domingo, 27 de setembro de 2015

Cadeia pra quem não cumpre ordem judicial!

Pensa que já viu de tudo na vida? Entre no mundo da alienação parental e veja que ainda não viu nada.

O alienador não respeita DECISÕES JUDICIAIS.

O engraçado é que quando proíbem o genitor ausente de ver o filho dizem em alto e bom som:

- VOCÊ SÓ VAI VER A CRIANÇA QUANDO O JUIZ MANDAR!!!

A Decisão judicial sai e juiz M-A-N-D-A, ORDENA QUE SE CUMPRA!

O que faz o alienador?

FOGE, O COVARDE FOGE! NÃO TEM PEITO PRA ENFRENTAR. PEGA A CRIANÇA E DESAPARECE. COVARDE, COVARDE, COVARDE

E muitas avós alienadoras Mor são as mentoras intelectuais da fuga. Elas arquitetam o plano para filha alienada DESCUMPRIR A DECISÃO JUDICIAL.

Eu associo o alienador parental ao “Tardígrado, que é também chamado de urso d’água ou leitões do musgo. Essas criaturas são na verdade invertebrados e possuem oito patas, cada pata possui de quatro a oito pequenas garras.

Não seria exagero dizer que esse pequeno animal é de outro mundo, pois ele é quase imortal.

Vejamos quanta semelhança entre esses dois animais: o alienador e o Tardígrado!
Os Tardígraados possuem uma anatomia complexa, são recobertos de quitina e não existe sistema circulatório e nem aparelho respiratório, as trocas gasosas são realizadas de forma aleatória em qualquer parte do corpo

A grande maioria se alimenta sugando o conteúdo celular de bactérias ou de algas. São encontrados em todo o planeta, desde o fundo oceânico ao alto do Himalaia.

Em Setembro de 2007, a Agência Espacial Européia realizou uma pesquisa utilizando os tardígrados, colocando-os em uma cápsula espacial, a Foton-M3, e os enviou ao espaço. Resultado? Os bichinhos não só sobreviveram aos raios cósmicos, radiação ultravioleta e falta de oxigênio, mas ainda foram capazes de reproduzirem num ambiente tão inóspito.

 Para ter uma noção, no espaço, os raios ultravioletas são cerca de mil vezes mais intensos do que os encontrados na Terra. Ainda é um mistério sem explicação ou teoria para o motivo pelo qual estes animais conseguiram sobreviver por tanto tempo sem oxigênio e sendo bombardeado com altas doses de radiação cósmica.

Longevidade é uma das grandes características; podem viver até os 120 anos, um recorde para um animal com um tamanho tão pequeno. Como se não bastasse possuírem fantástico poder reparador, os Tardígrados simplesmente “desligam” seu metabolismo quando existem condições adversas como extrema seca.

Possuem também a inacreditável capacidade de reparar o seu DNA de danos causados por radiação. Achou pouco?

Mais de 75 mil atmosferas é a quantidade de pressão que ele suporta, isso equivale a dezenas de vezes a pressão enfrentada pelos animais dos locais mais profundos do oceano, nas zonas abissais. Suportam também imersões durante alguns minutos em temperaturas de 200 ºC (duas vezes mais quente que a água fervente da sua chaleira). Solventes como o álcool etílico a 96% ou éter não fazem nem cócegas neles.

Se os seres humanos forem expostos a 100 grays de radiação, ocorre à morte devido à falência do sistema nervoso central, o que resulta em perda da coordenação motora, distúrbios respiratórios, convulsões, estado de coma e finalmente a morte que pode ocorrer em cerca de um ou dois dias após a exposição. Já os “imortais” tardígrados suportam nada mais e nada menos que 5700 grays de radiação. Dá para acreditar?

Todo mundo que passou pelo segundo grau, certamente sabe o que é o zero absoluto ou ao menos ouviu falar. É a temperatura na qual não existe movimentação de nenhuma molécula. É uma temperatura teórica porque é extremamente baixa, -273,15ºC, o que equivale ao zero na escala Kelvin e, apesar de os cientistas não terem alcançado esse valor, chegaram muito próximo.

Os tardígrados são realmente especiais. Algumas universidades americanas fizeram pesquisas com tardígrados, congelando-os em uma temperatura super próxima do zero absoluto, cerca de -271 ºC. Os cientistas não ficaram surpresos quando “reanimaram” os animais colocando apenas água e descongelando-os. Não se esperaria que nenhum animal sobrevivesse após terem sido congelados nesta temperatura, mas os tardígrados realmente provaram que são completamente diferente de todo o tipo de vida conhecida no nosso planeta”.

O alienador parental também é um bicho difícil de se exterminar. É quase um imortal. Nada do que os relés mortais fizerem acabará com essa raça que se multiplica diariamente feito uma praga.

Primeiro o sujeito proíbe que genitor ausente tenha contato com o filho. O alienado entra com Ação de Regulamentação de Visitas. O JUIZ DECIDE E MANDA CUMPRIR. O alienador DESCUMPRE. O “Visitante que não foi atendido faz Boletim de Ocorrência por desobediência e Representa. Quinzena seguinte tudo se repete: O covarde alienador se achando “Dono” do filho, foge com a criança. Fica perambulando de casa de parentes para casa de amigos. Parece ter prazer em incomodar na casa dos outros pra se fazer de vítima.

Todos gastam tempo, dinheiro e energia, tanto o ‘visitante’ quanto o fugitivo.
Cansado da brincadeira sem graça alguma de gato e rato o genitor prejudicado entra com Ação de Alienação parental.

