A marca registrada do alienado é o estresse. Quando entram
na fase crônica o corpo começa a falhar. O raciocínio se torna tão prejudicado
que é difícil avaliar objetivamente a situação.
Há uma insanidade progressiva implícita em ser um alienado e
a falta de convivência com o filho deixa a insanidade totalmente desenvolvida.
O alienado é totalmente incapaz de ver quais são suas escolhas em termos da
vida que está vivendo. Grande parte do que faz é em reação ao ex parceiro(a),
ou em função dos filhos. O alienado parece não ter mais vida própria. Não
consegue se divertir, nem trabalhar direito.
Se torna amargo, a insônia se torna companheira de todas as
noites e muitos iniciam períodos de depressão.
Viver nas mãos de um alienador é o mesmo que sofrer um
acidente de carro por dia ou passar a vida numa montanha russa. Os terríveis
altos e baixos, as surpresas e manobras e a imprevisibilidade e instabilidade
no humor do alienador, produz um choque cumulativo, constante e diário no
alienado.
O estresse é tamanho que o sujeito deixa de raciocinar.
Diariamente pais e mães alienados me procuram dizendo:
- Liliane, meu filho não quer mais ficar comigo. Disse que
sei o que ele está passando e que ele me ama, mas ele me perguntou de onde
tirei essa ideia. Passei a noite sem dormir.
Pessoal, vamos voltar ao conceito do pacto de lealdade! A criança não pode desagradar o alienador e para
agradá-lo, tem que desagradar à você que está “ausente” (vivendo em outra
casa).
Façam um exercício. Imaginem-se crianças. Pensem em algum
amigo que a mamãe não gostava e vivia dizendo: - Se eu te pegar falando com o Fulano você vai ver o que vai te
acontecer!
Depois de lerem, fechem os olhos e revivam alguma situação
parecida. Você lá no campinho de futebol, na escola ou na pracinha falando com
o tal amigo no maior papo animado, quando de repente é surpreendido pela enfurecida mãe. O que faria se tivesse,
8, 9, 10 anos?
Acredito que todos
ficariam vermelhos, suados, o riso daria lugar ao nervoso, à dor de
barriga, ao medo e meio sem jeito se afastariam do colega, se virariam para mãe
e sem graça, sem olhar nos olhos dela, diriam:
- Foi ele quem me chamou pra brincar. Não tive culpa.
Agora imaginem se o telefone toca e é o ‘dito cujo’ de novo. De que forma vocês atenderiam?
Morrendo de medo, não é? Talvez respondessem:
- Ha, ha. Sim. Não.
É. Estou. Hum, hum. Tchau, não quero mais falar.
Atire a primeira
pedra quem iria dar risadas e ficar feliz com o telefonema na presença da
mamãe.
É justamente assim que a criança se sente. Ela ama o genitor
ausente. Sofre com a falta de convivência, mas não tem recursos emocionais internos
para ir contra o genitor. Afinal, é o guardião que lhe dá teto, comida,
segurança (leva e busca nos lugares: escola, cursos extra curriculares,
médicos, dentista, etc), é a família dele que ampara quando ele precisa se
ausentar, é ele quem bota pra dormir e conta histórias se necessário. Compra
roupas, calçados, brinquedos (nós sabemos que é com dinheiro da pensão, mas a
criança não computa isso, ela acha que quem compra é quem pagou ali na hora, na
loja ou no supermercado).
A criança pensa: - Meu guardião deve estar falando a
verdade. Cuida de mim e quer o meu bem. O genitor ausente ‘foi embora’ de casa. Não deve mesmo gostar muito de mim. Se casou
com outra(o) e teve um filhinho. Melhor eu ficar com esse que me cuida mesmo.
Vai que eu entristeço o guardião e depois tudo que ele me fala é verdade e o
genitor ausente não me quer. O que eu faço da vida? Vou ficar abandonado? E a
outra família que nunca mais me viu, será que meus avós vão saber do que eu
gosto de comer? Minhas tias sabem onde é minha escola pra me levar caso o novo
guardião não possa? Acho melhor eu fazer
o ‘pacto de lealdade’ com quem já está comigo, porque, se ele(a) ficar triste
pode me mandar embora pra casa do genitor ausente (que já está internalizou o discurso do alienador e
vê o alienado como monstro, vilão).
O que fazer?
Permanecer
saudável é a principal prioridade. Esse é um desafio difícil: preencher
a vida com trabalho agradável, novos amigos e interesses. É um processo lento,
passo a passo. Tente ficar feliz, confortável e em paz.
Diga: - Hoje minha
recuperação tem que vir em primeiro lugar, caso contrário não restará nada a
ninguém.
Se informar é o
segundo passo. Muita leitura pra entender o que se passa com a criança para
não ficar com raiva dela, que não passa de mais uma vítima do alienador.
Entrar em grupos
nas redes sociais é também fundamental. Troque experiências in box e telefone
para quem tem problemática parecida.
Além disso, é necessário entrar com uma Ação pedindo a
Guarda Compartilhada. Só com tempo equilibrado entre ambos genitores é que a
criança poderá ‘conhecer’ seus pais.
Sucesso a todos.
hoje Alienação Parental ainda é um crime sem castigo, a legislação efetiva não a abrange, o que por exclusão a protege. O que mais complexifica a questão é difícil forma de se provar, alem do que prova-la juridicamente nada muda de forma real.
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