À
mãe, atribui-se, geralmente, a ideia mítica de ideal de amor e afeição e à
madrasta, o oposto: são cruéis, malvadas, hostis, frias.
A
mãe seria responsável pelo bem estar psicológico e emocional do filho e a
madrasta a vilã diabólica que chegou com o intuito de destruir o vínculo
pai-filho.
Frequentemente
associadas com bruxas por causa de historinhas como Branca de Neve e Cinderela,
as madrastas da vida real não têm vida fácil, principalmente se ela é vítima de
uma alienadora parental.
Brigas
insignificantes e comuns entre pais e filhos passam agora a ser de
responsabilidade da madrasta. Ela será a culpada por tudo à partir do novo
casamento do pai. A mãe alienadora irá incutir no imaginário da criança que a
madrasta recém chegada a esse antigo triangulo formado pelo pai, mãe e filho, será
sinônimo de problema.
Mesmo que o casal esteja separado há anos a mãe dará
um jeito de fazer o filho acreditar que essa “víbora maléfica” veio para pôr
fim a qualquer esperança de que seus pais reatem. Muito provavelmente leve a
culpa por uma briga que nunca a pertenceu. Ela passa a ser a responsável pelo
divórcio anterior. Não importa se pai e madrasta nem se conheciam na época da
separação do casal. A alienadora fará parecer que “papai se separou de NÓS por
causa dela”.
Qualquer problema novo ou antigo será associado à
chegada da madrasta.
A mãe vai inserir na figura da madrasta todos seus
ressentimentos e mágoas pelo casamento desfeito e fará os mais sórdidos
discursos para amedrontar e aterrorizar a criança.
A nova esposa do pai pode a qualquer momento envenenar
uma maça e transformar-se numa velha bruxa basta a alienadora vender seu
teatral discurso para o filho:
- Cuidado, quando seu pai não estiver por perto essa mulher
vai gritar com você, vai te bater, te deixar amarrado.
- Seu pai não é mais o mesmo com você depois que se
casou com ela.
- Se o seu pai gostasse mesmo de você, faria ela dar
embora o gato, porque, ele sabe muito bem que você é alérgico.
- Essa mulher manda no seu pai. Até o que vocês vão
comer é ela quem decide.
- Falando em comer essa folgada vive te dando lanches
com preguiça de fazer comida.
- Veja bem, você podia fazer tudo livremente na casa
do papai e agora tem as regras dessa mulher. Nem brincar direito mais você
pode.
- Essa mulher é doente da cabeça. Você não precisa
mais ir para casa deles. Eu vou te dar todo amor. Serei seu pai e sua mãe.
Vamos deixar seu pai colher o que plantou, afinal, ele te rejeitou desde a
barriga.
- Com o incentivo daquela gorda nojenta seu pai foi
fazer denúncias sobre nós no Conselho Tutelar.
- Antes dela chegar na vida do seu pai eu podia ir lá.
Agora não posso mais entrar na casa dele e nem falar as verdades que ele
precisa ouvir, como por exemplo, que ele paga uma miséria de pensão pra você,
mas vive viajando com ela pra cima e pra baixo.
- Eu tenho medo até que essa mulher abuse sexualmente
de você só pra me atingir. Ela é uma baita sem vergonha. Ela quer prejudicar a
gente.
- Se o seu pai gostasse de você viria te ver aqui em
casa, mas ele prefere ficar com a esposinha do que vir ver o filho. Depois vem
falar que eu cometo alienação parental.
- Ainda bem que agora você já descobriu que ela te faz
mal e não quer mais ir para casa daquela diaba.
- Tenho fé que seu pai vai se arrepender um dia por
ter ficado do lado da mulher e ter te abandonado.
- A mamãe nunca vai te abandonar. Você não precisa ‘engolir’
a queridinha do papai.
Se notarmos na prática a madrasta não incomoda a
criança e sim incomoda a mãe alienadora que tem por objetivo tornar a vida do
novo casal num inferno. Para que isso aconteça ela necessita ter a criança como
cumplice, pois se o infante se afeiçoar à nova esposa do pai a alienadora se
sentirá ameaçada com medo de perder o amor do filho. Por isso ela modifica a
percepção da realidade transformando a nova mulher do pai num verdadeiro mostro
humano. No fim das contas ela faz isso por insegurança, por falta de autoestima,
pois, cada um tem seu lugar seguro na vida do outro. Os papeis são definidos e ‘tem
criança pra todo mundo’: para o pai, para a mãe e também para a madrasta que se
afeiçoa à criança que começa a fazer parte do seu cotidiano.
Na alienação parental a mãe tenta envenenar a
madrasta, mas quem morre envenenado é o filho que tem sua infância roubada,
pois, troca brincadeiras próprias para sua idade para passar horas em Fóruns
e Delegacias fazendo falsas denúncias contra o pai
Todas as proibições de visitas à nova casa paterna,
toda sorte de ameaças à criança que tenta contato com pai, toda perversidade
que cometem violando o direito do filho conviver com pai, tornam essas abomináveis
mães em mães-drastas como as bruxas dos contos de Fada.
A figura da madrasta como pintam as histórias é um
mito social. Madrasta má, pouco carinhosa, insensível é papo de mãe-drasta que
odeia o filho e quer destruir o psicológico dele matando o pai em vida.
Mãe-drasta prefere filho órfão que permitir que outra mulher cuide, proteja e
oriente a criança em sua ausência.
A Mãe-drasta não suporta a convivência saudável do ex
marido com a nova esposa e quando vê que essa nova mulher é parceira que está
disposta a apoiar e auxiliar o pai na educação e desenvolvimento da criança ela
surta!
Pensar que madrasta não ama é um tremendo preconceito
instalado pelos contos infantis e o melhor instrumento contra o preconceito é o
esclarecimento.
Crianças que convivem com pai e mãe e se os genitores
se casaram, com: pai, mãe, madrasta e padrasto, se tornam mais bem adaptadas
nos aspectos de saúde física e mental, relações familiares, adaptação
comportamental, social e emocional, além de melhores resultados acadêmicos.
Segundo estatísticas do Departamento de Saúde e
Serviços Humanos dos Estados Unidos, as crianças que crescem com déficit de
convivência paterna são significativamente mais afetadas pelos seguintes
riscos:
São cinco vezes mais propensas a cometer suicídio, têm
nove vezes mais chances de passar por instituições de reeducação, nove vezes
mais chances de abandono escolar, são dez vezes mais propensos a toxicodependência,
catorze vezes mais propensos a cometer crimes sexuais, vinte vezes mais
propensos a sofrer distúrbios comportamentais, vinte vezes mais chances de
condenações à reclusão penitenciária e trinta e duas vezes mais propensos à
saída prematura de casa.
Mãe, não seja a erva daninha da sociedade. Acorde! Seu
filho está sendo o principal agredido pela guarda singular.
Texto esclarecedor dra. Liliane. Melhoraremos como ser humanos quando a força do bom senso equiparar-se à do instinto, para o bem da criançada....
ResponderExcluirNão sei que pensa a justiça e Conselho Tutelar que nem se manifesta e muito menos toca neste assunto que é de seus interesses ??!!
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