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Em poucos anos as mulheres conquistaram o direito à educação,
ao voto, a participarem de jogos olímpicos, a tirarem carteira de habilitação,
a ocuparem o mercado de trabalho, a controlarem a natalidade, a se elegerem a
cargos políticos. Ocuparam a presidência da Academia Brasileira de Letras,
ocuparam a Presidência da Republica!
Na ânsia pelo desenvolvimento pessoal e social diminui-se
drasticamente o apego às tradições. Os papéis antes bem definidos: mulher – do lar,
responsável pela nutrição e cuidados com a casa, filhos e marido. Do pai:
esperava-se única e exclusivamente que fosse o provedor das necessidades básicas
do grupo familiar e que os protegesse.
Porem, a família nos moldes que conhecemos hoje horizontalizou-se.
A autoridade paterna, antes una e inquestionável, perdeu o vigor e as
diferenças entre funções maternas e paternas já não estão mais claras como no século
passado e ambos, pai e mãe exercem as duas funções: trabalham fora, cuidam da casa
e das crianças conjuntamente e a transmissão de valores éticos, morais, de
educação, comportamentos, de modelos dá-se pelo contato emocional entre todos
os membros.
“Essa nova configuração familiar, calcada no núcleo pai-mãe-filhos
favorece e estimula contatos emocionais mais diretos e profundos entre todos os
membros da família”. (Eliana Riberti Nazareth)
Mas o que acontece no imaginário quando o casamento acaba? Somente
no século XVIII vemos o matrimônio difundindo a ideia do amor romântico. Antes
disso os casamentos eram arranjados pelas famílias a fim de assegurar a
transmissão de bens e nomes. Portanto, hoje, o casamento é um projeto de vida e
seu término, considerado como falência.
No aspecto social ninguém quer assumir o ônus da insolvência
da união e sofrer os questionamentos pelo descumprimento do pacto social
estabelecido na união. As feministas que
me perdoem, mas a ideia de busca de felicidade através do casamento é muito
mais feminina que masculina. A “plenitude” alcançada pós enlace matrimonial na
maioria das vezes esta calcada em estereótipos e no que cada parceiro idealiza
sobre o outro. “Ambos mascaram suas expectativas reais e deixam a cargo da convivência
modifica-los de acordo com o modelo idealizado”. (idem)
Mas, o cotidiano não muda nada e o sapo continua sendo um
sapo e a separação se torna inevitável.
“Fracassadas”, magoadas, deprimidas, ressentidas por não
terem conseguido satisfazer suas próprias idealizações, a mulheres, castigam e
penalizam os homens por não terem atendido as expectativas de felicidade que esperavam.
O ex-companheiro pagará um preço muito caro pela frustração
da ex-esposa. Ela vai CONFUNDIR o fim da conjugalidade (relacionamento marido e
mulher) com parentalidade (pai e mãe) e sua punição virá na forma de perca
total de sua tutelaridade (seu Direito de
ser pai, de tomar decisões compartilhadas no que diz respeito a vida da
criança, seu direito a conviver, educar, opinar...).
Em outras palavras, mesmo diante do quadro irreversível do
divórcio, mesmo que o ex-marido tenha uma nova esposa, a ex vai insistir em
misturar conjugalidade com parentalidade e lhe retirará totalmente o Direito de
ser pai, em contrapartida lhe dará um Dever, o de pagar a pensão e não seja ingênuo
em pensar que um compensa o outro: seu direito inexiste e de forma alguma pagar
a pensão em dia lhe proporcionará a convivência com seu filho. Você será a
partir do divórcio, um mal necessário para pagar a pensão.
Para enfraquecer sua tutelaridade ela irá usar toda sorte de
má fé e mentiras, vai ensinar seu pequeno a mentir, vai desrespeitá-lo e a
criança irá aprender esse comportamento também. Transmitimos às crianças nossos
conceitos de respeito humano e social. Uma criança que vê a mãe usando a
Justiça como arma de ataque ao pai, em outras, desrespeitando-a aprendem que
pautas morais são letras mortas. A mesma
mãe que antes ensina, agora instrui os filhos a fazer; o respeito até ontem
exigido deve ser modificado para hostilidade incentivada.
