quarta-feira, 21 de outubro de 2015

As resilientes novas esposas do pai alienado.


A alienação parental não atinge apenas o genitor afastado, mas também sua família, principalmente a nova companheira que é abrigo de mágoas, ancoradouro de conflitos de comportamentos, atitudes e sentimentos. É a nova esposa que segura a ansiedade e depressão dos membros da família alienada. E é a ela que rendo minha homenagem hoje.

A nova parceira enfrenta sentimentos de culpa, tristeza, e exaustão ao ver seu companheiro se deteriorando gradualmente pela ausência dos filhos ou pelos litígios na justiça. Um problema comum entre as novas esposas consistem em se sacrificarem a serviço dos cuidados da pessoa alienada. O ressentimento que aos poucos se desenvolve por este auto sacrifício frequentemente é suprimido em vista dos sentimentos de culpa que produz.

A terapia pode ajudar a compreender essa mistura de sentimentos associada com o fato de verem um ente querido declinar física, emocional e financeiramente e pode oferecer entendimento e permissão para expressão de sentimentos.

O primeiro passo consiste em desenvolver uma aliança que pode ser conseguida permitindo que os indivíduos falem sobre suas tensões. Em momentos de estresse extremo os conflitos entre os membros tendem a intensificar-se. É importante redirecionar a atenção para confrontação do estresse em vez de para a culpabilização mútua ou discussões infrutíferas. Aberturas de canais de comunicação entre o casal pode ser extremamente útil.

Muitos relutam em falar ao parceiro que estes se parecem ou de fato são moribundos emocionais. Notam que a depressão toma conta da vida do outro, mas por medo de sobrecarregar o companheiro, nada dizem.  A discussão deve ser encorajada, tópicos devem ser levantados quando todos estiverem presentes: o alienado, seus pais, irmãos, sobrinhos, novos filhos, etc. Todos devem estar empenhados em aprender o que é alienação parental, como os atos são praticados e quais as consequências dessa prática na vida de todos envolvidos.

O grau de desconhecimento da família sobre o assunto pode afetar o índice de recuperação, o retorno dos sintomas e o ajuste pós-recuperação do alienado, por exemplo, se o pai alienado tem uma mãe que não entende o tema alienação parental e fica do lado da ex nora acreditando que ele está abandonando o filho afetivamente, ou se fica com raiva do neto alienado, porque ele não vem visita-la, ela piora o estado emocional do filho, pois ele não se sente compreendido. Cada crítica infundada afundará ainda mais o alienado para o poço de angustias, desespero, sentimentos de impotência, vontade de morrer ou de matar.

Não é nada fácil para a mulher recém chegada à vida de um alienado suportar a ex mulher alienadora com seus jogos e distorções da realidade. Num primeiro momento ela fará os filhos e parentela paterna a acreditar que o romance começou quando ainda estavam casados e quase todos terão raiva da “destruidora” de lares. Algumas sogras vão olhar torto para aquela “que é a culpada” do afastamento de pai e filho. Não pensem que é fácil encarar a todos no almoço de domingo. A nova esposa será odiada pelos cunhados, sogros, sobrinhos e muitas vezes ela vai desejar sair da vida do marido para que seus problemas acabem.

E é ai que ‘mora o perigo’. A nova esposa começa a internalizar uma culpa que não é, nunca foi e nunca será dela. A culpa é da personalidade psicopata da alienadora que prefere ver o ex morto que feliz. “O que não foi seu não será de mais ninguém”.
A alienadora vai se empenhar de todas as formas para fazer a nova companheira se afastar. Somente as resilientes permanecem. Na área da psicologia, a resiliência é a capacidade de uma pessoa lidar com seus próprios problemas e dos outros, vencer obstáculos e não ceder à pressão, seja qual for a situação.

É bem comum parentes dizerem:

- Nossa, a Fulana afastava todas as namoradas que o Sicrano arrumava. Você é a única que ‘sobreviveu’.

É como se quem ficasse no casamento mostrasse que: “aqui tem café no bule!”. Só permanece com um alienado uma mulher muito forte que saiba superar os ‘embaraços’, os contratempos do dia a dia e resista à pressão, muita, muita pressão. Só quem é capaz de lidar com problemas e situações adversas permanece.

As ex mulheres do alienado são psicopatas com transtornos de personalidade paranoide “que caracterizam-se por suspeitas constantes e desconfianças quanto as pessoas em geral. Recusam qualquer responsabilidade por seus próprios sentimentos e atribuem a responsabilidade a outros. Frequentemente são hostis, irritáveis e coléricas. ‘As colecionadoras de injustiças’, o conjugue com ciúme patológico e os indivíduos litigiosos tem transtorno de personalidade paranoide.

Esses indivíduos raramente buscam ou aceitam ajuda ou tratamento. Parece que se manterem “malucas” é o maior prazer pra infernizar a vida do ex conjugue. Evitam a todo custo ficarem saudáveis emocionalmente.

O conteúdo de seus pensamentos mostram sempre evidências de projeção: tudo é culpa do outro, no caso, a culpa agora é sua: nova esposa!

Interpretam ações alheias como deliberadamente humilhantes ou ameaçadoras. Tudo que a nova esposa disser será visto para ela como uma ameaça ou uma humilhação. Se o seu carro for melhor que o dela e você for buscar a criança, foi “só para humilha-la”!

Sempre os indivíduos com esse transtorno acreditam que estão sendo explorados ou prejudicados pelos outros de alguma forma.

Frequentemente questionam, sem justificativas a lealdade e confiabilidade de amigos, colegas, familiares, companheiros.

Externalizam suas próprias emoções e usam como defesa a projeção – isto é, atribuem a outros impulsos e pensamentos que são incapazes de aceitar em si mesmos.
Falsas ilusões/acusações são defendidas de forma lógica com argumentos firmes como se fossem reais.

Os pacientes com esse transtorno orgulham-se de serem racionais e objetivos, mas são justamente o contrário.

Não se preocupam com sofrimento de ninguém, mas se interessam por poder e hierarquia, expressando desdém por aqueles vistos como fracos, doentios ou pobres.
Em situações sociais os indivíduos com transtorno de personalidade paranoide podem parecer práticos e eficientes, mas frequentemente geram medo ou conflito em outros indivíduos.

Muitas vezes são ameaçadores e se faz necessário controla-los ou limitá-los chamando a Polícia.

Curso e prognóstico. Não há estudos adequados e sistemáticos realizados a longo prazo acerca da personalidade do alienador, em alguns indivíduos a condição perdura por toda vida, por isso, ovaciono, saúdo, aplaudo em pé quem não desiste de amar e ser solidário e ajudar o companheiro alienado.

Energia para todas. Muita luta vem pela frente. Muitas Falsas acusações, muitas inverdades estão à caminho, mas mulheres resilientes não se rendem ao estresse. “Bora” ajudar os maridos alienados a administrarem o problema. Muito equilíbrio emocional na gestão do casamento e saúde emocional pra todos!



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