Acho que todos viram fotos e reportagens da morte
trágica do menino Aylan. Deu
uma tristeza imensa olhar para a foto do menino deitado na praia, sem vida, da
mesma forma que me dá enorme sentimento de desolação ao tentar fazer uma
mediação onde o alienador não abre mão e não permite sequer que pai conheça o
filho.
Os dramas humanos me partem o coração. Nós temos no Brasil 20
milhões de crianças mortas simbolicamente diariamente em consequência da
Alienação Parental: uma tragédia pior do que muitos de nossos pesadelos.
Centenas de alienados chegam à Justiça todos os dias em busca
de regulamentar o tempo de convivência com o filho. Traumatizados, perseguidos pelas
falsas denúncias e acusações e pelas “Marias da Penha” e sem perspectivas de
Mediação e Conciliação a escolha de atravessar o oceano judiciário muitas vezes
é a única opção.
Os pais afastados dos filhos são ‘fugitivos de guerra’ que
tentam atravessar o mar de horrores dos processos judiciais, mas muitas vezes
naufragam e morrem afogados, porque a balsa é frágil e afunda na morosidade do
sistema ou nos pensamentos arcaicos dos ‘comandantes’ do velho navio.
Milhares de filhos precisam de ajuda urgente. Essas crianças
em formação precisam ser resgatadas das mãos dos alienadores. Pai ou mãe que
retira a criança do convívio saudável com outro genitor se assemelha a quem
comete um violento tráfico humano.
O mais deplorável é que após a situação do divórcio no lugar
dos pais tomarem medidas urgentes para salvaguardarem
os filhos, ficam gastando tempo debatendo quem foi o culpado pela separação,
sem se preocuparem em tempo algum com a crise crucial que a criança está
vivendo.
Como podemos ajudar as crianças vítimas de ‘guerra’? Onde as
refugiar? Quem são os voluntários nessa causa? Quem se prontifica a denunciar
essa prática hedionda?
Qual alienador está disposto a ceder e fazer um acordo de
paz?
A magnitude dessa crise instalada nas famílias separadas nos
obriga a pressionar o Estado de alguma forma para que processos que envolvam
crianças sejam de fato prioridade.
Não
há tempo a perder quando crianças estão se perdendo.
Não podemos simplesmente desistir de ajudar, porque a
situação é emergencial. Temos que divulgar informações sobre o tema Alienação
Parental. Temos que esclarecer sobre o assunto para todas as pessoas do nosso
entorno: familiares, amigos, alunos, professores, cabeleireiro, atendentes dos
comércios que frequentamos, enfim, para todos que participam de nosso
cotidiano.
Pais desesperados também precisam de refúgio, tal qual os migrantes
da Europa. Temos que reunir pais e filhos de modo que as responsabilidades e
direitos entre os pais possam ser compartilhadas.
Alienadores
são pais e mães Hungria. Vou nomeá-los assim, porque de fato
constroem ‘cercas de arame farpado com mais de 4 metros de altura’ para impedir
o contato entre genitor ausente e filhos.
Alienadores
fecham as fronteiras. Não importa o sacrifício e desespero do não guardião,
ele quase sempre naufragará na tentativa de alcançar o filho em território “estrangeiro”.
Diariamente
nossos meninos e meninas naufragam nas balsas super lotadas de problemas de
seus pais e são levados pelo mar do distanciamento. Estão prestes a morrer no areal de alguma
praia particular de apenas um dos genitores e NINGUÉM se CHOCA ao presenciar
tal cenário. Acordemos! A Lei da Guarda Compartilhada é para ser Regra e
não a benevolência de algum magistrado.
Tal
qual o garoto sírio nossos meninos são também símbolos de catástrofes humanitárias.
Crianças esfarrapadas e maltrapilhas emocionalmente falando.
O desejo de conviver com o filho se transforma em revolta com
o judiciário. Pais em ‘botes insufláveis” se vêm em desespero a cada guarda
unilateral concedida. O naufrágio da convivência
é sentenciado sem dó nem piedade!
Tal qual a Hungria que desviou o caminho do trem a decisão de
um magistrado define o destino de famílias em profundo desacordo com a vida. Em
vez da tão sonhada Guarda compartilhada os “Deuses” obrigam o não guardião a
descerem num campo de refugiados. As manobras judiciárias, tal qual as húngaras
são mais uma decepção para quem busca a paz.
O menino sírio é o retrato da crise
migratória e os menores delinquentes e infratores, as crianças desobedientes,
rebeldes, que faltam à escola, decaem pedagogicamente e principalmente as que verbalizam que só conhece o amor de um dos
genitores é o retrato escancarado da crise da guarda unilateral e da alienação
parental.
Mochila para todos!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirExcelente texto retrata a realidade brutal dos filhos órfãos de pais vivos, porque um destes decide conscientemente, às vezes inconscientemente, aumentar os muros entre os familiares, impedindo à criança qualquer visão do outro genitor amado. E como consequência, se sente rejeitada, abandonada, desconhecendo a realidade dos fatos:ela não foi abandonada, mas impedida pelo genitor "guardião" de conviver com o genitor alijado. Um duplo castigo, pois além dos filhos sofridos, os pais alienados, impedidos pelas correntes do Judiciário, não conseguem delas se desvencilharem e abraçar seus amados filhos. E assim todos sofrem por atos perversos de quem sente prazer de infringir a dor ao outro. Vamos cultivar a paz, o diálogo,o amor e a harmonia na dança das relações amorosas, orquestrando melodias com momentos felizes dos pais junto aos filhos em desenvolvimento.
ResponderExcluirGuarda compartilhada já! E a mochila vai junto...,levando sonhos, esperanças, alegrias e desejos aguardando momentos de realização...