Começam a ‘chover’ Boletins de Ocorrência com Falsas acusações de agressão, de perturbação do sossego, de abuso sexual, etc e etc e etc. Alguns Processos têm 12, 20, 32 boletins de ocorrência anexados.

Um ano depois Juiz DEFERE o Estudo psicossocial. Detectam Alienação. Juiz ADVERTE e manda cumprir a DECISÃO JUDICIAL.

Alienador IGNORA e continua fugindo e escondendo a criança sempre com algum COMPARSA AJUDANDO NA FUGA.

Genitor que não consegue contato procura judiciário e pede para estipular multa ao genitor guardião caso ele não entregue a criança.

JUIZ ESTIPULA R$ 1.000,00 (Hum mil reais para cada dia de visitação não cumprida).
O ALIENADOR NÃO ENTREGA A CRIANÇA E TAMBÉM NÃO PAGA A MULTA QUE SE ACUMULA A CADA QUINZENA!

Novamente judiciário é acionado. Dessa vez para pedir a reversão de guarda.
A essa altura do campeonato já se passaram uns cinco anos e juiz diz que genitor ausente é um estranho e que terão que ter visitas assistidas no CEVAT (visitário judicial). A criança sabe que genitor guardião está atrás do espelho vendo tudo que acontece na visita e pelo pacto de lealdade estabelecido entre eles e também pelo medo do “estranho”, a criança não estabelece vínculos.

Anos depois sai a sentença: Achamos por bem manter a guarda na forma que esta: o menor com o genitor guardião, já que genitor ausente não estabeleceu laços amorosos afetivos com a criança.

É ou não o alienador parental um ‘Imortal’?

Como acabar com os ‘Tardígrados’?

E o pior de tudo é que filhos de Tardígrados, tardígradinhos são e esse aprendizado que vem de mãe para filha(o) os tornam cada vez mais fortes e imbatíveis. A cada nova geração mais as técnicas de alienação são aperfeiçoadas.

Basta! CADEIA PRA QUEM NÃO CUMPRE ORDEM JUDICIAL!





sábado, 26 de setembro de 2015

Síndrome do domingo à noite.

Quando um genitor alienado consegue a regulamentação de visitas, na hora me vem à cabeça a música de Lupicínio Rodrigues.

Esses moços, pobres moços
Ah! Se soubessem o que eu sei....

Saem da sala de audiência felizes da vida, afinal, Juiz DECIDIU e determinou a ‘visitação’ e finalmente depois de meses ou anos o contato será restabelecido e poderão vivenciar a tão sonhada convivência.

Quem enchia o peito e dizia:
- Você só vai ver o seu filho quando JUIZ MANDAR. Terá agora que ‘engolir à seco’ e aceitar a decisão judicial. 

Como nem tudo são flores, no início pensando no bem estar da criança o magistrado determina que a visitação seja feita na casa do guardião e o “visitante” terá que passar pelo constrangimento da presença de ex-companheira(o), ex-sogra(o), ex-cunhado(a)s, até que a criança ‘conheça’ e estabeleça vínculos amorosos afetivos com genitor e parentes que estiveram afastados.

Se fosse só isso estaria muito fácil. Chegaria na casa do(a) ex, levaria brinquedos e começariam a interagir apesar da cara de insatisfação do guardião.

Mas a prática mostra que não é assim que funciona e o que era para ser o fim de um litigio acaba sendo apenas o início de um novo drama humano.

À partir da Decisão judicial o alienado se enche de alegrias e esperanças. Corre para o shopping comprar presentes para o filho. Se pai estava ‘relaxado’ por estar em processo de depressão, vai finalmente ao barbeiro: corta cabelo, faz barba e bigode. Se alienado é mãe, vai fazer unha, pintar cabelo, preparar brigadeiros e beijinhos para levar ao encontro. 

Nos dias que antecedem a visitação mal conseguem dormir. A ansiedade aumenta com a proximidade da data. Na véspera não se fala em outra coisa com familiares e amigos. Alguns relatam dores abdominais, secura na boca, ânsias de vomito, suor excessivo.

No dia o visitante mal consegue dirigir até o destino e cria e recria em seus pensamentos o reencontro com a criança afastada. A pressão arterial se altera e pais relatam que passam mal durante o tão idealizado trajeto! 

Adentram a rua. Visualizam a casa. Estacionam. As pernas parecem não conseguir sair de dentro do carro. As mãos tremem ao apertar a campainha e a voz teima em não sair pra gritar o nome do filho.
Esses segundos parecem eternos. Ninguém aparece para abrir a porta. Quantos minutos se passaram? Devo apertar a campainha de novo? Será que já acordaram?

A coragem toma conta e a voz sai, primeiro tímida, baixa e uma única vez:

- “Joãozinho/Mariinha”?!

Minutos depois um misto de medo e coragem invadem o visitante e a voz sai mais forte:

- “Joãozinhooooo/Mariinhaaaaaa?!

A certeza de que não estão em casa invade o coração do alienado que grita o nome do filho com toda força do mundo afim de serem ouvidos sei lá onde:

- “JOÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO”!
- “MARIAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA”

Decepcionado olha para seus acompanhantes, geralmente os avós da criança que foram juntos na expectativa de reencontra-la e diz com angustia no peito:

- Acho que eles não estão em casa.

O alienado chora sentado no meio fio. O ódio do guardião o invade. Se pergunta o tempo todo: - Como fui ter um filho com essa pessoa?

