sexta-feira, 27 de março de 2015

A mão que balança o berço.


“É incrível o cerco imaginário e as sombras em que as pessoas vivem. Ser criado num calabouço imaginário deve ser compatível como viver numa era medieval”.  Era medieval mental, no caso onde o conhecimento é motivo de denúncia, e não de diagnóstico, análise e mudança de atitude. Talvez nossa sorte seja justamente haver delegacias em nosso tempo. Caso contrário, talvez fossemos delatados para o líder do clero e nossa pena fosse ser levado à guilhotina”.
Ao ler essa frase de solidariedade enviada pelo colega Guilherme Leoni a mim no dia que tive texto denunciado ao Facebook por alguma alienadora incomodada com os esclarecimentos que faço sobre o crime de alienação parental, não pude deixar de comparar os dois períodos históricos: época medieval e mundo contemporâneo.
A primeira equivalência fazemos com A Peste Negra que se espalhou pela Europa, somente no período de 1348 a 1350, matou cerca  de 20 milhões de pessoas, mesmo número que temos atualmente de filhos de pais separados no Brasil.
A falta de higiene, de água tratada e de um sistema de esgoto, provocou surtos de epidemias que mataram milhares de pessoas. Nos alienadores a falta de higiene mental, de comportamentos saudáveis e de acompanhamento psicológico pós-divórcio, provoca surtos que matam simbolicamente de morte inventada milhares de pais.
Na sociedade medieval o que mais se via era intolerância religiosa, proibição aos cultos de deuses que não o cristão. Tal qual faz o alienador. Ele se acha o deus senhor onipotente, onipresente e onisciente. A criança só pode adorá-lo. Se gostar do outro genitor, o alienador será muito intolerante e uma série de proibições irá se instalar. Naquela época também era comum a inversão de situações declarando mártires os condenados pela justiça romana. Meus caros, o que de melhor sabe fazer um alienador, além de INVERTER as situações e se DECLARAR mártir? A eles nenhum prazer se iguala ao de serem RECONHECIDOS COMO VÍTIMAS por toda a sociedade.
 A quem não acreditava na pessoa mítica de Cristo eram lançadas lutas enfurecidas entre grupos, ódios terríveis, conflitos ideológicos, excomunhões e condenações, perseguições aos dissidentes, disputas, destruição de templos, santuários, bibliotecas, tomada de bens dos fugitivos. Alguém pode deixar de ver a semelhança com alienadores?
A analogia desse período com o que passamos quando somos vitimas da alienação parental é perfeita. Enganou-se quem pensou que o divórcio seria a saída para uma relação infeliz. Outro engano foi pensar que a separação não teria repercussões turbulentas.
É comum casais desfazerem os laços para se libertarem de anos e anos de insatisfação e sofrimento. Imaginam-se ao lado da sensação de alivio decorrente de algo penoso que se acaba, mas não contavam com o desequilíbrio, a solidão, o vazio e a raiva do ex conjugue que não foi ‘capaz’ de manter o casamento. De tanto ouvir histórias comecei a crer que os “errados” da situação, os ‘culpados’ pelo final do enlace matrimonial são os que mais alienam os filhos, justamente por não se perdoarem pela incapacidade de manter o relacionamento, geralmente abalado por um caso extraconjugal. A raiva que têm de si é projetada no parceiro que o deixou como se este é quem fosse o culpado pelo adultério do parceiro.
Outra afinidade dos dois períodos é que sem pré-aviso a ex-mulher vai impor seu domínio e como na época da Santa Inquisição você será condenado à morte se ousar discordar de toda e qualquer coisa que ela chamar de ‘verdade’. Essa será sem dúvida, a época mais terrível da sua história. 
A convivência com seu filho será chamada agora de visitas e será mantida pela coerção. Seus bens serão confiscados e em caso de alguma discordância você será ‘executado na fogueira em praça publica’. Ceder aos caprichos da alienadora ou ser decapitado? A escolha é sua. Não adianta pedir clemência. A aterrorizante carnificina será contra toda sua família, amigos e nova companheira: ninguém escapará vivo da impiedosa mão alienadora que balança o berço – todos serão exterminados da vida de seu filho.
Para concluir, pergunto ao leitor: Diante do hediondo crime de alienação parental, de tanto ódio, de tanto exclusivismo, de tantas proibições, raivas, ciúmes, implantação de falsas memórias, comunicação de falsos crimes, divisões entre famílias, descumprimento total e absoluto da Declaração dos Direitos da criança e do adolescente, é possível acreditar que a criança alienada profundamente e dominada pela mãe conseguirá desenvolver autocritica em algum momento de sua vida? Conseguirá ressuscitar o pai morto-vivo? E você pai morto, vai esperar quanto tempo pra isso acontecer?
Quanto tempo vai resistir à pressão de situações adversas? Vai conseguir lidar com o estresse diário dos telefonemas não atendidos e das mensagens não retornadas? Até quando vai superar obstáculos e saber lidar com os problemas causados pela alienação sem entrar em surto psicológico?
Eu digo: quanto menos você fizer pra sair dessa situação, mais fácil será ‘desistir’ de reconquistar seu filho.
Tome uma decisão e tenha vontade de vencer: Peça a Guarda compartilhada. Ela dará condições de inibir a síndrome da alienação parental.
Compareça ao Ato Nacional em prol da aplicação da Guarda Compartilhada dia 29 de abril das 12 às 14 horas em frente aos principais Fóruns do País.
Vinte milhões de pais esperam por você. Venha aumentar a nossa voz!


Um comentário:

  1. A impiedosa mão alienadora que balança o berço...
    Parabéns Liliane Santi, excelente texto...

    ResponderExcluir