sentem vazio e
desânimo. A depressão parece ser o quadro mais comum. Nada mais dá satisfação
interna e o amor próprio parece ter
morrido.
“Excessos” podem
aparecer quando temos apenas uma
fonte de prazer. A pessoa pode passar a comer demais, beber demais, comprar
demais, falar demais, na tentativa de preencher o vazio da sua existência.
Um filho não pode ser a única fonte de satisfação.
Freud nos ensina
que, assim como um negociante não cometeria a insensatez de empregar todo seu capital somente num tipo
de negócio, a própria sabedoria popular nos alerta a não depositar nossa expectativa de felicidade e de satisfação numa única aspiração.
A alienação parental entorpece, mas temos que
lutar contra esse estado de torpor que parece deixar num “coma”. A consciência do alienado se altera e
sofre várias modificações que em casos extremos parece uma “morte cerebral”.
Assim, o torpor é uma das fases da obnubilação da consciência.
‘Obnubilação
da Consciência é
uma alteração da consciência e se caracteriza pela diminuição da
sensopercepção, lentidão da compreensão e da elaboração das impressões
sensoriais. Há ainda uma lentificação
no ritmo e alteração no curso do pensamento, prejuízo da fixação e da evocação
da memória, algum grau de desorientação
e sonolência mais ou menos acentuada’
o que prejudica a vida profissional
e social do alienado.
Podemos conhecer o alienado compulsivo, o que só pensa no filho e em nada mais, pela expressão fisionômica, pelo sentimento de sofrimento, inquietação, ansiedade, depressão, irritabilidade e principalmente por não falar em nenhum outro assunto que não seja a criança.
Podemos conhecer o alienado compulsivo, o que só pensa no filho e em nada mais, pela expressão fisionômica, pelo sentimento de sofrimento, inquietação, ansiedade, depressão, irritabilidade e principalmente por não falar em nenhum outro assunto que não seja a criança.
Os
comportamentos compulsivos ou aditivos são seguidos por alguma gratificação
emocional, normalmente um alívio de
ansiedade e/ou angústia.
Sabemos
que ler artigos, ver vídeos, falar com advogados, psicólogos, conversar com
pessoas de grupos que passam pelo mesmo problema é reconfortante, mas o
alienado há de se cuidar para não
cometer exageros.
Em
meio a toda desgraça gerada pelos atos de alienação parental existem outras pessoas, muitas vezes os
pais, irmãos, novas esposas ou maridos, novos filhos, trabalho, atividades
sociais como casamentos, aniversários, churrascos, mas genitor alienado se esquece de todos à sua volta e fica fixo
no filho ausente como se sua obsessão o pudesse trazer de volta.
Eu
sei que falar sobre o problema e ser entendido traz alivio ao desprazer vivido
no cotidiano, por isso, tantos alienados passam dias e noites na internet
pesquisando e falando sobre o tema.
O
problema é que em busca desse alivio momentâneo, pela forma frequente, repetitiva e excessiva o
sujeito acaba sendo visto por sua parentela como ‘chato’.
É como se o alienado tivesse um sentimento de ‘culpa’
e não pudesse ser feliz, nem ao menos ter momentos felizes.
Seria um ‘pacto’ que o sujeito desenvolve com a alienação e não se permite ou
não consegue se desvincular dela um só minuto?
Quando
o alienado chega ao ponto de destratar
novo/a companheiro/a por causa do filho ausente, é a vitória da alienação parental, que conseguiu manter o genitor
afastado prisioneiro de si mesmo.
Minha
proposta é igual à da guarda compartilhada: EQUILIBRAR O TEMPO entre família, pai, mãe, avó, nova/o
esposa/o, novos filhos, amigos, vida social, trabalho, processos, amigos do
Face e informações jurídicas e psicológicas sobre alienação parental.
As
crianças precisam de pai e mãe saudáveis emocionalmente e ninguém pode ser saudável sendo obsessivo.
Um filho não pode ser uma Tábua de Salvação e é
necessário que alienados tenham outras fontes de
satisfação para não enlouquecer.
Quais têm sido suas
fontes de satisfação?
Como está seu amor próprio?
Como está o seu relacionamento com
sua mulher ou marido atual?
Como está o seu relacionamento, amor,
zelo e cuidado pelos filhos do novo
casamento?
Por causa de uma
criança você abandona as outras, perde contato com seus pais e está quase se
separando?
Perdeu a motivação para trabalhar ou
até mesmo perdeu o emprego?
Calma, pare, reflita, repense. Você tem que encontrar novas fontes de
prazer além do filho alijado. Sei que não é fácil mudar o foco, mas é
necessário. Exercite-se, empenhe-se e
faça por dia 3 coisas que não faz há tempos, por exemplo, vá caminhar com
quem faz parte de sua vida hoje, vá ao cinema, vá tomar sorvete, visite um
museu, vá tomar café na casa da mãe, ligue para uma tia distante.......
Não dá para ficar saudável emocionalmente
com uma única fonte de satisfação da
qual você está distante. Outras relações pessoais também devem trazem a troca
de energia que inspire segurança, autoestima e alegria de viver.
A luta contra a alienação parental
deve ser produtiva e equilibrada.
Zele pela sua família
atual, ela não pode ser esquecida,
pois, mesmo que você não perceba são
eles que te apoiam na luta do dia a dia. Ame seus novos filhos e seus
novo/as companheiro/as sem moderação, eles
não são culpados do filho do relacionamento anterior estar ausente.
Visite os amigos, vá até uma pracinha e sente-se num banco para curtir o vento,
seja voluntário num hospital, numa ONG, aprenda a pintar quadros, faça algum
curso, volte a estudar, enfim, encontre uma
outra fonte de satisfação para sua vida, pois, todo ser humano feliz e produtivo soluciona os problemas com maior eficácia.
Ficar aprisionado no
quadro da alienação parental,
não só adoece ao alienado como também a todos no seu entorno, é como ficar o
dia sentado numa cadeira de balanço: ela
te distrai, mas não te leva a lugar algum.
Desejo sucesso na divisão de tempo.
Não é só o filho ausente que precisa de atenção: amor compartilhado em tempo
equilibrado pra todos!