Analogia
da alienação parental com o Mito da Caverna, escrito pelo filósofo Platão.
“O
mito fala sobre prisioneiros (desde o nascimento) que vivem presos em correntes
numa caverna e que passam todo tempo olhando para a parede do fundo que é
iluminada pela luz gerada por uma fogueira. Nesta parede são projetadas sombras
de estátuas representando pessoas, animais, plantas e objetos, mostrando cenas
e situações do dia-a-dia. Os prisioneiros ficam dando nomes às imagens
(sombras), analisando e julgando as situações.
Vamos
imaginar que um dos prisioneiros fosse forçado a sair das correntes para poder
explorar o interior da caverna e o mundo externo. Entraria em contato com a realidade e
perceberia que passou a vida toda analisando e julgando apenas imagens
projetadas por estátuas. Ao sair da caverna e entrar em contato com o
mundo real ficaria encantado com os seres de verdade, com a natureza, com os
animais e etc. Voltaria para a caverna
para passar todo conhecimento adquirido fora da caverna para seus colegas ainda
presos. Porém, seria ridicularizado
ao contar tudo o que viu e sentiu, pois seus colegas só conseguem acreditar
na realidade que enxergam na parede iluminada da caverna. Os prisioneiros
vão chama-lo de louco, ameaçando-o de morte caso não pare de falar daquelas
ideias consideradas absurdas.
É assim
que acontece quando uma pessoa se percebe vítima de alienação parental. O que ‘saiu
da caverna’ tem noção exata da realidade, mas o filho que ficou ainda tem uma
visão distorcida. O ‘prisioneiro’ enxerga apenas o que lhe é permitido
enxergar. Acredita apenas nas informações trazidas pelo genitor guardião.
Quando tentamos mostrar o mundo real para o prisioneiro que está
dentro da caverna, ele tem dificuldade para entender e apanhar o real.
Descer para ‘busca-lo’ e retirá-lo da ignorância é uma
obrigação moral dos pais esclarecidos e para isso é necessário estudar,
aprender, querer saber e se esforçar muito para compreender o que o filho passa
nas mãos do alienador.
Só
será possível ao filho conhecer a realidade se o libertarmos das influencias do
alienador e essa não é tarefa simples.
Depois
de anos de escuridão é difícil olhar para luz do sol sem sentir um enorme
incomodo, então, não será fácil trazer a criança à luz.
Domingo é dia dos pais e a coisa mais comum que vemos nas
redes sociais são mães alienadoras dizendo que são Pais e Mães, ora, isso é impossível.
Pai é pai e Mãe é mãe. Cada um tem sua função no desenvolvimento e estruturação
do psiquismo da criança e na formação da personalidade do adulto.
Mas será que a criança (que está na escuridão, no fundo da
caverna) tem percepção disso ou acredita que a mãe é capaz de suprir a ausência
paterna?
Dificultar ou impedir o relacionamento entre pai e filho
desencadeia consequências negativas no desenvolvimento da criança e do
adolescente, bem como para evolução da sociedade.
O filho deveria ser a prioridade nas relações entre o pai e a
mãe, os quais deveriam dispensar de forma igualitária cuidados, educação,
carinho e segurança física e afetiva à criança, mas pós divórcio não é isso que
acontece. A criança parece estar em último lugar. A prioridade é o litigio.
Domingo é dia dos pais e alguma CONTROLADORA alienadora IRÁ
impedir o contato do pai com filho. Ela
se esquece que convivência não é um Dever do pai e SIM UM D-I-R-E-I-T-O DA
CRIANÇA E DO ADOLESCENTE.
Mas desde quando uma mãe alienadora que enche a boca dizendo
que faz papel de pai vai se importar
com isso?
Ela
não tem desejo algum que o filho saia do úmido e fétido fundo da caverna. Não
quer que o filho veja o sol. A perversa mãe alienadora sente prazer em manter o
filho prisioneiro acorrentado ao seu umbigo. Rouba a infância. Só permite que a
criança conheça o mundo através das sombras que ela projeta.
O pai visto no escuro, iluminado pela luz gerada pela
fogueira se torna distorcido, um MONSTRO, um inimigo.
Mamãe
carcereira é amada e DEFENDIDA DE FORMA IRRACIONAL.
Iremos comemorar o dia dos pais neste 9 de agosto?
Quem acha que sair do buraco é fácil?
Quem está no fundo da caverna acha que o lugar é protegido e
gostoso ou que é fundo demais e não tem forças pra sair.
O FILHO
PRISIONEIRO/dominado não se rebela. A voz da mãe é uma espécie de NARCÓTICO.
Petrificados pelo habito são convencidos que o universo é do tamanho do buraco
da caverna e
por conta própria já não querem sair dele.
Quem
já saiu do buraco morre de dó do prisioneiro mirim dentro do fétido buraco
escuro sem nada saber do lindo mundo que há aqui fora. Como podem viver ali dentro
sem nunca pensarem em sair?
A
resposta é simples: para se planejar sair é preciso acreditar que existe um ‘lá
fora’, mas o prisioneiro acredita piamente que os limites do ‘cordão umbilical’
que o une a mãe são os limites de seu universo!
Olá Liliane, excelente texto! Mais uma vez muito bem retratado o quadro da alienação no lar, onde as vítimas, nossos filhos, sofrem e são obrigadas a transparecer aquilo que a (o) ditador (a) permite. (Márcio e Regina)
ResponderExcluirEu que agradeço a leitura, obrigada.
ResponderExcluirMais um texto esclarecedor e lúcido.
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