A alienação parental não
atinge apenas o genitor afastado, mas também sua família, principalmente a nova companheira que é abrigo de mágoas, ancoradouro
de conflitos de comportamentos, atitudes e sentimentos. É a nova esposa que segura a ansiedade e
depressão dos membros da família alienada. E é a ela que rendo minha
homenagem hoje.
A nova parceira enfrenta sentimentos de culpa, tristeza, e exaustão
ao ver seu companheiro se deteriorando gradualmente pela ausência dos filhos ou
pelos litígios na justiça. Um problema
comum entre as novas esposas consistem em se sacrificarem a serviço dos
cuidados da pessoa alienada. O ressentimento que aos poucos se
desenvolve por este auto sacrifício frequentemente é suprimido em vista dos
sentimentos de culpa que produz.
A terapia pode ajudar a
compreender essa mistura de sentimentos
associada com o fato de verem um ente querido declinar física, emocional e
financeiramente e pode oferecer entendimento e permissão para expressão de sentimentos.
O primeiro passo consiste em desenvolver uma aliança que pode ser
conseguida permitindo que os indivíduos falem sobre suas tensões. Em
momentos de estresse extremo os conflitos entre os membros tendem a intensificar-se. É importante redirecionar a atenção para confrontação
do estresse em vez de para a
culpabilização mútua ou discussões infrutíferas. Aberturas de canais de comunicação entre o casal pode ser extremamente
útil.
Muitos relutam em falar ao parceiro
que estes se parecem ou de fato são moribundos
emocionais. Notam que a depressão toma conta da vida do outro, mas por medo de
sobrecarregar o companheiro, nada dizem.
A discussão deve ser encorajada, tópicos devem ser levantados quando
todos estiverem presentes: o alienado, seus pais, irmãos, sobrinhos, novos
filhos, etc. Todos devem estar
empenhados em aprender o que é alienação parental, como os atos são praticados
e quais as consequências dessa prática na vida de todos envolvidos.
O grau de desconhecimento da família
sobre o assunto pode afetar o índice de recuperação, o retorno dos sintomas e o
ajuste pós-recuperação do alienado, por exemplo, se o pai alienado tem uma mãe
que não entende o tema alienação parental e fica do lado da ex nora acreditando
que ele está abandonando o filho afetivamente, ou se fica com raiva do neto
alienado, porque ele não vem visita-la, ela
piora o estado emocional do
filho, pois ele não se sente compreendido. Cada crítica infundada afundará
ainda mais o alienado para o poço de angustias, desespero, sentimentos de
impotência, vontade de morrer ou de matar.
Não é nada fácil para a
mulher recém chegada à vida de um alienado suportar a ex mulher alienadora com
seus jogos e distorções da realidade. Num primeiro momento ela fará os filhos e
parentela paterna a acreditar que o romance começou quando ainda estavam
casados e quase todos terão raiva da “destruidora” de lares. Algumas sogras vão
olhar torto para aquela “que é a culpada”
do afastamento de pai e filho. Não pensem que é fácil encarar a todos no almoço
de domingo. A nova esposa será odiada pelos cunhados, sogros, sobrinhos e
muitas vezes ela vai desejar sair da vida do marido para que seus problemas
acabem.
E é ai que ‘mora o perigo’. A
nova esposa começa a internalizar uma culpa que não é, nunca foi e nunca será
dela. A culpa é da personalidade
psicopata da alienadora que prefere ver o ex morto que feliz. “O que não
foi seu não será de mais ninguém”.
A alienadora vai se empenhar de todas as formas para
fazer a nova companheira se afastar. Somente
as resilientes permanecem. Na área da psicologia, a resiliência é a
capacidade de uma pessoa lidar com seus próprios problemas e dos outros, vencer
obstáculos e não ceder à pressão, seja qual for a situação.
É bem comum parentes dizerem:
- Nossa, a Fulana afastava todas as namoradas que
o Sicrano arrumava. Você é a única que ‘sobreviveu’.
É como se quem ficasse no
casamento mostrasse que: “aqui tem café
no bule!”. Só permanece com um
alienado uma mulher muito forte que saiba superar os ‘embaraços’, os
contratempos do dia a dia e resista à pressão, muita, muita pressão. Só quem é
capaz de lidar com problemas e situações adversas permanece.
As ex mulheres do alienado
são psicopatas com transtornos de personalidade paranoide “que caracterizam-se
por suspeitas constantes e desconfianças
quanto as pessoas em geral. Recusam qualquer responsabilidade por seus próprios
sentimentos e atribuem a
responsabilidade a outros. Frequentemente são hostis, irritáveis e
coléricas. ‘As colecionadoras de
injustiças’, o conjugue com ciúme patológico e os indivíduos litigiosos tem
transtorno de personalidade paranoide”.
Esses indivíduos raramente
buscam ou aceitam ajuda ou tratamento. Parece que se manterem “malucas” é o
maior prazer pra infernizar a vida do ex conjugue. Evitam a todo custo ficarem
saudáveis emocionalmente.
O conteúdo de seus pensamentos
mostram sempre evidências de projeção: tudo
é culpa do outro, no caso, a culpa agora é sua: nova esposa!
Interpretam ações alheias como deliberadamente humilhantes
ou ameaçadoras. Tudo que a nova esposa disser será visto para ela como uma
ameaça ou uma humilhação. Se o seu carro for melhor que o dela e você for
buscar a criança, foi “só para humilha-la”!
Sempre os indivíduos com esse
transtorno acreditam que estão sendo explorados
ou prejudicados pelos outros de alguma forma.
Frequentemente questionam,
sem justificativas a lealdade e confiabilidade de amigos, colegas, familiares,
companheiros.
Externalizam suas próprias
emoções e usam como defesa a projeção – isto
é, atribuem a outros impulsos e pensamentos que são incapazes de aceitar em si
mesmos.
Falsas ilusões/acusações são defendidas de forma
lógica com argumentos firmes como se fossem reais.
Os pacientes com esse
transtorno orgulham-se de serem racionais e objetivos, mas são justamente o contrário.
Não se preocupam com
sofrimento de ninguém, mas se interessam
por poder e hierarquia,
expressando desdém por aqueles vistos como fracos, doentios ou pobres.
Em situações sociais os
indivíduos com transtorno de personalidade paranoide podem parecer práticos e eficientes, mas frequentemente geram medo ou
conflito em outros indivíduos.
Muitas vezes são ameaçadores
e se faz necessário controla-los ou limitá-los chamando a Polícia.
Curso e prognóstico. Não há
estudos adequados e sistemáticos realizados a longo prazo acerca da
personalidade do alienador, em alguns
indivíduos a condição perdura por toda vida, por isso, ovaciono, saúdo,
aplaudo em pé quem não desiste de amar e ser solidário e ajudar o companheiro
alienado.
Energia para todas. Muita
luta vem pela frente. Muitas Falsas acusações, muitas inverdades estão à caminho,
mas mulheres resilientes não se rendem ao estresse. “Bora” ajudar os maridos
alienados a administrarem o problema. Muito equilíbrio emocional na gestão do
casamento e saúde emocional pra todos!
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