Mesmo sem condições emocionais pra lutar o alienado reage, se levanta e vai até a delegacia fazer um Boletim de Desobediência à ordem judicial. Chegando lá geralmente encontram profissionais despreparados que se negam a registrar a ocorrência.

Implora aqui, implora ali, liga para advogado, pede para falar com Delegado, liga no Plantão Judiciário e finalmente sai da Delegacia com o Boletim de Ocorrência feito. Isso não basta, tem que fazer a representação para inibir essa prática. Se apenas fizer o Boletim e não representa-lo o guardião ficará impune, não será advertido e nem multado e em todas as visitas esse quadro se repetirá.

Tem pais que depois de serem vítimas de Falsas Acusações de Abuso têm visitas determinadas no CEVAT (Centro de visitas assistidas). São também chamados de Visitários e se assemelham a presídios.

Nesse local os encontros são rápidos (de até 4 horas). São acompanhados por assistentes sociais, psicólogos, segurança e o detentor da guarda da criança fica do lado de fora do local observando por um vidro.

Raramente o genitor não guardião saem dessas visitas bem emocionalmente. O normal é que a criança nem se aproxime do genitor que esteve ausente por muito tempo, pois, se tornou um estranho para criança, e um estranho ‘perigoso’. O guardião teve tempo suficiente para implantar falsas memórias e a criança acredita piamente que aquela pessoa é perigosa, que tentou lhe ferir. A criança pode não se lembrar direito dos fatos mas sabe que passou pelo médico do IML, que foi várias vezes ao psicólogo, que foi entrevistado pelo assistente social, compareceu ao Conselho tutelar, judiciário, etc, então, sabe que tem algo no mínimo estranho ou duvidoso com aquele genitor.

Muitas vezes o medo da criança é tamanho que ela sequer larga a mão do profissional que a conduz até o pátio. Algumas chegam a fazer xixi na calça ou choram demais. Dessa forma as visitas são interrompidas antes mesmo de acontecerem e pai ou mãe voltam para casa sem terem tido contato com a criança.

Quinzenalmente as decepções se repetem, mas se o alienado fica desesperançado, infeliz e depressivo e resolve faltar aos “desencontros”, sabe o que acontece? O guardião o processa por abandono afetivo.

O alienador é um psicopata cruel. Muitas vezes chego a ter dó por serem a escória humana. São os subprodutos da nossa espécie. 

Convencer um alienador de que suas atitudes são erradas e que o maior prejudicado é o filho é o mesmo que tentar adestrar um peixinho que está dentro de um aquário. Tudo que falamos chega apenas ao ouvido do alienador, o estimulo sonoro vindo de nossas palavras, não é codificado e muito menos transmitido ao cérebro.

Nunca podemos confiar num acordo feito ou aceito pelo alienador. Eles têm atitudes inesperadas e sempre dão um jeitinho de não cumprirem nada do que foi combinado. 

Por isso, nunca criem expectativas nos dias ou na véspera da visitação, senão, você será acometido da Síndrome da Sexta-feira à noite, que é um conjunto de sintomas, sinais ou características que, em associação com uma condição crítica, são passiveis de despertar insegurança e medo. É nesse momento que se desenvolvem as doenças psicossomáticas.

Muitos pais que conseguiram fazer valer o direito de convivência nos finais de semana sofrem da Síndrome do Domingo à noite, quando começam a passar mal física e emocionalmente por saberem que o momento de devolução da criança se aproxima.

Termino o texto com mais uma estrofe na música que iniciei:
“...Pois só mágoas eu trago hoje em dia
E estas rugas o amor me deixou.”




quinta-feira, 24 de setembro de 2015

O ratinho Timóteo

Com educadora, orientadora e terapeuta de crianças há mais de 14 anos, minha tarefa principal é restaurar um significado na vida delas.

Quase sempre a criança depois do divórcio dos pais está sujeita a sentimentos desesperados de solidão e isolamento, e com frequência experimenta uma ansiedade muito forte. Na maioria das vezes, ela é incapaz de expressar seus sentimentos em palavras, e só pode fazê-lo indiretamente através de brincadeiras, fantasias ou até mesmo ao ouvir histórias.

Os contos de Fadas geralmente começam com “Era uma vez...” e terminam com “E viveram felizes para sempre”. Essa ideia cria esperança de que podem ter sucesso nas dificuldades do momento e que tudo pode acabar bem no final.

As histórias infantis ajudam a criança a lidar com sentimentos como: inveja ou rivalidade com irmãos, medo da separação dos pais, inferioridade, raiva, vingança, tristeza, desprezo, abandono, etc., por isso geralmente quando se identifica com os personagens pede para lerem para ela várias vezes a mesma história.

O conto enriquece a vida interior da criança e a auxilia entender melhor suas emoções. Utilizando os pensamentos mágicos dos personagens a criança fica aliviada por saber que esses sentimentos são comuns, afinal, todos sentem raiva e querem destruir a bruxa malvada, sentem medo do Lobo Mau. Sentem orgulho de um príncipe que salva a princesa, se admiram com a sabedoria do rei, sentem pena de quem sofre por conta da maldade da bruxa.

Internamente a criança sem que ninguém precise ensinar, faz a transposição para sua realidade atual e reelabora seus conteúdos internos através da repetição da história. Ela usa a repetição para compreender e elaborar as angustias e conflitos ainda não resolvidos.

Num atendimento essa semana o garoto me disse:

- Você pode ler pra mim a história do elefantinho Dumbo?

