domingo, 22 de novembro de 2015

Um por todos. Todos por um!


Tenho visto muitos profissionais extremamente individualistas que não aceitam de forma alguma trabalhar em equipe e quero deixar um alerta aos pais: antes de contratarem advogados, psicólogos, consultores, mediadores, entrevistem os especialistas e perguntem sobre o que acham do trabalho multidisciplinar.
Vocês são os contratantes. São suas vidas e a vida dos seus filhos que estão em jogo. Raros profissionais são militantes na causa da alienação parental, muitos aceitam os casos apenas encarando a Ação como ‘um caso à mais’. Visam a vantagem financeira e não a RETOMADA DA CONVIVÊNCIA DA CRIANÇA AFASTADA DE UM DOS GENITORES.
Pais, mães e avós não podem ser sujeitos passivos, porque a consequência de um erro processual pode causar anos de afastamento entre pais e filhos e seus familiares.
Uma avó me procurou para fazer um Parecer sobre um caso que se arrasta há 9 anos. O advogado que se acha Professor de Deus, cobrou 30 mil reais pela Ação, mas muito pouco ou quase nada fez.
Há 6 anos o infante expressa o desejo de viver com pai, mas a “Estrela da Advocacia” nunca peticionou para que o hoje ‘quase rapaz’ fosse ouvido. Família contratou um Mediador que resolveu o caso em um único despacho com Juiz.
Sabendo disso o ‘doutor’ agrediu verbalmente o outro profissional e foi necessário intervenção do contratante para que a agressão não chegasse à vias de fato. O profissional também discordou totalmente com a contratação de Assistente Técnica para o caso, bem como com um Parecer crítico sobre um Laudo parcial e com erros teóricos graves.
Num assunto tão complexo quanto a alienação parental nenhum profissional dá conta sozinho. Não adianta contratar um especialista brilhante se ele for individualista, pois a chance de que não dê certo é muito grande.
Para combater esse mal que mais parece uma doença infectocontagiosa precisamos de uma equipe e não de pessoas que pensam apenas no que é melhor para elas, e não para o grupo familiar. Cabe, então, ao contratante que seja o gestor da questão e mostre a todos os envolvidos que a vitória depende do trabalho em equipe. O ‘companheirismo’ da equipe multidisciplinar deve ser a palavra de ordem: juntos somos melhor que um.
Saber desenvolver trabalhos em conjunto DEVE ser uma das qualidades exigidas nos processos de contratação dos profissionais. Trabalhar em equipe significa criar um esforço coletivo para resolver um problema. Devemos nos dedicar a realizar uma tarefa visando concluir determinado trabalho, cada um desempenhando uma função específica, mas todos unidos por um só objetivo, alcançar a tão almejada convivência em tempo equilibrado da criança com ambos genitores.  
“No trabalho em equipe, cada membro sabe o que os outros estão fazendo e reconhecem sua importância para o sucesso da tarefa”. Os objetivos são comuns e as metas coletivas são desenvolvidas para ir além daquilo que foi pré-determinado”.
Quando várias áreas do conhecimento se juntam para resolver um problema, num esforço COLETIVO, as chances de obter sucesso são enormes. Seria como o funcionamento de uma orquestra onde cada um tem funções e responsabilidades muito bem definidas. Todos são ‘músicos’ tocando diferentes instrumentos.
“O papel de cada músico é fundamental para a boa execução da apresentação. Em uma música orquestrada, utilizamos o nosso talento musical particular para que o conjunto, o final, seja marcante e bem expressivo”.
O sucesso é consequência da harmonia com que a música foi tocada. A concretização de um bom trabalho só é possível se todos trabalharem em sintonia e na prática tenho encontrado muitos profissionais individualistas e a ‘música’ fica pra lá de desafinada.
Nessa desafinação quem mais perde é a criança, porque a desarmonia interna só cresce a cada dia de ausência. Muitos profissionais não são pais, nem mães, muito menos avós. Não tiveram a prole alijadas de sua companhia, por isso, não têm pressa e não sabem que neste caso o tempo é amigo íntimo da alienação parental: aqui o tempo não cura nada e muito menos reconcilia.
Se o psicólogo contratado reclamar que advogado não responde aos e-mails, não atende aos telefonemas, não retorna mensagens, desconfie da postura do “Deus do Direito”. O inverso também é verdadeiro. O psicólogo deve prontamente atender aos advogados, ao mediador, ao conciliador, ao Perito do caso, à família.
Cada profissional envolvido deve motivar o outro. Saberes diferentes não competem, colaboram!
Não tenham medo de entrevistarem os profissionais antes de contrata-los. Selecionem os profissionais que pretendem contratar e antes de assinarem o contrato peçam pra que eles entrem em contato um com outro. Se um deles se negar, hesite na contratação. Não entreguem seus filhos nas mãos de uma única prepotente pessoa.
Um por todos. Todos por um!



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