sábado, 11 de julho de 2015

Alienação parental dentro do casamento.



Muitos desavisados imaginam que a alienação parental é iniciada depois da separação, mas se observarmos atentamente, ela se inicia ainda dentro do casamento, com o divórcio é apenas intensificada. Chego a afirmar que podemos prever a alienação ainda no namoro, se prestarmos atenção nos traços da personalidade do parceiro(a).
No início do relacionamento, o sujeito começa a reduzir a liberdade da ‘vítima’, isolando-a de seu entorno, familiares, amigos e de todos os outros que pensam no seu bem estar. Seu intuito é manter o controle e minar a autoestima, bloqueando-a e minando seu senso de segurança, transformando o outro em um ser totalmente dependente. Fazendo crer que única pessoa que você precisa é dela!
O “futuro” alienador(a), já no começo do namoro demonstra sua personalidade dominadora e abusiva sempre que pode. Mesmo que disfarçadamente inicia os pequenos abusos emocionais, como por exemplo, as irritantes “alfinetadas”. Pequenas e aparentemente insignificantes implicâncias ou correções que se acumulam em uma espécie de relação mestre e subordinado ao longo do tempo.
Durante as discussões usa xingamentos pra repreender o outro. No dia a dia age de forma desrespeitosa.
Tem necessidade de ‘rebaixar’ o companheiro(a). Precisa fazer com que as realizações do outro pareçam insignificantes e inúteis.
Gostam de causar constrangimentos ao parceiro(a) na frente das pessoas que respeitam e se importam com o companheiro(a).
Vivem dizendo que o outro não sabe fazer nada direito. Que tudo que faz está errado, que o outro é uma pessoa ruim, mau pai, péssimo amigo. Faz o outro acreditar que não é hábil como ela.
Tenta controlar o dia, a localização, a aparência, as prioridades do outro. Não pode sair sem ele, nem sem sua permissão ou sem informa-lo primeiro. Caso faça sem avisá-lo, haverá uma longa palestra e intensa briga que poderá durar toda uma noite, ou dias, ou semana....
Acusações de toda espécie são comuns: as de infidelidade são as mais típicas, mas outras também virão, como acusá-lo de estar traindo amigos, familiares, acusações de que o outro gasta muito a ponto de prejudicar o orçamento da casa e qualidade de vida dos filhos.
A agenda de passeios será somente a que o agrada, ou, que você odeie.
Como meio de manter e aumentar o controle, vai usar algum segredo como objeto de abuso.
Faz o parceiro se sentir humilhado ou muito mal por algo que está fora do controle do outro, por exemplo, no caso de desemprego ou doença.
Quando as coisas dão errado a culpa é sempre do outro.
Por mais que se esforce, seu esforço nunca será suficiente. Por mais que mantenha tudo organizado nunca estará perfeito o suficiente.
O ‘problema’ é sempre o outro. O alienador se acha sempre certo. Ele faz as regras e decide quando e como quebrá-las.
Fala negativamente do(a) parceiro(a) pelas costas, principalmente para pessoas que o respeitam para degradar a opinião destas sobre o(a) parceiro(a).
O prazer do ‘futuro’ alienador(a) é atrapalhar as realizações do companheiro para mostrar o quanto ele é ‘incompetente’.
Portanto, se você namora ou é casado com alguém dominante, egocêntrico, possessivo, de temperamento difícil e exigente, fique atento. Se ela denigre sua imagem, te insulta, humilha publicamente, é cimenta e controladora, procure ajuda profissional imediatamente antes que a situação piore.
Se você sente medo do comportamento do seu(sua) parceiro(a), se ele(a) vive te comparando com os outros, se ele(a) arruma confusões constantes, se ele(a) parece ter dupla personalidade e suas atitudes o(a) confundem (amoroso/carinhoso e em outros momentos agressivo e intolerante) e finalmente, se você não tem nem “permissão” para pensar, cuidado, não opte por ignorar esses comportamentos abusivos.  
Muitas vezes, se você está há muito tempo num relacionamento destrutivo, fica difícil reconhecer o abuso, mas se reconhece e não consegue mais lidar com isso sozinho, entre em contato com um profissional de saúde mental. Seja cuidadoso para não se permitir ser abusado por outra pessoa.
 Encontre um psicólogo ou terapeuta e marque uma consulta o mais rápido possível. Esse serviço pode ser encontrado gratuitamente nos Postos de Saúde.
Saiba de uma única coisa com absoluta certeza: A separação NÃO resolverá os seus problemas em relação a esses abusos, muito pelo contrário, depois do rompimento é que você irá de fato saber que estava dormindo com o inimigo(a) e de tudo que essa pessoa é capaz de fazer e acredite, são coisas inimagináveis!




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