Infelizmente muitas mulheres acham que sua dor apenas será
aliviada se o ex companheiro for severamente castigado e penalizado e se ligam
à ele por um litigio eterno envolvendo o filho. Isso de forma alguma quer dizer
que ela ainda ama o ex marido. Ela tem apenas um intuito: que ele seja infeliz.
Se não proporcionou a felicidade que ela esperava, que também nunca a alcance.
Que se torne um bêbado maltrapilho, que a sarjeta seja sua casa!
Por esse motivo seu ódio se potencializa quando ele se casa
novamente. A mulher não suporta, simplesmente não aguenta ver que o ex marido é
feliz (muito mais feliz) sem a presença dela. A partir desse momento ela não
mede mais nada: seu filho, sua arma.
Em “nome do amor” (prefiro usar: em nome do ódio) agregam os
pequenos para ‘suas verdades’ e os colocam no centro da disputa e com isso se
tornam as vitimas do conflito que deveria ser dos seus pais. “Ficam sitiados
pela vontade deles e não podem exercer seu direito de amar os dois, de querer
estar com os dois. São induzidos a excluir um de seu referencial de afeto e a
considerar ora um ora outro como seus ‘inimigos’. (Ana Célia Roland
Guedes-Pinto)
No centro da batalha os filhos perdem a voz. A mãe passa a
falar em nome deles sem saber o que realmente eles querem dizer, ou como se
sentem na situação.
A guardiã ROUBA da criança sua infância e adolescência. São
privados do direto de serem crianças e adolescentes com preocupações
pertinentes as suas faixas etárias e são introduzidos no mundo mesquinho e egoísta
dos adultos e passam a conhecer as palavras: processos, juiz, advogados, ações,
varas de famílias, delegacias, falsas denuncias, litigio....
Não se deveria ter na Justiça Processos discutindo a guarda
(salvo raras exceções), pois, estes no fundo estão discutindo conjugalidade, já
que, expressam claramente as insatisfações, inconformismos, mágoas e raivas que
se têm dos papéis desempenhados pelo homem e pela mulher, e não de problemas
decorrentes da parentalidade (filho e pai).
Alguém já viu uma ação movida apenas porque o pai não sabe
trocar fraldas ou fazer mamadeira? Não, porque essas habilidades o pai já tinha
quando casado. O problema todo é que no litigio desfocam o problema central,
radicalizam até as questões ficarem insuportáveis e a situação insustentável. O
filho vira uma competição: vamos ver quem ganha o ‘troféu’ garoto.
Ok, pelo contexto histórico-social a mamãe quase sempre
ganha, mas o que ela faz com o prêmio?
“A educação na família é um processo contínuo em que os
filhos aprendem a desempenhar os papéis (tanto de homem e mulher como de pai e
mãe) pela convivência e pelo exemplo. As pautas morais de uma sociedade são
transmitidas, especialmente pela coerência entre o vivido e o ensinado, ou
seja, pela coerência do exemplo” (idem)
A sentença judicial vai resolver o ‘conflito’ legal, mas
resolverá o conflito interno de seu filho?
Que tipo de pai seu filho vai ser? Note que estudos científicos
provam que somos a soma do que aprendemos, portanto, que pai seu filho esta
conhecendo? Quem ele tomará como exemplo? Cuidado mãe. Seu ex marido esta com a
personalidade formada, e, quem cairá na sua imunda e desleal armadilha será seu
próprio filho, pois, ele tomará esse ‘monstro’ que você criou como exemplo de
homem e será idêntico ao pai que você odeia, pois, em alguma figura paterna ele
terá que se pautar.
É nesse homem imaginário inventado pela sua criativa
fantasia que você quer que seu filho se torne?
Pare de usar seu filho como bode expiatório. A criança é
inocente. Não foi a causadora e muito menos idealizadora da separação. Não pode
ser responsabilizadas por ‘culpas alheias’, muito menos por carregar nas costas
a culpa de um infortúnio.
Matar o pai em vida
custará muito caro no futuro para o emocional do seu filho.
Basta de Alienação Parental. Guarda compartilhada, já!
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