Laços patológicos com o genitor alienador e os estágios da síndrome
de alienação parental.
É bastante comum aparecer sinais de alienação parental ainda
dentro do casamento. Cada vez que a mãe desqualifica, critica, fala mal,
ofende, desmoraliza o pai diante das crianças ela esta cometendo alienação
parental. A separação reduz as oportunidades do genitor alienador atingir o outro
genitor e programar os filhos para que sejam desrespeitosos, desobedientes ou
turbulentos durante as visitas, é um meio eficaz de descarregar o ódio que
nutrem pelos ex companheiros.
A cólera aumenta ainda mais ao constatar que o outro está
numa nova relação amorosa (mesmo que ele também esteja) e privá-lo de seus
filhos parece ser uma ótima vingança. Não se importam de forma alguma que o
comportamento de evitar a convivência entre pais e filhos contribui grandemente
para desenvolver patologias nas crianças e adolescentes. O ciúme, a hostilidade
e a inveja acabam sendo uma forma de conseguir manter-se ligada ao outro genitor
numa tentativa desesperada de eternizar uma relação amorosa que não existe mais,
intervindo persistentemente na vida do outro por causa da incapacidade de lidar
com a perda.
As alienadoras precisam aprender a viver e a deixarem viver.
Elas não retomam suas vidas e como castigo tentam paralisar também a do ex-marido.
Gastam tempo, dinheiro e energia para infernizar, conturbar e destruir a vida do
ex-companheiro. Fazem o inacreditável
para matar o afeto que a criança nutre pelo pai. Implantam falsas memórias e o
que parecia impossível, acontece: conseguem fazer os filhos a denunciarem os
genitores em ‘falsas comunicações de crimes’.
‘Mostram-se aos familiares e amigos como vítima, injustamente
e cruelmente tratada pelo outro genitor, do qual procura se vingar fazendo crer
aos filhos que o outro genitor tem todos os defeitos do mundo’.
Usar crianças indefesas para executarem baratas e desleais
vinganças é no mínimo um abuso emocional contra o menor.
Verifique na tabela abaixo se o seu filho esta sofrendo de Síndrome
de alienação parental.
Os três estágios da enfermidade do filho:
“Estágio I – Leve:
Neste estágio normalmente as visitas se apresentam calmas, com um pouco de
dificuldades na hora da troca de genitor. Enquanto o filho está com o genitor
alienado, as manifestações da campanha de desmoralização desaparecem ou são
discretas e raras. A motivação principal do filho é conservar um laço sólido
com o genitor alienador.
Estágio II – Médio: O
genitor alienador utiliza uma grande variedade de táticas para excluir o outro
genitor. No momento de troca de genitor, os filhos, que sabem o que genitor
alienador quer escutar, intensificam sua campanha de desmoralização. Os
argumentos utilizados são os mais numerosos, os mais frívolos e os mais
absurdos. O genitor alienado é completamente mau e o outro completamente bom.
Apesar disto, aceitam ir com o genitor alienado, e uma vez afastados do outro
genitor tornam a ser mais cooperativos.
Estágio III – Grave: Os filhos em geral estão perturbados e frequentemente
fanáticos. Compartilham os mesmos fantasmas paranóicos que o genitor
alienador tem em relação ao outro genitor. Podem ficar em pânico apenas com
a ideia de ter que visitar o outro genitor. Seus gritos, seu estado de pânico e
suas explosões de violência podem ser tais que ir visitar o outro genitor é
impossível. Se, apesar disto vão com o genitor alienado, podem fugir,
paralisar-se por um medo mórbido, ou manter-se continuamente tão provocadores e
destruidores, que devem necessariamente retornar ao outro genitor. Mesmo
afastados do ambiente do genitor alienador durante um período significativo, é
impossível reduzir seus medos e suas cóleras. Todos estes sintomas ainda
reforçam o laço patológico que têm com o genitor alienador.” (GARDNER3, §38).
Como lidar com as crianças alienadas.
Se o filho afirma frequentemente que não quer te ver, que
odeia sua casa, que não gosta da sua companheira e não quer nem chegar perto
dos meio-irmão.....Não leve a sério estas alegações, pois, seria prestar um mau e serviço às crianças. O que os
filhos dizem não querer, nem sempre é o melhor para eles.
O pai deve considerar esta animosidade como superficial e
fabricada para obter boas graças do genitor alienador. Um bom enfoque é
dizer-lhes: “Vamos nos lembrar de como éramos antes da separação, nós tínhamos uma
boa relação. Por que tudo mudou se ainda sou seu pai?
‘Quando os filhos não querem ir com o genitor alienado, vão
justificando sua decisão por diversas razões destinadas a contentar o
genitor alienador: “Vou unicamente pelo seu dinheiro”, ou “Se eu não for
ele não nos dará mais dinheiro e morreremos de fome”. Os filhos necessitam uma
desculpa para ir com o genitor alienado sem perder a afeição do genitor
alienador. Necessitam da possibilidade de dizer que odeiam o outro genitor, e
que vão unicamente para evitar que o pai pare de pagar a pensão alimentícia.
O filho tem somente uma vaga ideia do “porquê” não quer ir
com o genitor alienado e quando questionado não sabe justificar, já que usa o
discurso emprestado da mãe e não seu próprio discurso.
Iniciam uma campanha de descrédito contra o pai. Esta
campanha se manifesta verbalmente e nas atitudes. Para não querer ir ‘nas visitas’ utilizam justificativas
fúteis. O filho dá pretextos fúteis, com pouca credibilidade ou usam absurdos,
para justificar as atitudes. O filho parece estar absolutamente seguro de si, e
seu sentimento exprimido pelo genitor alienado é maquinal e sem equívoco: é o
ódio.
O filho afirma que
ninguém o influenciou e que chegou sozinho a esta conclusão. Adota, de uma
forma racional, a defesa do genitor alienador no conflito’.
O filho não sente
nenhuma culpa por denegrir ou explorar o genitor alienado. O filho conta casos
que manifestadamente não viveu, ou que ouviu contar. Finge como se fosse um
ator de teatro.
Generaliza e estende a outros membros da família, como avós,
tios, primos sua animosidade, afinal, ‘mamãe’ quer exclusivismo da posse da sua
prole, pois todos que se relacionam com papai “representam” ameaça ao campo
fechado que o alienador delimitou.
Pais não caiam na
armadilha de ficarem com raiva dos filhos. Eles não sabem o que fazem. Estão
sendo orientados pela mãe alienadora para agirem assim.
Não desistam. Perseverem nos seus esforços
para fazer e manter bom contato com seus filhos. “Há o risco de que a rejeição
constante da criança seja humilhante e desmoralizante, mas por vezes a
persistência, com a ajuda de um especialista e o apoio dos tribunais, leva ao
sucesso”.
Fontes consultadas: http://www.derechoycambiosocial.com/revista018/alienacion%20parental.htm
http://www.saypsicologia.com.br/leitura/sindrome_a_p.pdf
Nenhum comentário:
Postar um comentário