Uma pessoa
muito querida está quase se separando do marido por causa da alienação parental
cometida pela ex esposa do sujeito. Esse texto enviei à ela, mas compartilho
com todas que estão sofrendo do mesmo mal.
Apenas
esclarecendo para melhor entendimento, o genitor da criança NÃO quer mais entrar com nenhum
processo na justiça e a atual esposa em rivalidade com a ex, insiste para que ele entre com uma nova
ação e um problema que à priori não é
dela está fazendo o casamento ir por água abaixo.
Quando
alguém que você ama está em dificuldade, pergunte a si mesma: "de quem é o problema?"
Seu problema
não é que alguém que você ama está em dificuldade, mas seus sentimentos
quando está observando esse alguém lutar
ou se acomodar.
A menos que consiga
abrir mão da necessidade de resolver a situação, pode ser
que você precise parar de observá-lo. Uma
das tarefas mais difíceis que se tem de enfrentar quando o problema não é seu é aprender a não dizer nem fazer nada.
Quando a vida do outro está
incontrolável, quando tudo em você quer assumir o comando, aconselhá-lo e
encorajá-lo, a fim de manipular como puder a situação, você deve aprender a
ficar quieta, respeitá-lo o suficiente para permitir que lute sozinho, sem você.
Sua
missão encontra-se no fato de encarar
os próprios medos relacionados ao que pode acontecer a ele e ao relacionamento
entre vocês se desistir de controlar tudo e então começar a trabalhar
na eliminação dos medos, em vez de
manipular o parceiro.
Isso
exigirá de você um compromisso com a própria ‘cura’ e disposição para continuar
se recuperando do desejo de resolver
a vida do outro. Para obter sucesso na empreitada é necessário mudar o modo
de agir, pensar e sentir. A inércia ou luta do outro não pode ter deixar incomodada
e nem doente.
Na
fase da ‘recuperação’ você deve começar a fazer escolhas que não obedecem mais
aos antigos padrões mas que, em vez disso, realçam a vida DO CASAL e promovem bem-estar do RELACIONAMENTO À DOIS.
Desenvolva
o amor próprio firme e lentamente.
Pare
de brigar e se torne mais tolerantes consigo mesma. Aprecie suas qualidades e
do parceiro no lugar de só enxergar os defeitos. Evolua, pense na sua vida e
não na vida da ex do seu marido.
A
medida que se tornar mais capaz de cuidar
de si mesma se tornará mais saudável e equilibrada e a harmonia encherá o
seu novo lar.
A
medida que desistir do papel de super-protetora, abrirá espaço para que seu
marido possa cuidar dos próprios
problemas ou simplesmente não
fazer nada e você terá que respeitar as escolhas dele.
Quando
você estiver realmente pronta para parar
de manipular e controlar o homem em sua vida, isso significa que você deve também parar de encorajá-lo e elogiá-lo.
Por que? Porque é provável que em
várias oportunidades você tenha usado o elogio e o encorajamento para
forçá-lo a fazer o que você desejava, consequentemente, isso deve estar
relacionado entre suas ferramentas para manipulá-lo.
Elogiar e encorajar é quase o mesmo que
pressionar e, quando faz isso, você está tentando controlar a vida dele
novamente.
Reflita
sobre o motivo de estar enaltecendo algo que ele fez.
Será
para ajudar a levantar a autoestima dele? Isso é manipulação.
Será
porque dessa maneira ele continuará com qualquer comportamento que você esteja
enaltecendo? Isso é manipulação.
Será
porque dessa forma ele vai saber quanto se orgulha dele? Isso pode vir a ser um fardo para ele carregar.
Deixe-o desenvolver o próprio orgulho
pelas próprias realizações.
De outra forma você estará perigosamente
perto de representar o papel de mãe dele.
Ele não precisa de outra mãe (não
importa quanto ela tenha sido má) e, mais objetivamente, você não precisa
dele como filho.
O
desprendimento, vital para a recuperação, requer que você desvencilhe seu ego dos sentimentos do outro e especialmente das
atitudes dele e seus resultados.
É necessário que você permita a ele lidar
com as consequências do próprio comportamento e que não o poupe de nenhuma
dor.
Você pode continuar a se importar com
ele, mas sem tomar conta dele.
Permita a ele encontrar o próprio caminho,
assim como você está se esforçando para encontrar o seu.
Você
deve escutar atentamente sua voz interior, levando em conta o que é bom e o que
é certo para você, e então obedecê-la.
É
assim que você desenvolve um egoísmo
saudável, escutando os próprios palpites.
Até
agora, você provavelmente tem sido quase que uma vidente, captando palpites de
outras pessoas sobre como se comportar.
Descarte
esses palpites ou eles continuarão a sufocar os seus.
As
mudanças que está fazendo na sua vida implicam que as pessoas ao seu redor
também mudem, e elas naturalmente resistirão.
