domingo, 13 de setembro de 2015

Dias piores virão.

Dias piores virão. É isso que digo aos pais que reclamam que estão sofrendo com a alienação parental.

Quando me consultam uma das primeiras perguntas que faço é:

- Você já está num novo relacionamento?

Se me respondem não, eu digo:

- Hum......espere pra ver tudo que está por vir.

Se dizem que sim, que estão namorando, eu advirto:

- Cuidado! Muito cuidado! Todo cuidado é pouco, porque tudo irá PIORAR à partir de agora.

E os genitores ausentes me perguntam: - Nossa, Doutora, e tem como piorar?

Tem!!! Alienadores sempre arrumam um jeito das coisas piorarem.

Vou dar exemplos reais, sendo assim, como foram mães que me contaram o que fizeram, vou tomar a liberdade de usar a palavra alienadora (no feminino).

Seguem algumas práticas utilizadas por elas para fazerem os próprios filhos não desejarem mais ir para casa do pai e de sua nova esposa.

Não é incomum que assim que o filho volte da casa paterna, a mãe lhe ofereça um suco com laxante, ou remédios que o façam vomitar a noite toda.

No primeiro vômito ou diarreia a maquiavélica genitora pergunta:

- O que você comeu de diferente na casa do seu pai?

- Nada, responde a criança.

- Hum, aquela “vagabunda” deve ter te dado comida estragada. O feijão estava com cara de novo? O arroz era de ontem? Não sentiu cheiro de azedo em nada?

- Não sei mamãe.

- Vou ligar pra seu pai.

- Fulano, o que essa “vadia” deu pro meu filho comer? O menino está passando mal. Se ele não melhorar vou leva-lo no Pronto Socorro e ‘essazinha’ vai ver com quem está mexendo!

Como o objetivo é fazer a criança ou adolescente passar bem mal para que tenham repulsa em voltar à casa paterna, elas só levam a criança p Hospital no meio do dia seguinte quando já estão enfraquecidos, com fortes dores de cabeça por causa da desidratação, com dores abdominais, etc. Médico as mandam tomar soro e disso decorre uma choradeira de medo da agulha.

Passam-se os dias, a criança sara, final de semana com mamãe nada acontece, na semana seguinte também não, até que volta para casa paterna para passar final de semana. Sábado e domingo tudo bem, mas quando chega na casa materna, novo suquinho ou vitamina com laxante e tudo se repete.

- O que você comeu na casa do seu pai? Aquela mulher é uma porca nojenta. Não deve lavar as mãos quando sai do banheiro e você deve “comer” coliformes fecais! Ridícula. Quero ver quando ela tiver filhos com seu pai se ela vai dar porcarias pro filho dela também....

E o episódio de vômitos e diarreias se repete ao longo da noite, bem como o soro no dia seguinte.

Na terceira vez que isso acontecer a própria criança irá falar:

- Papai eu não quero ir na sua casa, porque sua mulher faz alguma coisa que passo mal toda vez que eu volto da visita.

E nada nesse mundo fará o pequeno mudar de ideia.

Outra coisa bastante comum é a mãe dar embora (sem que a criança saiba) algum presente que filho acabou de ganhar. Segue mais um fato verídico.

A mãe comprou um tênis que há tempos filho estava querendo. E ela deixou garoto ver que o colocou na mala que garoto levaria para casa do pai.

Na volta quando foi desfazer a mala, pergunta ao menino:

- Onde está o tênis que eu te comprei?

Garoto responde:

- Não sei, mamãe, nem usei.

- Pois não está aqui! Aquela desgraçada deve ter pego para dar para o sobrinho dela que calça o mesmo número que você.

Procura daqui, procura de lá, liga para pai, xinga a madrasta, mas na verdade como tênis estava sem uso a mãe foi na loja e trocou por uma sandália pra ela, mas nunca, ninguém além de mim soube da horrível e desaprovada atitude materna.

