Alienadores parentais têm me criticado dizendo que defendo
um ou outro sem saber a vida pregressa
do ex casal. Eu quero esclarecer que o
motivo que levou o casal à separação não
me interessa.
Não estamos sob a antiga Lei do divórcio, datada em 1977 que
rezava que os filhos menores ficariam com o conjugue que não houvesse dado ‘causa’,
ou seja, naquela época se buscava
quem estava ‘errado’, quem não havia cumprido corretamente o papel de marido ou
de esposa. Por exemplo, se o casamento estava sendo rompido, porque, o homem
arrumou uma amante, a guarda dos filhos ficavam com a mulher e vice versa.
Hoje em dia não se busca um ‘culpado’. O que está em jogo é o bem estar da criança e do
adolescente e com absoluta certeza o melhor para eles é a convivência com ambos
genitores, independente do “culpado” pela separação.
Dia desses um pai me disse:
- É um absurdo meu
filho idolatrar a mãe. Me contaram recentemente em uma reunião familiar que
ainda nos primeiros meses de casado ela me traia com meus primos e com o
marido de uma prima que aparecia em casa quando eu saia para trabalhar. Quando
voltou a estudar se relacionava amorosamente com um colega de classe. Mudamos
de cidade e vim a saber que ela mantinha um caso com o marido da dona da Perua
que levava nosso filhinho para escola. É triste, mas vim a saber que foi amante
do meu patrão. Do vizinho de baixo da nossa casa, do vizinho ao lado e do filho
deste também. Imagine a senhora, ela saia com pai e filho! Ela tentava seduzir
a todos e nossos amigos nem nos convidavam mais para os eventos, porque as
donas das casas ficavam constrangidas com as atitudes dela em relação aos
maridos das outras.
E continuou....
- As histórias
parecem não ter fim. Disseram que durante o casamento manteve caso com o
professor da filha de um amigo meu. Também me contaram que ela me traia com o
dono do posto de combustível, com dono da churrascaria. Olha, não vou contar
mais nada pra senhora não me chamar de idiota.
- Eu desconfio que o
filho não seja meu, mas quando peço DNA ela se esquiva e não faz. Na verdade
tenho quase certeza. Tenho medo de pedir o exame na Justiça e provar minha
cisma. Já pensou como ficará o coitado do menino? Eu suportei muita coisa por
causa dele. Não me separei antes para não vê-lo sofrer.
Ao ouvir a mãe do garoto, ela diz exatamente o contrário. Afirma que quem tinha amantes era
ele. Relata que em decorrência de uma primeira gravidez o ex marido ficou tão
bravo que a espancou e ela perdeu o bebê.
Nas entrevistas com parentes todos são unanimes em dizer que
o homem se sabe estéril e por isso não
aceitou a primeira gestação, mas que a moça querendo muito ser mãe deu um
ultimato:
- Ou me deixa
engravidar de outro, ou me separo de você agora!
O rapaz cedeu e nesse momento se tornou eterno refém nas
mãos da detentora do segredo.
A alienação parental iniciou ainda antes do nascimento do
bebê e se intensificou a medida que o tempo passou, até que a situação se
tornou insustentável. Marido decidiu se separar na ocasião em que pegou em
flagrante a esposa com professor do filho num Motel.
Bom, não vou me estender, porque, tudo que eu disse acima não interessa. O que importa é que o
sujeito registrou a criança e o criou como se filho fosse (e ninguém sabe que
não é) e entrou com pedido de divórcio e regulamentação de visitas, ganhou, mas
a convivência não se cumpre.
Eu não preciso saber
histórias “reais” que antecederam o rompimento da relação. Não é papel do
psicólogo e nem do judiciário buscar o ‘culpado’. Ao psicólogo importa o estado
emocional que a criança fica quando submetida a severos atos de alienação
parental que a impedem de ter qualquer tipo de contato com o pai ausente.
A única ‘verdade’ que importa ao psicólogo e a verdade que
lhe aparece: filhos angustiados com ar entristecido, queda do rendimento
pedagógico, faltas escolares, desmotivação para prática de esportes e
atividades extra curriculares, alterações de humor e outras infinidades de
sintomas que demonstram que a criança não está emocionalmente bem.
Um psicólogo se ocupa do bem estar das crianças e adolescentes. Se
ocupa em restabelecer contato e não em saber qual adulto está mentindo mais que
o outro. Resolvam suas divergências sem envolver os filhos. Terapia seria uma ótima saída para os
pais.
E para mulheres mal
amadas e infelizes que após a separação geralmente não ficam com um parceiro
mais de quatro meses indico o Grupo MADA (Mulheres que Amam Demais – na
internet tem os endereços de onde os encontros acontecem). A simbiose com
filho é uma doença tanto quanto a obsessão por destruir a vida do ex parceiro.
Neste Grupo você aprenderá a reconhecer as raízes de seus padrões
destrutivos. Ele fornecerá um guia para que você consiga quebrar o círculo
vicioso da dor, do egoísmo e da inveja e conquistar um modo mais gratificante
de viver.
Lembre-se: Um filho nada tem a ver com o passado dos pais e
não pode ser manipulado pra ficar a favor de um ou de outro. Um filho precisa ter vida própria,
pensamentos próprios. Não arraste seu filho para suas mágoas. Não
condene aos seus dissabores com a vida alguém que ‘acaba’ de chegar ao mundo. Suas experiências foram suas.
Uma criança e um adolescentes tem DIREITO a ter suas vivências particulares.
Tem o DIREITO de enxergar o outro através de seus olhos.
Por não compartilhar o filho você acha que está ‘vencendo’?
Em jogo tramado por psicopata não estou certa que tenha
vencedores, mas um PERDEDOR, sei que
tem: e ele é seu filho.
Mais uma vez repito: a
mim não interessa quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha. Importa apenas
que a cria esta ai ‘órfã’ de pai
vivo. A mim nem mesmo interessa se ele é o genitor, se é pai biológico ou não.
Não tenho nada a ver com problemas de adultos, porque estou à serviço das vítimas
indefesas diante desse crime hediondo chamado Alienação Parental.
Alijar filhos de pais
é um ato VERGONHOSO. Essa prática era para ser escondida e não enaltecida nas
redes sociais. É muita falta de vergonha na cara se gabar, se engrandecer e se
vangloriar de “mal criar” uma criança sozinha!
Hão sempre surgir histórias e discussões entre casais. Uns mais outros menos. Uns certos outros menos. Não importa, de fato, quando a questão descamba para o lado malgrado da balança. O lado mais frágil dessa relação. Assim, esses casais separados viveriam muito melhor se começassem a não enxergar "bens" usando as almas de outros. Porque esses outros são o que há de bom que restou da relação. Não entender isso é como comprar frutas sadias e deixá-las apodrecerem em cima da mesa.
ResponderExcluirLiliane, Irmã de Outra Barriga, lapidaste com a costumeira maestria mais um de seus iluminados textos!!!
ResponderExcluirAssino, endosso e louvo as belas palavras que lançaste ao público.
Espero que os ex-casais se envergonhem de suas próprias atitudes, que nada demonstram a respeito da maturidade esperada de seres humanos adultos.