A primeira lição é como deixar de lado
a determinação de mudar outra pessoa.
A necessidade impulsiva e irresistível
de fazer alguma coisa, (causa algum tipo de mudança em
nossa pessoa), é um dos elementos mais destrutivos numa dependência de
relacionamento.
Quando conseguir aceitar um homem exatamente
como ele é, sem raiva ou ressentimento, sem querer mudá-lo ou puni-lo, sem
tornar como pessoal o que ele faz ou deixa de fazer, você terá aprofundado a
alma e recebido o presente que esse relacionamento tem tentado lhe dar.
Se você se esforçar muito para ajudar
seu homem, vai se surpreender agindo como a "mãe controladora", com o
"filho travesso".
As doenças
causadas pela dependência, diferentemente das demais enfermidades, cercam todas
as dimensões da pessoa afligida: emocional, espiritual e física.
Com a mulher
dependente de relacionamento, não é somente sua relação amorosa que é afetada. Suas
interações com amigos, familiares, colegas de trabalho e filhos sofrem com sua obsessão por mudar um homem. Sua saúde
é prejudicada pelo estresse prolongado, e o contato com pessoas saudáveis diminui.
Mulheres
controladoras frequentemente dizem a si mesmas que o homem com quem estão
envolvidas nunca foi verdadeiramente amado antes, nem pelos pais, nem pelas
ex-esposas ou ex-namoradas. Elas vêm o marido triste ou calado e prontamente assumem
a tarefa de tentar COMPENSAR O FILHO QUE
ESTÁ FALTANDO NA VIDA DELE, mas isso é IMPOSSÍVEL!
Tomam
a indisponibilidade emocional, ou raiva, ou depressão, ou crueldade, ou
indiferença, ou violência, ou desonestidade, ou dependência do atual parceiro por
sinais de que não foi suficientemente amado. Confrontam o amor com seus
defeitos, suas fraquezas e até mesmo sua patologia. E estão determinadas a salvá-lo usando o poder do amor, MAS AMOR DE
MULHER É DIFERENTE DE AMOR DE PAI PARA FILHO e o máximo que fará não
compreendendo a dor do marido é irritá-lo e afastá-lo cada vez mais.
O melhor método para lidar com pais alienados
cujos problemas parecem incontroláveis é
escrupulosamente evitar fazer-lhes
qualquer coisa que elas possam fazer sozinhos, se quiserem.
É
difícil explicar que está encantada pelo sonho de provocar todos os atributos
positivos: amor, cuidado, devoção, integridade e nobreza - que tem certeza
de se encontrarem adormecidos dentro da pessoa amada, esperando para florescer
no ardor de seu amor, mas o problema do seu parceiro é a falta do filho, as
injustiças e morosidades do judiciário, as impotências diante das falsas
denúncias, etc.
Como explicar que você não está tão
atraída pela pessoa que ele é, mas por aquela que está convencida de poder
ajudá-lo a ser?
Como admitir que ama alguém que ainda não
existe e está encantada com o poder de fazê-lo aparecer?
Quando
se sentir responsável pelo comportamento do outro e não suportar a culpa e a
angústia, precisará de ajuda para controlar os próprios sentimentos inquietantes, e não para controlar a vida da
outra pessoa.
A
sensação de ter um nó no estômago, não é amor!
Quando
aceitar o que não pode mudar e mudar o que pode, criará para o casal um clima
saudável.
Não interferira nas decisões de seu
companheiro. Aprenda a respeitar o desejo e a dor do outro.
Você
está pronta para aceitar seu marido COMO
ELE É?
Quando
você parar de cuidar dele e passar a cuidar de si, o homem ‘de sua vida’ pode
ficar muito zangado e acusá-la de não se importar mais com ele, mas essa raiva é gerada pelo pânico de
tornar-se responsável pela própria vida.
A maior parte da insanidade e
desespero que você experimenta vem diretamente da tentativa de dirigir e
controlar o que você não consegue - ele e a vida dele.
Pense
sobre todas as tentativas que já fez: discursos intermináveis, súplicas,
ameaças, subornos, talvez até violência.
E
lembre-se, também, de como sentiu-se após cada uma dessas tentativas fracassadas.
Seu
amor-próprio diminuiu, e você ficou mais ansiosa, desamparada e cheia de raiva.
O
único modo de sair dessa é deixar tudo isso para lá, porque ele dificilmente
mudará enquanto o pressionar.
A
recuperação requer que você esteja disposta a investir pelo menos a mesma
quantia para melhorar. E como um investimento, é garantido que receba
agradáveis dividendos.
Aprenda
a se dar coisas. Dê-se tempo, dê-se
atenção!
Precisamos
aprender que nós mesmas podemos ser fontes de coisas boas para nossa vida.
Devolva a vida dele e recupere a sua. Cresça, aprenda, desperte. Viva o seu
casamento e não o passado de seu marido. Não deixe a alienação parental
provocar mais um divórcio!