segunda-feira, 27 de novembro de 2017

A "foz" da alienação parental: uma catarata de problemas.


“Nascente”, todo mundo sabe o que é. Sinônimo de “onde nasce”, “onde aparece” e estamos muito acostumados a falar que a alienação parental, “nasce” na separação, na mistura da conjugalidade com parentalidade e “aparece”, “mina” quando, geralmente o/a ex parceiro/a inicia um novo relacionamento amoroso afetivo, mais precisamente, quando se casa novamente, mas tenho observado que nem sempre é bem assim.   

A “foz” é o ponto de desaguamento de um rio. É o local onde um curso de água acaba, onde um rio deságuaMuitas vezes, após a separação e antes da chegada de terceiros na vida do casal parental, eles tinham convivência urbana, cordial e civilizada e a chegada de um/a encrenqueiro/a desestabilizada a harmonia conquistada e desencadeia no oprimido reações firmes na tentativa de manter o “status quo” ou seja, pai ou mãe desejam apenas manter o “estado atual” do bom relacionamento com ex, mas, isso parece ser quase impossível quando o padrasto ou a madrasta é um ser controlador e manipulador!

Nesse sentido, tenho verificado que o guardião, muitas vezes, tem sido acusado de ser alienador/terrorista, sendo que apenas está “resistindo” à invasão do/a estranho/a que quer assumir seu lugar na vida da criança e é sobre esses casos que vou escrever hoje.

Geralmente isso acontece com novos companheiros que não têm filhos e que têm auto estima baixa: necessitam ser “aprovado/as” pelo/as novo/as companheiro/as e para isso querem desempenhar o papel de pai ou mãe na vida da criança. Não se conformam com uma função de auxiliar na criação do filho alheio, querem assumir o encargo e excluir o pai ou mãe verdadeiros, destituindo-os do poder familiar. O objetivo é desqualifica-los e para tanto, não medem esforços.

O pai ou mãe afetado pelo/a intruso/a começa a tomar atitudes para resguardar a si e à prole e essa atitudes podem ser confundidas com alienação parental, quando na verdade é apenas uma proteção de território.

Sendo assim, em casos como esse, os problemas de relacionamento de pai e filhos não teve sua “nascente” na separação, mas na “foz”, onde o “curso das águas calmas acabou” pelo intrometimento de um estranho recém chegado ao convívio familiar, que tornou tudo turbulento como nas quedas de uma catarata.  

Vamos falar um pouquinho da personalidade do/as “intruso/as”. O indivíduo usurpador, deseja se apoderar do espaço do outro e para isso, enganam e manipulam o parceiro demonstrando ser solidários, bondosos, amáveis, cuidadosos e preocupados, mas todas as suas atitudes são friamente calculadas para que seu objetivo seja atingido.

Essas pessoas são falsas. Omitem do parceiro sua real personalidade e intenção.  São extremamente resistentes a orientações profissionais, principalmente de psicólogos e advogados pacificadores. Se têm dinheiro para bancar o litigio a coisa se complica e muito, porque, têm o poder de desequilibrar o outro financeiramente.

Geralmente o/as companheiro/as com esse perfil, assumem os processos do companheiro como se seus fossem a tal ponto do interessado, se desinteressar. É o companheiro abusivo quem contrata e rompe os contratos, paga os honorários, consulta os autos, detém as senhas, envia os e-mails, escolhe ou desfaz a equipe técnica, porque assim, tem em suas mãos a condução do caso omitindo do companheiro o que lhe convém.

Não fosse esses novos companheiros litigantes a resistência do parceiro anterior não existiria, bem como as mais diversas ações não estariam em trâmite. Um casal parental que até outro dia resolvia tudo extrajudicialmente, de repente se vê envolto a ações de regulamentação de convivência, modificação de guarda, prestação de contas de alimentos, redução ou aumentos de valores da pensão alimentícia, falsas acusações de negligência, maus tratos, abuso, destituição de poder familiar, etc.
O exercício das funções parentais mudam com a chegada do estranho. Todos os simples atos do cotidiano passam a ser monitorados, filmados, vigiados, gravados, registrados, fotografados. As unhas da criança não podem estar compridas, a meia tem que estar limpa, a blusa sem furo, o short não pode estar amaçado, o cabelo não pode estar suado nem molhado. O caderno não pode ter orelha, não pode esquecer o lápis, muito menos a agenda. Qualquer esquecimento é apontado pelo outro como proposital e premeditado.