Achei o pedido muito significativo e quero compartilhar minha interpretação.  O menino é filho de pais separados e mora com a mãe. Quando ela ‘permite’ ele vê o pai a cada 15 dias, mas geralmente fica 2 meses sem convivência, porque sempre a mãe dá ‘um jeitinho’ de não cumprir a decisão judicial que dá ao filho esse DIREITO.

Vejamos:

Dona Jumbo briga por seu filhote mesmo que isso venha arruiná-la, como é o caso na história.

Mesmo contando com o amor e proteção materna o drama de Dumbo é de separação. Dona Jumbo é encarcerada após uma crise de fúria e o elefantinho ficou só, tendo apenas o rato Timóteo como conselheiro.

 “O drama do elefantinho centra-se no fato de que ele se vê privado dessa proteção, quando sua mãe é encarcerada. Essa história tem seu fim quando se produz o milagre de fazer um elefante voar.

Longe da proteção materna o elefante tem novas aventuras numa jornada de crescimento.

A função paterna é feita pelo ratinho Timóteo. Como em todos contos de fadas temos nesse um pai desvalorizado, neste caso minúsculo. A assimetria desse casal rato-elefante, no exercício das funções paterna e materna simboliza bem o que sempre sentimos: um pai que aos olhos da mãe está sempre aquém do necessário. Nas piadas o enorme elefante costuma ter medo de ratos, mostrando que tamanho não é documento. Porém não deixa de ser ilustrativo que a mãe seja tão imensa, enquanto o personagem que poderíamos associar ao pai é tão pequenino.

O ratinho representa um pai que surge como um conselheiro oportuno e sábio, mas só depois que o destino tira de cena a dona Jumbo, cujo amor paquidérmico ocupava todos os espaços.

Timóteo cria um objeto mágico, uma peninha, que faz com que o elefantinho perca o medo de voar. Convence-o que se estiver segurando-a na tromba não cairá. Só depois quando Dumbo já estava convencido de seu dom, Timóteo revela que a história da peninha fora um pequeno truque.

Não pode haver nada mais paterno que esse episódio. Ele é similar ao que ocorre quando as crianças e a andar de bicicleta: em determinado momento quem está segurando deixa-as soltas e elas saem pedalando sozinha, confiantes de que estão sendo amparadas.

O trabalho do pai é esse auxilio no crescimento, que passa por deixar voar, mas entregando uma peninha que represente sua presença, ou, com as mãos soltas acompanha com o olhar as primeiras pedaladas independentes. Trata-se de um apoio que saiba se ausentar na hora certa e possa ser substituído pela confiança nos passos do filho.

O filho que vive só com a mãe vai ser sentido como se fosse parte da própria mãe. Ela ficará ao seu lado no infortúnio e ele será sua extensão narcísica. Assumir o formato do ideal materno, no entanto, é uma proposta regressiva. É uma possibilidade de se entregar infantilmente à condição de ser objeto da mãe”.

A psicanalise capacita o homem a aceitar a natureza problemática da vida sem ser derrotado por ela, por isso indico terapia para todos que estão passando pela situação de separação. Os Postos de Saúde oferecem esse serviço gratuitamente. Pode demorar um pouquinho, mas a vaga aparece.

O tratamento é importante para que o pai ausente fique forte e não desista de lutar pelo filho. O judiciário além de ser moroso não aplica a Lei da guarda compartilhada na integra, mas estamos lutando pra que esse quadro mude.

Mesmo que no momento você esteja pequeno feito o ratinho Timóteo. Faça sua parte. Auxilie no crescimento emocional do seu filho, ajude ele a perder os medos, a ter confiança num futuro melhor. Não permita que a mãe elefante ocupe todos os espaços, lute pelo seu e mesmo que ele seja desproporcional em tempo, dê TEMPO DE QUALIDADE para seu filho. Mostre que tamanho não é documento e marque seu espaço no emocional da criança.

“Provoque” o judiciário toda vez que se sentir prejudicado. Seu filho precisa de você para novas aventuras numa jornada de crescimento.




segunda-feira, 21 de setembro de 2015

A Autofecundação é o sonho de todo egoísta.



