quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Analogia da alienação parental com o Mito da Caverna

Analogia da alienação parental com o Mito da Caverna, escrito pelo filósofo Platão.

“O mito fala sobre prisioneiros (desde o nascimento) que vivem presos em correntes numa caverna e que passam todo tempo olhando para a parede do fundo que é iluminada pela luz gerada por uma fogueira. Nesta parede são projetadas sombras de estátuas representando pessoas, animais, plantas e objetos, mostrando cenas e situações do dia-a-dia. Os prisioneiros ficam dando nomes às imagens (sombras), analisando e julgando as situações.

Vamos imaginar que um dos prisioneiros fosse forçado a sair das correntes para poder explorar o interior da caverna e o mundo externo. Entraria em contato com a realidade e perceberia que passou a vida toda analisando e julgando apenas imagens projetadas por estátuas. Ao sair da caverna e entrar em contato com o mundo real ficaria encantado com os seres de verdade, com a natureza, com os animais e etc. Voltaria para a caverna para passar todo conhecimento adquirido fora da caverna para seus colegas ainda presos. Porém, seria ridicularizado ao contar tudo o que viu e sentiu, pois seus colegas só conseguem acreditar na realidade que enxergam na parede iluminada da caverna. Os prisioneiros vão chama-lo de louco, ameaçando-o de morte caso não pare de falar daquelas ideias consideradas absurdas.

É assim que acontece quando uma pessoa se percebe vítima de alienação parental. O que ‘saiu da caverna’ tem noção exata da realidade, mas o filho que ficou ainda tem uma visão distorcida. O ‘prisioneiro’ enxerga apenas o que lhe é permitido enxergar. Acredita apenas nas informações trazidas pelo genitor guardião.

Quando tentamos mostrar o mundo real para o prisioneiro que está dentro da caverna, ele tem dificuldade para entender e apanhar o real.

Descer para ‘busca-lo’ e retirá-lo da ignorância é uma obrigação moral dos pais esclarecidos e para isso é necessário estudar, aprender, querer saber e se esforçar muito para compreender o que o filho passa nas mãos do alienador.

Só será possível ao filho conhecer a realidade se o libertarmos das influencias do alienador e essa não é tarefa simples.

Depois de anos de escuridão é difícil olhar para luz do sol sem sentir um enorme incomodo, então, não será fácil trazer a criança à luz.

Domingo é dia dos pais e a coisa mais comum que vemos nas redes sociais são mães alienadoras dizendo que são Pais e Mães, ora, isso é impossível. Pai é pai e Mãe é mãe. Cada um tem sua função no desenvolvimento e estruturação do psiquismo da criança e na formação da personalidade do adulto.

Mas será que a criança (que está na escuridão, no fundo da caverna) tem percepção disso ou acredita que a mãe é capaz de suprir a ausência paterna?

Dificultar ou impedir o relacionamento entre pai e filho desencadeia consequências negativas no desenvolvimento da criança e do adolescente, bem como para evolução da sociedade.

O filho deveria ser a prioridade nas relações entre o pai e a mãe, os quais deveriam dispensar de forma igualitária cuidados, educação, carinho e segurança física e afetiva à criança, mas pós divórcio não é isso que acontece. A criança parece estar em último lugar. A prioridade é o litigio.

Domingo é dia dos pais e alguma CONTROLADORA alienadora IRÁ impedir o contato do pai com filho. Ela se esquece que convivência não é um Dever do pai e SIM UM D-I-R-E-I-T-O DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE.

Mas desde quando uma mãe alienadora que enche a boca dizendo que faz papel de pai vai se importar com isso?

Ela não tem desejo algum que o filho saia do úmido e fétido fundo da caverna. Não quer que o filho veja o sol. A perversa mãe alienadora sente prazer em manter o filho prisioneiro acorrentado ao seu umbigo. Rouba a infância. Só permite que a criança conheça o mundo através das sombras que ela projeta.
O pai visto no escuro, iluminado pela luz gerada pela fogueira se torna distorcido, um MONSTRO, um inimigo.

Mamãe carcereira é amada e DEFENDIDA DE FORMA IRRACIONAL.

Iremos comemorar o dia dos pais neste 9 de agosto?

Quem acha que sair do buraco é fácil?

Quem está no fundo da caverna acha que o lugar é protegido e gostoso ou que é fundo demais e não tem forças pra sair.

O FILHO PRISIONEIRO/dominado não se rebela. A voz da mãe é uma espécie de NARCÓTICO. Petrificados pelo habito são convencidos que o universo é do tamanho do buraco da caverna e por conta própria já não querem sair dele.

Quem já saiu do buraco morre de dó do prisioneiro mirim dentro do fétido buraco escuro sem nada saber do lindo mundo que há aqui fora. Como podem viver ali dentro sem nunca pensarem em sair?

A resposta é simples: para se planejar sair é preciso acreditar que existe um ‘lá fora’, mas o prisioneiro acredita piamente que os limites do ‘cordão umbilical’ que o une a mãe são os limites de seu universo!


3 comentários:

  1. Olá Liliane, excelente texto! Mais uma vez muito bem retratado o quadro da alienação no lar, onde as vítimas, nossos filhos, sofrem e são obrigadas a transparecer aquilo que a (o) ditador (a) permite. (Márcio e Regina)

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  2. Mais um texto esclarecedor e lúcido.

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