Fez isso também com outras peças de roupas. Conseguiu com o ato gerar desconfiança da criança em relação à madrasta. Menino começou a levar a mala com cadeado pra casa do pai.

Mães retiram da orelha da filha bebê ou pequenas (que ainda não falem) um brinco e fotografam a orelha sem nada e a outra com a peça e dizem:

- A Fulana veio pra casa sem brinco. Procure, porque caiu ai na sua casa ou na casa da sua mãe. E toda família fica abaixada no chão feito tontos procurando a joia.

Se a criança vem com um ursinho de pelúcia dado pela madrasta, elas puxam as linhas, soltam o enchimento e falam pra o filho:

- Olha que porcaria “aquela lá” te deu. Deve ter comprado na loja de R$ 1,99, credo, o bicho não durou uma semana!

Bom, mas até aí, bem ou mal a criança ainda pode conviver com o genitor não guardião, mas basta a nova esposa engravidar para o pai ter apenas mais NOVE MESES para curtir o primogênito.

Do anúncio da nova gravidez até o nascimento de bebê a mãe do filho mais velho irá enche-lo de alegrias e felicidades pela chegada do novo irmãozinho. Vai incentivar a criança a escolher O NOME do novo integrante da família, vai comprar um ‘presentinho’, auxiliará o filho a fazer desenhos para presentear a madrasta, MAS NÃO SE ENGANE, TUDO ISSO É PARTE DE UMA ESTRATÉGIA para que a criança ODEIE pai, madrasta e irmão num futuro bem próximo.

O ‘modus operandi’ é geralmente o seguinte:

Assim que o bebê nasce, no final de semana que não é do genitor ausente, a mãe diz que é e fala:

- Vai tomar banho que está quase na hora do papai chegar. Você vai levar a bola de circo que você ganhou da vovó? E a escovinha dos Simpsons, quer que a mamãe coloque na mochila? Que roupa você quer colocar?

Criança sai do banho, se arruma, escova os dentes, penteia o cabelo e mamãe mostra no relógio: - Olha, quando o ponteirinho chegar aqui o papai vai buzinar.

Só que não é o dia do papai ir e ele não aparece. Dona mamãe reclama:

- Nossa, seu pai sempre atrasa! Se fosse eu no dia de te pegar amanheceria aqui! Aff! Nem sei mais o que falar pra esse homem cumprir os horários, mas vamos assistir tv que ele logo chega.
E as horas passam, junto com elas as esperanças de que papai apareça.

Criança pede:

- Posso ligar pro meu pai?

- Você está louco? Ligar pra que, pra ouvir mais uma desculpa esfarrapada dele? Você já sabe que nasceu seu irmão. Seu pai está ocupado com o bebezinho e acha que você já está grande e pode se virar. Deixa aquela gente pra lá. Se seu pai quisesse ficar com você teria vindo te buscar.
Na semana seguinte que é dia do pai pegar o menino a mãe acorda cedo e diz:

- Filhão, já que você ficou tão triste semana passada, porque seu pai não veio a mamãe vai compensar seu sofrimento hoje e vou te levar no Shopping! Vamos ao cinema, Mac Donald’s. HOJE É NOSSO DIA!!! VAMOS APROVEITAR!

Criança diz:

- OBA!!! E corre beijar a maléfica mãe.

- Olha meu príncipe, a mamãe NÃO vai nem levar o celular pra ninguém atrapalhar nosso passeio!

E assim saem de casa cedinho. Quando papai chega para pegar o filho “dá com a cara na porta” e lógico que telefone só chama, pois ela o deixou em casa.  

Pai pode até fazer B.O e pedir busca e apreensão do menor, mas onde irão encontrar a dupla?
Mais uma semana de afastamento.