Autofecundação é a fecundação entre gametas masculino e feminino originados por um só ancestral (um só individuo).
Se isso fosse possível seria o fim da alienação parental, pois, coexistiria no mesmo ser o sistema reprodutor masculino e feminino e ai sim pai ou mãe poderiam se denominar ‘pães’ (junção de pai + mãe comumente e erroneamente usada por quem cria o filho ausente do outro genitor).
Como sabemos, os “óvulos e os espermatozoides são gametas ou células sexuais que têm uma função reprodutora isto é, a função de garantir a continuidade da espécie humana.
            O espermatozoide é um gameta ou célula sexual masculina que é constituída pela cabeça; segmento intermediário; e cauda. São produzidos nos testículos e têm como função a fecundação do óvulo para originar um embrião.
O óvulo é um gameta ou célula sexual feminina que é formado por um núcleo, citoplasma e células foliculares. São formados nos ovários e têm a função de serem fecundados pelos espermatozoides para dar origem a um embrião”.
Com a explicação acima fica claro que para gerar um bebê é necessário que tenhamos uma dupla: um homem e uma mulher, ou no mínimo: um óvulo e um espermatozoide. A autofecundação não existe na espécie humana e até as minhocas que são dotadas de sistemas reprodutores masculinos e femininos em um mesmo individuo necessitam de dois animais para que aconteça a fecundação. Mesmo nos grandes centros de reprodução humana os geneticistas, cientistas e médicos envolvidos no processo da fecundação “in vitro” necessitam de um óvulo e de um espermatozoide para ‘fazerem’ um bebê.  
Genitores alienadores desejam não um pai ou mãe para seus filhos. Precisavam apenas do genitor do sexo oposto para que a fecundação acontecesse.
Vejamos a diferença entre as palavras pai/mãe e genitor(a). Genitor é o que gera. Se uma criança nasceu é porque um homem e uma mulher deram sua contribuição física e como o relacionamento sexual ‘produz’ bebês, há muitos genitores por ai.
Gerar é uma função que qualquer animal pode cumprir, mas ser pai ou mãe é distinto e superior à função de genitor, pois é uma posição moral assumida por um homem ou uma mulher para com seu filho. Isso requer hombridade. Ser pai ou mãe requer compromisso, requer responsabilidade pela vida do filho.
Pai e mãe respondem tanto pela formação moral quanto pela provisão material do filho. Cuidam e fazem o melhor que podem para o bem estar físico e emocional da prole.
Um genitor pode ter engravidado uma mulher e nem saber do nascimento da criança. Uma genitora pode parir a criança e doá-la, jogá-la no lixo ou no rio, mas um pai ou uma mãe não abandonam a criança e exercem papel de educadores e orientadores: ensinam o que é certo e o que é errado, moldam os filhos de acordo com suas convicções.
Pai e mãe ensinam ao filho o caminho que devem andar. Ambos devem ter tempo de convivo equilibrado com a criança para poderem dar na mesma medida atenção, amor e disciplina.  
Pai e mãe são os que constroem laços afetivos: acompanham o filho, suprem as necessidades, cuidam, protegem, ensinam, orientam e NÃO DELEGAM a terceiros as principais funções maternas ou paternas.
No entanto, o alienador(a) parental, que desde sempre apenas desejou um genitor(a) para seu filho delega as funções da maternagem ou paternagem para qualquer ‘estranho’ (babás, creches, vizinhos, madrastas, padrastos) em detrimento do pai ou da mãe biológicos. É como se o outro apenas tivesse servido como “facilitador/fecundador” para que a existência da criança fosse possível. Uma vez grávida o outro não é necessário para mais nada e o alienador pode já nesse momento de ‘falsa completude’ começar a desprezar e afastar quem tornou seu ‘sonho’ possível.
Para o alienador parental o filho não passa de um descendente genético do genitor ausente e não permite que relações de afeto sejam construídas no cotidiano.
O sonho do egoísta alienador é que ele pudesse se autofecundar, assim o filho seria apenas seu.
Não existe a menor possibilidade de exercer a paternidade ou maternidade sem convivência com o filho, pois ela é necessária para vinculação afetiva. Diferentemente do genitor(a) a paternidade/maternidade não é um fato da natureza, mas sim um fato ‘cultural’, é uma função exercida e construída, é um ‘lugar’ a ser ocupado e posteriormente reconhecido pelo filho como tal.
Um genitor(a) sem contato com filho pode nunca se tornar ‘um pai’ ou ‘uma mãe’, pois a maternidade e paternidade estão muito acima dos laços sanguíneos, estão ligadas ao desempenho da função materna e paterna.
Um genitor(a) biológico reconhecido juridicamente na certidão de nascimento se não exercer a paternidade ou maternidade deixará de cumprir o papel social para o qual se destina, que é servir de instrumento para o pleno desenvolvimento da personalidade dos filhos garantindo seus direitos fundamentais de conviverem e serem educados por ambos os pais.
Ocorre que os alienadores acham que genitores são como ‘mercadorias’ do sistema capitalista. Depois que estes cumprem sua função de fecundação são descartados, deixados de lado, jogados fora, trocados por outros como se um produto fossem.
Depois que aproveitaram o ‘gameta’ produzido pelo outro organismo, ele não serve mais pra nada e são dispensados! Por causa da possessividade de genitores desse tipo, essas crianças serão para sempre filhos de uma pessoa só. Notem que alienadores sempre usam a palavra ‘MEU’ filho e nunca ‘NOSSO’ e se enchem de orgulho e prazer ao dizerem que criam a criança sozinho(a)s. No entanto, como já disse, vivemos num sistema capitalista de consumo e esses mesmos que tomam a criança para si reivindicam pensão alimentícia, divisão de casa e carro e outros bens que o ex casal tinha na ocasião da gravidez e mesmo que o alienado dê toda sua fortuna o alienador não lhe permitirá ser pai ou mãe. Se depender do egoísta alienador, o alienado não sairá do ‘status’ de genitor.
Não podemos esquecer que o psicopata prefere matar que dividir.  
O que têm lhe permitido ser?
Para muitos genitores alienados ser pai ou mãe parece um sonho cada vez mais distante de ser realizado. Quanto mais o tempo passa, mais ele se percebe e se conscientiza de que foi apenas um genitor e nem o judiciário, nem os profissionais da saúde mental ou da assistência social se dão conta disso e continuam dando guardas unilaterais mesmo num país onde a REGRA a ser aplicada é a da Guarda compartilhada.



quinta-feira, 17 de setembro de 2015

'Ela era inocente e ele a amava, mas teve que matar'.

Eu não costumo relatar nada do que acontece no espaço clínico quando envolve menores de idade, mas essa semana fiz um atendimento que me sensibilizou demais e decidi compartilhar no Blog para que pais e mães que cometem atos de Alienação Parental tenham dimensão do maleficio que fazem aos filhos ao proibir a criança de ter contato com outro genitor.

Com crianças não dá para fazer entrevistas semi dirigidas como fazemos com os adultos, por isso, como técnica projetiva, entre outras, utilizo a família de bonecos. O brincar ativa o emocional, incentiva o imaginário e facilita a expressão e opinião da criança. 

