Cresci ouvindo a
expressão “rebelde sem causa” usada para definir jovens que se rebelavam sem
terem a mínima ideia do porque ou sem deixar claro seus motivos, mas quando
pensamos em adolescentes alienados o termo “vingador
sem causa” cai muito bem.
Eles querem se ‘vingar’
do genitor alienado e nem sabe porquê. É ódio pra cá, ódio pra lá que nem o ‘vingador’
sabe explicar de onde vem.
Os rapazinhos parecem
se alimentar do discurso do genitor guardião com quem se sentem visceralmente
ligados como se fossem gêmeos siameses. O pacto de lealdade é tão intenso que
uma imagem negativa do genitor ausente é absorvida por completo apenas pela
fala do guardião.
O genitor alienante
tem o poder de ‘abrir o cérebro’ do filho implantar falsas memórias e de uma
hora para outra aquela coleção de mentiras passam a ser sentidas como verdades
vividas e o adolescente vingador sem causa passa a odiar e a se distanciar de
forma abrupta do genitor alienado.
O alienador impõe uma
orfandade ao filho e este aceita sem questionamentos e como se fosse um menino robô
mata o pai internamente e passa a viver sem ele ‘muito bem obrigado’.
A repulsa é
internalizada pelo filho de forma categórica e no ápice do processo
manipulatório a criança passa agir independentemente
da influência do manipulador como se todas as mentiras e fantasias criadas pelo
manipulador fossem espontaneamente construídas por meio de vivencias do próprio
infante que DEFENDE o alienador com unhas e dentes.
De nada adianta
perguntar para o ‘vingador sem causa’ o porquê de sua antipatia pelo genitor
alienado ou por sua nova esposa, porque, ele não sabe responder. Seus discursos são pobres, repetitivos e
superficiais, dando mostras
de que o menor apenas repete algo que lhe foi dito inúmeras vezes. É como se de tanto ouvir tivesse
decorado. Na verdade, ele “empresta”
falas, lembranças, cenas, expressões que são do genitor alienador.
O filho vitima se
identifica de tal maneira com o genitor agressor que recusa toda e qualquer ajuda exterior. Não adianta, por
exemplo, pedir para avós, tios, primos (parentes do alienado) conversar com o
pequeno ‘vingador sem causa’, pois, isso o deixará ainda mais irado.
Se perguntarmos para o
‘vingador sem causa’, porque ele não vai na casa do pai a quase três anos, ou,
porque, não telefona ou não atente ligações ou não retorna mensagens, ele não
saberá explicar e tentará a todo custo fugir da conversa.
Nas redes sociais
encontramos centenas de fotos do ‘vingador sem causa’ abraçado de forma
patológica com o genitor alienante. Muitas vezes parece mais pose de namorado
ou de protetor do que de genitor/a – filho.
Reparem nos olhos dos
vingadores sem causa. Eles perderam o brilho e são opacos. Será que isso é típico
de meninos zumbis?
Mudanças bruscas no
rendimento escolar estão por trás de quase todos os ‘vingadores sem causa’. Se
estão na escola pública, só não reprovam, porque, o país tem uma maluca
matemática que no final dá média para todos que fracassaram no ano letivo.
Dia desses um pai
enviou o Boletim Escolar do filho. As notas de determinada matéria eram três no primeiro bimestre, dois no segundo, quatro no terceiro e três
no quarto, totalizando 12 pontos que
a escola deveria dividir por quatro e tudo que fosse média menor que cinco
deveria reprovar o aluno, mas não é
assim que acontece na prática. O adolescente teve seis matérias onde a soma das
notas dava no máximo 15, no entanto, a escola fechou suas médias todas com
notas cinco e ele foi aprovado para série seguinte e a escola chama isso de ‘avanços sucessivos e sem interrupções
nas séries, ciclos ou fases’.
Os ‘vingadores sem
causa’ ficam alterados psiquicamente e têm sentimentos de raiva, tristeza,
agitação, e muitas vezes apresentam condutas delinquentes e agressivas. Ouvem músicas
que são verdadeiras apologias ao crime,
postam insultos e provocações ao
alienado nas redes sociais, mas nem tentem responder, porque, o ‘vingador
sem causa’ vai DEFENDER INCONDICIONALMENTE o alienador. O vínculo patológico
entre eles não permite enfrentamento racional de
nenhuma situação que coloque o alienador sob críticas.
Filho e alienador
se tornam unos, inseparáveis. O acusado passa a
ser considerado um invasor, um intruso a ser afastado a qualquer preço. Este
conjunto de manobras confere prazer ao alienador em sua trajetória de promover
a destruição do alienado.
Pobres ‘vingadores sem causa’ não podem exercer seu direito de amar os dois,
de querer estar com os dois genitores. São induzidos a excluir um de seu referencial
de afeto e a considera-lo seu inimigo.
Incalculáveis e Inimagináveis são os
dois adjetivos que melhor definem as consequências da alienação parental.
Genitores amados antes do divórcio se tornam aberrações, monstros indignos de
confiança e crianças ou adolescentes inteligentes e seres pensantes se tornam
do dia para noite indivíduos com habilidade
de avaliação restrita consequentemente um alvo facilmente manipulável, mas não
se percebem influenciados.
O que
será dos ‘vingadores sem causa’ quando com a maturidade vinda através dos anos
vividos perceberem que passaram a vida se vingando injustamente?
Só o
tempo dirá..........