Outro dia recebi
essa mensagem in box:
“Dra., eu entendia
seus textos como se fossem duros,
mas na verdade, começo a perceber que eu estava equivocada. Seus textos são realistas. São a manifestação nua e crua, sem disfarces ou
máscaras, da mais clara realidade.
Por isso
foi tão difícil conceber, pois eu
fiquei do outro lado tentando defender um posicionamento de mães alienadoras,
talvez por pena, e não percebi que seus textos só tem um lado: a criança e seu bem estar.
Vejo com muito mais
clareza agora e até peço desculpas por minha lentidão em entender”.
Meus textos são
polêmicos, os alienados concordam
totalmente, os alienadores discordam e os espectadores (profissionais que
não são conhecedores do tema alienação parental e pessoas que não passam pelo problema),
são descrentes de que isso seja uma
realidade vivida por milhares de pessoas.
Hoje eu vou falar de
mais um tema que vai chatear muita
gente que é o de delegar a resolução
de problemas à terceiros.
Seis pessoas me
procuraram só no mês de outubro pra dizer que a guarda saiu UNILATERAL para mãe, porque o pai concordou com isso no acordo da
audiência de conciliação.
Me desculpem, mas só assina ‘errado’ quem delega a outros a função de decidirem
seu futuro.
Tenho visto uma gama
enorme de pais que NUNCA leram o
processo. Pedem para que seus pais o
façam e um número sem fim de homens que pedem para nova esposa “cuidar” do andamento. Outros tantos confiam além da própria vida, a do filho nas
mãos dos advogados.
É bastante comum que
o pai nem saiba do que é a Ação que
esta movendo e pede para eu perguntar para seus pais ou para nova esposa ou
para advogado.
Mas como fica o sujeito no dia da audiência se ele nem sabe
do que o juiz está falando e não
pode pedir ajuda da mamãe, papai, esposa....?
Quem lê o processo
fica sabendo das falsas acusações, das frases absurdas escritas pelos advogados
da outra parte e nem se espanta com a fala do juiz, mas quem não leu nem as
Petições iniciais e nem as Contestações fica surpreso quando o magistrado
repete coisas que são pedidas nas ações.
Dia desses um pai
ficou em estado de choque durante a audiência quando o juiz disse que a ex
esposa estava pedindo 415 mil reais de indenização por abandono afetivo, outro se
surpreendeu quando soube que a requerente pedia 13 mil reais de pensão para ela e mais 3 mil reais para cada
filho. Um deles quase saiu preso quando quis desacatar juiz e bater na ex
mulher porque no documento escrito pelo advogado estava escrito que ele era ‘um
desgraçado avarento’.
Encarecidamente eu
peço aos pais ou mães alienados QUE
LEIAM OS DOCUMENTOS produzidos pelos profissionais contratados, sejam eles
advogados, consultores, psicólogos.
Não adianta nada
pedir uma Avaliação psicológica da criança se NÃO FOR LER. Após vários dias do observação, ludoterapia e testes,
cheguei à seguinte conclusão:
“NENHUM traço de
criança abandonada afetivamente pelo pai foi observado, NENHUM SINTOMA COMPORTAMENTAL, PSIQUICO OU
FÍSICO que geralmente aparecem em crianças que têm os conflitos emocionais
citados pela mãe foi observado”.
Mas como pai não leu, juiz
sentenciou o pagamento em 100 mil e ele se
calou, pois não sabia nada do documento anexado que poderia ajudar e muito
na sua defesa, já que um material extenso contendo todos os procedimentos
utilizados na avaliação estavam descritos no Parecer. Além de ser condenado por
só ver a criança uma vez por mês, o que já é um absurdo, o juiz ‘falou grosso’ e ele acabou assinando
guarda UNILATERAL MATERNA!
Mais tarde me liga o avô da criança perguntando:
- Drª, meu filho assinou errado! O que podemos fazer agora?
Num outro caso tínhamos todos argumentos para sair uma ‘compartilhada’.
Petição do genitor era essa. O Processo continha inúmeras medidas Protetivas
baseadas na Lei Maria da Penha, tinha falsas acusações de abuso sexual contra
avô paterno, 12 Boletins de Ocorrência por Desobediência, Busca e apreensão,
multa, etc e tal e na hora “H”, juiz pergunta:
- Você não acha que mãe cuida melhor do filho?
E em seguida fez um belo discurso sexista de que mãe é mãe e pai é mero
provedor de pensão. Disse que mãe gerou e carregou filho no ventre 9 mês e por
fim, solta a ‘bomba’:
- Homem que é homem reconhece isso. Eu sou contra esse negócio de
criança mochileira. Criança tem que ter uma casa só para seu melhor bem estar e
o lugar seguro e acolhedor de moradia é com a mãe. Vamos encerrar o processo
por aqui. Assine guarda unilateral à favor da mãe...
E o rapaz assinou!
Pai dele entrou em contato comigo e disse:
- Meu filho deu a guarda para mãe
e advogado não se manifestou.