No shopping, uma sessão de tortura se inicia. Ao passarem pela vitrine de roupinhas de bebê a sórdida mãe dá uma paradinha e verbaliza:

- Não gosto nem de ver isso. Me sinto até mal. Só por causa do neném seu pai te abandonou. Ele se esquece que você cresceu mais ele continua sendo seu pai, mas não tem importância. A mamãe será seu pai e sua mãe ao mesmo tempo. Sou guerreira e mato um leão por dia se for preciso só pra te fazer feliz.

E continua a caminhada olhando pra loja e se afastando o mais lentamente que seus pés o possam fazer.

Repete esse comportamento por três ou quatro semanas. Pronto, esse tempo basta para incutir no filho o sentimento de abandono. O filho convencido de que o pai ama mais o bebê recém chegado do que a ele, cada dia mais se retrai e se entristece pelo “”desprezo”” que ele e sua nova esposa lhe ‘dão’ após o nascimento do irmãozinho que ele sequer pôde conhecer.

Digna de receber o Oscar a ex esposa se utiliza de técnicas teatrais para convencer os familiares de que ela e filho estão sendo vítimas do ex marido e de sua nova esposa. O convencimento é tamanho que até os pais do rapaz acreditam que ele não procura o filho mais velho, porque a atual esposa não permite. Como raramente as pessoas sabem das estratégias utilizadas pela alienadora, a “madrasta” fica sendo a má.

As mães deveriam ser responsáveis pelo bem estar psicológico e emocional do filho, mas com a chegada do novo filho do ex marido elas se tornam cruéis, malvadas e hostis. Não medem esforços para destruir os vínculos entre criança e genitor. Se for necessário que faça falsas denúncias de maus tratos e violência doméstica elas fazem sem o menor pudor.

Tem pesquisas que afirmam que irmãos passam 33% da vida juntos. Esses irmãos proibidos muitas vezes até de se conhecerem contrariam essa estatística. Irmãos que não podem ir no aniversário um do outro, porque a mãe de um deles não deixa, ou melhor, porque nem convidados foram!
Irmãos têm o DIREITO de conviverem. Qual crime cometeu o caçula? Nasceu num segundo casamento do pai, esse foi seu “delito”?

É bem comum que a alienadora parental na tentativa de impedir que uma criança conheça a outra, comece a proibir os avós e tios de saírem com a criança mais velha. Se quiserem ver o garoto devem ir até ele. O mesmo se refere ao pai.

- Na casa dessa ‘zinha’ ele NÃO VAI. Se você quiser ver seu filho venha aqui. As portas de casa estão abertas pra você. Nunca te proibi de vir até aqui ver seu filho. Você não vem, porque não quer!

Quando alguém pergunta:

- E o Fulano está com ciúmes no novo irmãozinho?

A mãe responde:

- E você acha que pai veio busca-lo pra conhecer? Você acha que “aquela lá” vai querer filho dos outros na casa dela? Tá lá com desculpa de que está com depressão pós parto ou sei lá o quê. Só sei que ninguém apareceu aqui pra buscar o menino pra conhecer o irmão. Coitado do menino, está triste que dá dó. Pobrezinho!

Leitores, ciúmes de uma outra mulher ter um filho com o ex marido é misturar conjugalidade com parentalidade!

O ex casal acabou, mas pai e filho continuam ser parentes e novo irmão é queiram ou não, meio-irmão do primogênito.

Bom, mas nesse mundo de alienadores tem ex mulher até com ciúmes do novo cachorro que casal comprou e é por isso que eu digo que Dias piores virão!




2 comentários:

  1. Conheço casos em que a psicóloga contratada pela mãe coloca falsas memórias na cabeça da criança com a finalidade de prolongar o tratamento, com eternas sessões de psicoterapia.

    Afastar o pai da vida do filho passou a ser um comércio, um mercado lucrativo para certos advogados e psicólogas, gente de tão mal caráter.

    ResponderExcluir
  2. Lamentável existir genitores com esta índole maldita.

    ResponderExcluir