O padrasto ou a madrasta que tem comportamento abusivo age da mesma forma em todas as esferas da vida e tentam manipular, não só o companheiro, como toda família deste também e os profissionais envolvidos na demanda. Cometem as mais duras violências psicológicas na tentativa que suas opiniões prevaleçam. Não aguentam ser contrariados e vivem em busca de alguém que AVALIZE sua maneira de pensar e agir. A VIOLÊNCIA MORAL E PSICOLOGIA extrapola a esfera da família e se estende aos profissionais e isso apenas serve para mostrar quem é quem no litigio.

Ignoram totalmente as recomendações técnicas e insistem em não seguir nenhuma recomendação que vá beneficiar o bem estar do menor. DESCARTAM OS PROFISSIONAIS cujas orientações não agradam, porque, não querem pacificação, querem litígio.

NÃO aguardam os trâmites e pulam etapas, metem os pés pelas mãos. São imaturos, inconsistentes e incoerentes e adoram opinar em área de conhecimento que NÃO dominam.

Destituem profissionais do caso, NÃO por falta de confiança e nem por desconfiança da competência, mas, porque não querem fazer o que eles pedem, por mais orientados que estejam de que as atitudes estão erradas.

 Eles têm comportamentos de mães que procuram dezenas de pediatras até que um laude a doença do filho, MAS ENQUANTO NÃO ENCONTRA UM QUE ESCREVA O QUE QUEREM, mudam de médicos ou de hospital para dar início a novas queixas e novos procedimentos médicos desnecessários que só judiam da criança.

Quando um homem ou uma mulher deixa um outro gerenciar as únicas coisa que realmente tem valor: a própria vida e vida dos filhos, não pode reclamar dos resultados do gerenciamento.

Pessoas tóxicas e invasivas rompem com a lógica e só pensam em ocupar o espaço alheio, em dominar o outro e não medem esforços ou consequências.

No decorrer do processo observamos claramente que querem vingança contra o ex do/a atual companheiro/a e NÃO A GUARDA DA CRIANÇA! A guarda seria a consequência da vingança OU DE UM DESEJO PESSOAL realizado! Supremacia é o que querem mostrar.

O DESEQUILIBRO EMOCIONAL é inimigo mortal do bom andamento processual. Atitudes ilógicas e precipitadas apenas demonstram absoluta falta de inteligência emocional e é exatamente o que falta ao sujeito passional.

Se você é pai ou mãe e se casou novamente, não deixe o/a atual companheiro/a assumir sua vida e muito menos o controle da vida dos seus filhos, porque, maridos e mulheres vem e vão, mas os filhos permanecem e com eles os estragos emocionais gerados pelos litígios. Não negligencie e nem seja omisso nos seus processos. Litigue o menos possível. Não se submeta a abusos intrafamiliares. Evite gastos e desgastes desnecessários.

Não permita que o/a companheiro/a exponha seus filhos a situações constrangedoras. Proíba interrogatórios, filmagens, gravações em áudio e fotografias que serão usadas nos processos contra o/a pai ou mãe da criança.  Não permita que um terceiro “fabrique” provas que serão usadas numa luta de braços onde o perdedor será sempre a criança.  Seja idôneo/a e leal em todo decorrer do processo.

Visualize o rio Iguaçu. Ele vem calmo, tranquilo e em harmonia até que se transforma na sua “Foz” e se divide em 275 quedas. Não permita que a sua vida, a vida de seu filho e do/a ex companheiro/a se transforme por causa de um terceiro, em uma ‘catarata’ de problemas!