‘Brincar é o meio natural de auto-expressão da criança. Durante as sessões de ludoterapia é dada a oportunidade da criança libertar os seus sentimentos e problemas através da brincadeira’.

“Os jogos e brincadeira permitem que a criança libere a tensão, frustração, insegurança e até mesmo a agressividade, medo e a confusão, tudo isso sem que a criança se dê conta que tem todos esses sentimentos guardados. A ludoterapia é uma poderosa terapia para que a criança aprenda a se expressar”.

Nos atendimentos sempre disponibilizo várias bonecas e bonecos adultos, bem como bonequinha(o)s pequena(o)s, dessa forma a criança terá em mãos brinquedos que representam as figuras femininas e figuras masculinas. As bonecas podem representar a mamãe, vovó, titia, nova esposa, namorada do papai, professora e bonecos representam papai, vovô, titio, novo marido ou namorado da mãe, etc.

Assim que abri a caixa de brinquedos o garotinho retirou as bonecas e arrancou as cabeças, pernas e braços e jogou tudo na grama (estávamos num espaço ao ar livre).

Perguntei:

- Por que você destruiu as figuras femininas?

Garoto (8 anos) respondeu:

- Fiz de conta que aqui é um videogame. Mesmo que a menina é INOCENTE, TEM QUE MATAR. Mesmo que o matador ama ela, tem que matar. Mesmo que ele não quer, tem que matar.

- Por que ele tem que matá-la?

- Não tem explicação, tem que matar e pronto. Porque tem que matar, só isso. Não sei explicar porque.

Depois de uma pausa continuou....

- Nem o homem sabe explicar. Mandaram ele matar ela e ele matou. Ela era INOCENTE. Ela não tinha arma, mas o homem tinha faca e metralhadora. Ele AMAVA ELA, mas teve que matar.

Perguntei:

- Como sabe que ele a amava?

- Sei, porque quando ele via ela aparecia um coração na cabeça dele.

Está nítido que menino está se projetando na brincadeira. Está dizendo de si, de como se sente. Ele teve que “matar” a mãe simbolicamente, porque esta é a mensagem que lhe passam ao afastá-lo da convivência materna. Embora ele não entenda o porquê disso, sabe que deve “matá-la”.

No fundo ele não compreende a situação e verbaliza: - Não tem explicação, tem que matar e pronto. Porque tem que matar, só isso. Não sei explicar porque

Garoto está confuso, não tem conhecimento do processo de disputa de guarda e sabiamente me diz:

- Eu sei pra que serve uma psicóloga.

Perguntei:

- Pra quê?

Respondeu:

- Ensinam as pessoas a se comportarem melhor e ajudam elas a ser felizes. 

Minutos depois perguntou:

- Mas por quê, então, vocês não fazem nada? Eu já fui em três e vocês não me falam porquê. Vocês não servem pra nada. O que vocês fazem com os desenhos que mandam a gente fazer? Vocês, perguntam, perguntam, perguntam e quero saber o que vocês fazem com essas perguntas. Vocês dão as perguntas pra quem? (na verdade ele queria saber o que fazemos e a quem damos as respostas).

Pra não dizer que ele era “”objeto”” da disputa de uma guarda, a única saída que vi foi responder que toda profissão tem um ‘segredo’ e que esse era o meu, mas que quando ele ficasse mocinho era pra ele me procurar que eu revelaria o segredo à ele e entreguei meu cartão de visitas e falei: - Guarde num local bem secreto pra você não perder e quando você fizer 18 anos pode me ligar que te conto.

Ele adorou a brincadeira, mas eu estou a mais de 24 horas pensativa com a última frase que ele me disse:

- Vocês não fazem as pessoas felizes.

Ele me acertou como uma flecha acerta o alvo, mas eu não vou ser a única ‘culpada’ da infelicidade de famílias, vou arrastar comigo para o compromisso pais e mães que desejam guardas unilaterais. Vou chamar de culpados a morosidade do judiciário, juízes com pensamentos arcaicos, advogados que peticionam sem levar em conta a alienação parental e a vigência da Lei 13.058, que diz que no Brasil ela é REGRA e não uma exceção.  

Uma criança tem que conviver com ambos genitores em tempo equilibrado. Vou parafrasear o pequeno garoto e perguntar a todos envolvidos:

Até quando nós vamos permitir que uma criança INOCENTE ‘mate simbolicamente’ seu pai ou sua mãe?

“Mesmo que a menina é INOCENTE, TEM QUE MATAR. Mesmo que o matador ama ela, tem que matar. Mesmo que ele não quer, tem que matar.

- Não tem explicação, tem que matar e pronto. Porque tem que matar, só isso. Não sei explicar porque.

- Nem o homem sabe explicar. Mandaram ele matar ela e ele matou. Ela era INOCENTE. Ela não tinha arma, mas o homem tinha faca e metralhadora. Ele AMAVA ELA, mas teve que matar”.

Todos nós, profissionais da psicologia, da assistência social, do direito, pais, mães, avós, nós temos a FACA E A METRALHADORA NAS MÃOS. Nós vamos ensinar a matar ou a compartilhar?

Quem ama compartilha, não mata! Embora não pareça quem morre é a criança e não o genitor ausente. O adulto bem ou mal está acostumado às decepções da vida, mas a criança recém chegou ao mundo. Não a condenemos aos sentimentos de abandono e rejeição antes da hora. Tudo tem seu tempo.




domingo, 13 de setembro de 2015

Dias piores virão.