Juiz pressionou ele e só veremos
minha neta de 15 em 15 dias. Estamos
desesperados.
Outros avós e nova esposa do pai das crianças envolvidas, mandam
mensagens do tipo:
- Drª, hoje tive a maior decepção da minha vida. Depois de tudo que
fizemos, meu marido deu a unilateral
para ex esposa.
- Estou decepcionado com meu filho. Ele abriu mão e deu a guarda para mãe.
- Liliane, hoje tive a maior decepção da minha vida. Depois de tantos
meses exaustivos estudando o processo e contratando profissionais competentes,
meu marido na audiência abriu mão da
guarda compartilhada e ainda aceitou a majoração da pensão alimentícia!
-Me sinto apunhalado pelo meu filho. Ele aceitou um acordo e colocou
tudo à perder....veremos minha neta 3
horas por semana!!!
- Estou desiludida. Adoro minha netinha e meu filho disse que foi massacrado pela Juíza do caso e aceitou dar
unilateral para mãe.
- Depois do que meu filho fez estou sem forças para lutar. Disse que Juiz foi bem agressivo e ele se viu acuado
a dar a guarda para genitora.
Pessoal, tenho centenas de frases que poderia escrever, mas o intuito
dessa postagem é mostrar o maleficio
de deixar terceiros cuidar de um assunto que é do interesse do pai. Por mais bem intencionado que estejam os
avós e as novas esposas, a luta deve ser do genitor interessado em de fato ter
a guarda compartilhada. Caso contrário, o sujeito nem fica sabendo o que está
acontecendo no decorrer do processo e cai de paraquedas na audiência.
Se tivesse lido as grosserias que são escritas nas contestações, por
exemplo, não ficariam com ‘medo’ do juiz, pois
estariam familiarizados com o radicalismo dos defensores de quem está no momento
com a guarda da criança, sim, é isso que vejo: quem está com o “Troféuzinho” na mão, tem a força! Bem estilo He-Man o
detentor da guarda diz: Eu tenho a força, sou invencível!
NÃO adianta chorar o que
foi assinado! Me lembrei do personagem
de uma gênia chamada Efigênia, uma estagiária de gênia que fazia tudo errado e
depois dizia: pediu esta pedido, não
pode ficar arrependido.
Por isso e por tudo mais ALERTO, LEIAM
o processo todo. PEGUEM A SENHA dos
processos digitais no cartório do Fórum, é grátis e com ela você pode se
manter informado dia e noite sobre os andamentos.
Pais não deleguem essa
função à ninguém! Se o advogado
ou psicólogo escreverem algo que não saibam o que é, perguntem para os
profissionais, para amigos, para Google, mas não deixem passar em branco. Nós
somos ‘terceiros’ escrevendo e relatando sobre a vida de uma família e estamos contribuindo
para que juiz dê essa ou àquela sentença.
Não é certo permitir que outros determinem o destino da família desfeita,
principalmente não é justo com a
criança sentencia-la a conviver mais parte do tempo com pai ou com a
mãe.
Quem dá o peixe ao filho
ou marido e não o ensina a pescar é tão culpado quanto ele e um dia a criança vai cobrar a todos do por
que ela teve guarda unilateral num país em que a regra é compartilhada e daí, você papai que não leu e deixou tudo
por conta da nova esposa ou do seus pais vai responder o quê?
Vai responder: - Papai teve medo
da pressão que juiz fez? É isso que vai responder para seu filho?
Avós, o filho de vocês está crescidinho. Nova esposa, o seu marido é um
marmanjo. Parem de fazer a “Lição de
casa” pra ele, porque na hora da PROVA
ele não tem de quem colar, não pode ‘pular’
a questão e nem pode pedir a ajuda dos ‘universitários’ e receberá um belo Zero e a prova de recuperação demora anos para acontecer (se acontecer), além de custar muito dinheiro e toda sua saúde física e emocional!
Concordo. Por muito tempo a defensoria publica e os funcionários do cartório das varas de família de minha cidade afirmavam que ninguém além do advogado do caso pode ter acesso a processo em segredo de justiça. Sem dinheiro pra custear tantos processos que a alienadora abriu embarcamos na DF e lá a auxiliar que nos atendeu ameaçou chamar a policia alegando que meu esposo não tinha o direito de sequer olhar o processo. O processo rolou, o conteúdo que era liberado para termos era o mínimo possível e no final acabou nessa história... pai não sabia do conteúdo, não pesquisou, não correu na frente, assinou acordo unilateral. Ontem depois de remoer todo o estresse emocional o pai resolve enfim buscar ajuda de advogado, fomos ao cartório com o advogado para ter acesso ao tão secreto processo e vejam só, diante do advogado, questionada se a parte poderia ter acesso pessoalmente, a chefe do cartório disse "claro que pode, aqui com certeza nunca recusamos esse direito!" Queria passar essa experiência, pois já vi muitos perguntarem se podem ter acesso ao processo... procure a chefe do cartório, se você é parte do processo, você tem o direito de ver, se não permitirem que você pegue para xerocar, vá com câmera e fotografe.
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