segunda-feira, 30 de março de 2015

Não perca momentos imperdíveis.


É indiscutível que quem sai de casa no final do relacionamento sai tremendamente prejudicado financeira e emocionalmente.
Ele deixa pra trás não só o imóvel, os móveis, o carro, os eletrodomésticos e eletrônicos. Ele deixa o lar, local onde um dia viveu harmoniosamente e onde outrora se sentia bem. Ele deixa também um pedaço do corpo e da alma: os filhos.
Embora tenha esperado talvez anos por essa tão sonhada ‘liberdade’, vê-se nesse momento como um prisioneiro que acabou de obter o alvará.
O que fazer? Para onde ir? Como recomeçar?
A sociedade não reconhece o separado como enlutado, pois a separação é tida como o rompimento de um pacto social e religioso: até que a morte nos separe. Sendo assim, não conte com parentes, patrões e amigos para entenderem sua dor. Não respeitarão seu sofrimento. Não darão tempo para você refletir e elaborar o luto pela convivência perdida com os filhos, muito pelo contrário, vão tornar seu rompimento ainda mais doloroso e você será penalizado por cobranças sociais. Todos no seu entorno parecem compactuar para manter acessa a dor pela falência do matrimônio.
Como quebrar os laços sem pena, sem sentir-se culpado? Como deixar tudo sem olhar para trás com tristeza e amargura?
Contudo, sabemos que não podemos demorar por mais tempo – a vida nos chama e devemos partir.
De bom grado levaríamos tudo o que aqui esta. Mas como fazê-lo?
Dos bens móveis e imóveis podemos abrir mão. O capitalismo que nos rege dará oportunidade de comprar outros, mesmo que em parcelas a perder de vista, mas e os filhos?
Como não consentir que a separação matrimonial nos separe e que anos que passamos juntos não se tornem apenas uma lembrança?
Como não perder todo o processo do desenvolvimento infantil? Como não perder o convívio diário embora morando em casas separadas? Como explicar aos pequenos que a família não acabou, ela apenas se transformou com a mudança do papai para outra casa? Como fazê-los entender que a única coisa que mudou é a constituição da família como era, pai, mãe e filhos reunidos e que agora terá que se reunir em duplas: pai-filho e depois mãe-filho, mas que o amor não muda em nada por isso?
Como fazê-los entender que as atribuições e o compromisso de pais e filhos permanecem?
Eliana Ribeti Nazareth, diz: “ As responsabilidades de todos pela qualidade da relação afetiva, mesmo que proporcional às idades, funções e hierarquia dos membros, permanece”, e ‘É  atribuição de pais e filhos, ZELAR pela permanência das relações de afeto.”
Notem que não é só do pai, mas do filho também, o dever de zelar pelo vínculo amoroso afetivo, por isso, sempre que possível deixe-o ciente de que seu amor nada mudou. O que mudou foi apenas seu domicilio.
Por causa da alienação parental tenho vistos vários recordes que ninguém quer quebrar. Pais me procuram desesperados, porque não vêm seus filhos há 8 dias, outros, há 29, 37, 74, 147, 202, 291.......3.655 dias.
Não importa o período sem convivência. É direito da criança e adolescente conviver com ambos os genitores, mas na prática o comum é ver que o detentor da guarda (geralmente a mãe) não respeita esse direito e ressentido pela separação conjugal insista em estendê-la aos filhos e de tanto lhes embutirem essa ideia, os filhos se divorciam do pai por livre e espontânea pressão da mãe.
A Lei da Guarda compartilhada esta ai para minimizar os efeitos dessa prática, mas muitos juízes não a estão cumprindo. Por esse motivo estamos realizando no dia 29 de abril das 12 às 14 horas o 2º Ato em prol da aplicação da Guarda compartilhada.
Se você não quer perder momentos imperdíveis do desenvolvimento físico e emocional do seu filho, compareça.
Você não esta sozinho. Somos 20 milhões de pais que perdemos diariamente a evolução dos nossos pequenos seres ‘recém-chegados’ ao mundo por causa da proibição de convivência. Pai NÃO é visita. Não é só na certidão de nascimento que você deve estar presente. Não perca momentos imperdíveis!
Diga NÃO à alienação parental e veja o seu bebê levando à boca os primeiros objetos, acompanhe o nascimento e o crescer do primeiro dentinho, o sentar, o engatinhar, os primeiros passos. Não se permita perder as primeiras palavras, e que estas sejam: “mama” e “papa”, “nenê”, “vovó” e “vovô”.
Não perca as primeiras frases espontâneas, as curiosidades, o monte de por quês, as brincadeiras de esconde-esconde.
É um DIREITO seu ver sua filhinha vestida de Branca de Neve ou Pocahontas nas festinhas da escola....aos pais de meninos, as fantasias de Batman, Homem Aranha ou Super Homem. Permita-se entrar no maravilhoso mundo imaginário da criança.
Não perca momentos imperdíveis como levar pela primeira vez o pequeno para dormir na casa de um amiguinho............Não perca os Natais, as festas de Ano Novo, a Primeira comunhão...
Não seja um estrangeiro para teu filho. Não perca os primeiros fiozinhos de bigode, a primeira namorada, as baladinhas, o engrossar do tom da voz. Papais de meninas conheçam o primeiro amor das suas menininhas e curtam esse ‘ciúminho’ gostoso. Participem das competições de natação, apresentações de ballet....
Não condenem seus filhos a sofrerem a ausência de tua face por conta de uma perversa alienadora. Peça Guarda Compartilhada já, mesmo que se sinta nadando contra a corrente. Nade, mesmo que for para ‘morrer na praia’. Pelo menos seu filho quando crescer terá orgulho de ter um pai que morreu por uma causa e isso não é derrota, é sinal de conquista, sinal de quem não teme a luta contra a alienação parental.


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