Dias piores virão. É isso que digo aos pais que reclamam que estão sofrendo com a alienação parental.

Quando me consultam uma das primeiras perguntas que faço é:

- Você já está num novo relacionamento?

Se me respondem não, eu digo:

- Hum......espere pra ver tudo que está por vir.

Se dizem que sim, que estão namorando, eu advirto:

- Cuidado! Muito cuidado! Todo cuidado é pouco, porque tudo irá PIORAR à partir de agora.

E os genitores ausentes me perguntam: - Nossa, Doutora, e tem como piorar?

Tem!!! Alienadores sempre arrumam um jeito das coisas piorarem.

Vou dar exemplos reais, sendo assim, como foram mães que me contaram o que fizeram, vou tomar a liberdade de usar a palavra alienadora (no feminino).

Seguem algumas práticas utilizadas por elas para fazerem os próprios filhos não desejarem mais ir para casa do pai e de sua nova esposa.

Não é incomum que assim que o filho volte da casa paterna, a mãe lhe ofereça um suco com laxante, ou remédios que o façam vomitar a noite toda.

No primeiro vômito ou diarreia a maquiavélica genitora pergunta:

- O que você comeu de diferente na casa do seu pai?

- Nada, responde a criança.

- Hum, aquela “vagabunda” deve ter te dado comida estragada. O feijão estava com cara de novo? O arroz era de ontem? Não sentiu cheiro de azedo em nada?

- Não sei mamãe.

- Vou ligar pra seu pai.

- Fulano, o que essa “vadia” deu pro meu filho comer? O menino está passando mal. Se ele não melhorar vou leva-lo no Pronto Socorro e ‘essazinha’ vai ver com quem está mexendo!

Como o objetivo é fazer a criança ou adolescente passar bem mal para que tenham repulsa em voltar à casa paterna, elas só levam a criança p Hospital no meio do dia seguinte quando já estão enfraquecidos, com fortes dores de cabeça por causa da desidratação, com dores abdominais, etc. Médico as mandam tomar soro e disso decorre uma choradeira de medo da agulha.

Passam-se os dias, a criança sara, final de semana com mamãe nada acontece, na semana seguinte também não, até que volta para casa paterna para passar final de semana. Sábado e domingo tudo bem, mas quando chega na casa materna, novo suquinho ou vitamina com laxante e tudo se repete.

- O que você comeu na casa do seu pai? Aquela mulher é uma porca nojenta. Não deve lavar as mãos quando sai do banheiro e você deve “comer” coliformes fecais! Ridícula. Quero ver quando ela tiver filhos com seu pai se ela vai dar porcarias pro filho dela também....

E o episódio de vômitos e diarreias se repete ao longo da noite, bem como o soro no dia seguinte.

Na terceira vez que isso acontecer a própria criança irá falar:

- Papai eu não quero ir na sua casa, porque sua mulher faz alguma coisa que passo mal toda vez que eu volto da visita.

E nada nesse mundo fará o pequeno mudar de ideia.

Outra coisa bastante comum é a mãe dar embora (sem que a criança saiba) algum presente que filho acabou de ganhar. Segue mais um fato verídico.

A mãe comprou um tênis que há tempos filho estava querendo. E ela deixou garoto ver que o colocou na mala que garoto levaria para casa do pai.

Na volta quando foi desfazer a mala, pergunta ao menino:

- Onde está o tênis que eu te comprei?

Garoto responde:

- Não sei, mamãe, nem usei.

- Pois não está aqui! Aquela desgraçada deve ter pego para dar para o sobrinho dela que calça o mesmo número que você.

Procura daqui, procura de lá, liga para pai, xinga a madrasta, mas na verdade como tênis estava sem uso a mãe foi na loja e trocou por uma sandália pra ela, mas nunca, ninguém além de mim soube da horrível e desaprovada atitude materna.

Fez isso também com outras peças de roupas. Conseguiu com o ato gerar desconfiança da criança em relação à madrasta. Menino começou a levar a mala com cadeado pra casa do pai.

Mães retiram da orelha da filha bebê ou pequenas (que ainda não falem) um brinco e fotografam a orelha sem nada e a outra com a peça e dizem:

- A Fulana veio pra casa sem brinco. Procure, porque caiu ai na sua casa ou na casa da sua mãe. E toda família fica abaixada no chão feito tontos procurando a joia.

Se a criança vem com um ursinho de pelúcia dado pela madrasta, elas puxam as linhas, soltam o enchimento e falam pra o filho:

- Olha que porcaria “aquela lá” te deu. Deve ter comprado na loja de R$ 1,99, credo, o bicho não durou uma semana!

Bom, mas até aí, bem ou mal a criança ainda pode conviver com o genitor não guardião, mas basta a nova esposa engravidar para o pai ter apenas mais NOVE MESES para curtir o primogênito.

Do anúncio da nova gravidez até o nascimento de bebê a mãe do filho mais velho irá enche-lo de alegrias e felicidades pela chegada do novo irmãozinho. Vai incentivar a criança a escolher O NOME do novo integrante da família, vai comprar um ‘presentinho’, auxiliará o filho a fazer desenhos para presentear a madrasta, MAS NÃO SE ENGANE, TUDO ISSO É PARTE DE UMA ESTRATÉGIA para que a criança ODEIE pai, madrasta e irmão num futuro bem próximo.

