segunda-feira, 21 de setembro de 2015

A Autofecundação é o sonho de todo egoísta.



Autofecundação é a fecundação entre gametas masculino e feminino originados por um só ancestral (um só individuo).
Se isso fosse possível seria o fim da alienação parental, pois, coexistiria no mesmo ser o sistema reprodutor masculino e feminino e ai sim pai ou mãe poderiam se denominar ‘pães’ (junção de pai + mãe comumente e erroneamente usada por quem cria o filho ausente do outro genitor).
Como sabemos, os “óvulos e os espermatozoides são gametas ou células sexuais que têm uma função reprodutora isto é, a função de garantir a continuidade da espécie humana.
            O espermatozoide é um gameta ou célula sexual masculina que é constituída pela cabeça; segmento intermediário; e cauda. São produzidos nos testículos e têm como função a fecundação do óvulo para originar um embrião.
O óvulo é um gameta ou célula sexual feminina que é formado por um núcleo, citoplasma e células foliculares. São formados nos ovários e têm a função de serem fecundados pelos espermatozoides para dar origem a um embrião”.
Com a explicação acima fica claro que para gerar um bebê é necessário que tenhamos uma dupla: um homem e uma mulher, ou no mínimo: um óvulo e um espermatozoide. A autofecundação não existe na espécie humana e até as minhocas que são dotadas de sistemas reprodutores masculinos e femininos em um mesmo individuo necessitam de dois animais para que aconteça a fecundação. Mesmo nos grandes centros de reprodução humana os geneticistas, cientistas e médicos envolvidos no processo da fecundação “in vitro” necessitam de um óvulo e de um espermatozoide para ‘fazerem’ um bebê.  
Genitores alienadores desejam não um pai ou mãe para seus filhos. Precisavam apenas do genitor do sexo oposto para que a fecundação acontecesse.
Vejamos a diferença entre as palavras pai/mãe e genitor(a). Genitor é o que gera. Se uma criança nasceu é porque um homem e uma mulher deram sua contribuição física e como o relacionamento sexual ‘produz’ bebês, há muitos genitores por ai.
Gerar é uma função que qualquer animal pode cumprir, mas ser pai ou mãe é distinto e superior à função de genitor, pois é uma posição moral assumida por um homem ou uma mulher para com seu filho. Isso requer hombridade. Ser pai ou mãe requer compromisso, requer responsabilidade pela vida do filho.
Pai e mãe respondem tanto pela formação moral quanto pela provisão material do filho. Cuidam e fazem o melhor que podem para o bem estar físico e emocional da prole.
Um genitor pode ter engravidado uma mulher e nem saber do nascimento da criança. Uma genitora pode parir a criança e doá-la, jogá-la no lixo ou no rio, mas um pai ou uma mãe não abandonam a criança e exercem papel de educadores e orientadores: ensinam o que é certo e o que é errado, moldam os filhos de acordo com suas convicções.
Pai e mãe ensinam ao filho o caminho que devem andar. Ambos devem ter tempo de convivo equilibrado com a criança para poderem dar na mesma medida atenção, amor e disciplina.  
Pai e mãe são os que constroem laços afetivos: acompanham o filho, suprem as necessidades, cuidam, protegem, ensinam, orientam e NÃO DELEGAM a terceiros as principais funções maternas ou paternas.
No entanto, o alienador(a) parental, que desde sempre apenas desejou um genitor(a) para seu filho delega as funções da maternagem ou paternagem para qualquer ‘estranho’ (babás, creches, vizinhos, madrastas, padrastos) em detrimento do pai ou da mãe biológicos. É como se o outro apenas tivesse servido como “facilitador/fecundador” para que a existência da criança fosse possível. Uma vez grávida o outro não é necessário para mais nada e o alienador pode já nesse momento de ‘falsa completude’ começar a desprezar e afastar quem tornou seu ‘sonho’ possível.
Para o alienador parental o filho não passa de um descendente genético do genitor ausente e não permite que relações de afeto sejam construídas no cotidiano.
O sonho do egoísta alienador é que ele pudesse se autofecundar, assim o filho seria apenas seu.
Não existe a menor possibilidade de exercer a paternidade ou maternidade sem convivência com o filho, pois ela é necessária para vinculação afetiva. Diferentemente do genitor(a) a paternidade/maternidade não é um fato da natureza, mas sim um fato ‘cultural’, é uma função exercida e construída, é um ‘lugar’ a ser ocupado e posteriormente reconhecido pelo filho como tal.
Um genitor(a) sem contato com filho pode nunca se tornar ‘um pai’ ou ‘uma mãe’, pois a maternidade e paternidade estão muito acima dos laços sanguíneos, estão ligadas ao desempenho da função materna e paterna.
Um genitor(a) biológico reconhecido juridicamente na certidão de nascimento se não exercer a paternidade ou maternidade deixará de cumprir o papel social para o qual se destina, que é servir de instrumento para o pleno desenvolvimento da personalidade dos filhos garantindo seus direitos fundamentais de conviverem e serem educados por ambos os pais.
Ocorre que os alienadores acham que genitores são como ‘mercadorias’ do sistema capitalista. Depois que estes cumprem sua função de fecundação são descartados, deixados de lado, jogados fora, trocados por outros como se um produto fossem.
Depois que aproveitaram o ‘gameta’ produzido pelo outro organismo, ele não serve mais pra nada e são dispensados! Por causa da possessividade de genitores desse tipo, essas crianças serão para sempre filhos de uma pessoa só. Notem que alienadores sempre usam a palavra ‘MEU’ filho e nunca ‘NOSSO’ e se enchem de orgulho e prazer ao dizerem que criam a criança sozinho(a)s. No entanto, como já disse, vivemos num sistema capitalista de consumo e esses mesmos que tomam a criança para si reivindicam pensão alimentícia, divisão de casa e carro e outros bens que o ex casal tinha na ocasião da gravidez e mesmo que o alienado dê toda sua fortuna o alienador não lhe permitirá ser pai ou mãe. Se depender do egoísta alienador, o alienado não sairá do ‘status’ de genitor.
Não podemos esquecer que o psicopata prefere matar que dividir.  
O que têm lhe permitido ser?
Para muitos genitores alienados ser pai ou mãe parece um sonho cada vez mais distante de ser realizado. Quanto mais o tempo passa, mais ele se percebe e se conscientiza de que foi apenas um genitor e nem o judiciário, nem os profissionais da saúde mental ou da assistência social se dão conta disso e continuam dando guardas unilaterais mesmo num país onde a REGRA a ser aplicada é a da Guarda compartilhada.



Um comentário:

  1. Perfeito seu texto! E muitas vezes mesmo morando na mesma casa há desmerecimento de um dos dois pais pelo outro! É triste demais! É cruel demais!

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