O ‘modus operandi’ é geralmente o seguinte:

Assim que o bebê nasce, no final de semana que não é do genitor ausente, a mãe diz que é e fala:

- Vai tomar banho que está quase na hora do papai chegar. Você vai levar a bola de circo que você ganhou da vovó? E a escovinha dos Simpsons, quer que a mamãe coloque na mochila? Que roupa você quer colocar?

Criança sai do banho, se arruma, escova os dentes, penteia o cabelo e mamãe mostra no relógio: - Olha, quando o ponteirinho chegar aqui o papai vai buzinar.

Só que não é o dia do papai ir e ele não aparece. Dona mamãe reclama:

- Nossa, seu pai sempre atrasa! Se fosse eu no dia de te pegar amanheceria aqui! Aff! Nem sei mais o que falar pra esse homem cumprir os horários, mas vamos assistir tv que ele logo chega.
E as horas passam, junto com elas as esperanças de que papai apareça.

Criança pede:

- Posso ligar pro meu pai?

- Você está louco? Ligar pra que, pra ouvir mais uma desculpa esfarrapada dele? Você já sabe que nasceu seu irmão. Seu pai está ocupado com o bebezinho e acha que você já está grande e pode se virar. Deixa aquela gente pra lá. Se seu pai quisesse ficar com você teria vindo te buscar.
Na semana seguinte que é dia do pai pegar o menino a mãe acorda cedo e diz:

- Filhão, já que você ficou tão triste semana passada, porque seu pai não veio a mamãe vai compensar seu sofrimento hoje e vou te levar no Shopping! Vamos ao cinema, Mac Donald’s. HOJE É NOSSO DIA!!! VAMOS APROVEITAR!

Criança diz:

- OBA!!! E corre beijar a maléfica mãe.

- Olha meu príncipe, a mamãe NÃO vai nem levar o celular pra ninguém atrapalhar nosso passeio!

E assim saem de casa cedinho. Quando papai chega para pegar o filho “dá com a cara na porta” e lógico que telefone só chama, pois ela o deixou em casa.  

Pai pode até fazer B.O e pedir busca e apreensão do menor, mas onde irão encontrar a dupla?
Mais uma semana de afastamento.

No shopping, uma sessão de tortura se inicia. Ao passarem pela vitrine de roupinhas de bebê a sórdida mãe dá uma paradinha e verbaliza:

- Não gosto nem de ver isso. Me sinto até mal. Só por causa do neném seu pai te abandonou. Ele se esquece que você cresceu mais ele continua sendo seu pai, mas não tem importância. A mamãe será seu pai e sua mãe ao mesmo tempo. Sou guerreira e mato um leão por dia se for preciso só pra te fazer feliz.

E continua a caminhada olhando pra loja e se afastando o mais lentamente que seus pés o possam fazer.

Repete esse comportamento por três ou quatro semanas. Pronto, esse tempo basta para incutir no filho o sentimento de abandono. O filho convencido de que o pai ama mais o bebê recém chegado do que a ele, cada dia mais se retrai e se entristece pelo “”desprezo”” que ele e sua nova esposa lhe ‘dão’ após o nascimento do irmãozinho que ele sequer pôde conhecer.

Digna de receber o Oscar a ex esposa se utiliza de técnicas teatrais para convencer os familiares de que ela e filho estão sendo vítimas do ex marido e de sua nova esposa. O convencimento é tamanho que até os pais do rapaz acreditam que ele não procura o filho mais velho, porque a atual esposa não permite. Como raramente as pessoas sabem das estratégias utilizadas pela alienadora, a “madrasta” fica sendo a má.

As mães deveriam ser responsáveis pelo bem estar psicológico e emocional do filho, mas com a chegada do novo filho do ex marido elas se tornam cruéis, malvadas e hostis. Não medem esforços para destruir os vínculos entre criança e genitor. Se for necessário que faça falsas denúncias de maus tratos e violência doméstica elas fazem sem o menor pudor.

Tem pesquisas que afirmam que irmãos passam 33% da vida juntos. Esses irmãos proibidos muitas vezes até de se conhecerem contrariam essa estatística. Irmãos que não podem ir no aniversário um do outro, porque a mãe de um deles não deixa, ou melhor, porque nem convidados foram!
Irmãos têm o DIREITO de conviverem. Qual crime cometeu o caçula? Nasceu num segundo casamento do pai, esse foi seu “delito”?

É bem comum que a alienadora parental na tentativa de impedir que uma criança conheça a outra, comece a proibir os avós e tios de saírem com a criança mais velha. Se quiserem ver o garoto devem ir até ele. O mesmo se refere ao pai.

- Na casa dessa ‘zinha’ ele NÃO VAI. Se você quiser ver seu filho venha aqui. As portas de casa estão abertas pra você. Nunca te proibi de vir até aqui ver seu filho. Você não vem, porque não quer!

Quando alguém pergunta:

- E o Fulano está com ciúmes no novo irmãozinho?

A mãe responde:

- E você acha que pai veio busca-lo pra conhecer? Você acha que “aquela lá” vai querer filho dos outros na casa dela? Tá lá com desculpa de que está com depressão pós parto ou sei lá o quê. Só sei que ninguém apareceu aqui pra buscar o menino pra conhecer o irmão. Coitado do menino, está triste que dá dó. Pobrezinho!

Leitores, ciúmes de uma outra mulher ter um filho com o ex marido é misturar conjugalidade com parentalidade!

O ex casal acabou, mas pai e filho continuam ser parentes e novo irmão é queiram ou não, meio-irmão do primogênito.

Bom, mas nesse mundo de alienadores tem ex mulher até com ciúmes do novo cachorro que casal comprou e é por isso que eu digo que Dias piores virão!