Tenho visto muitos profissionais
extremamente individualistas que não aceitam de forma alguma trabalhar em
equipe e quero deixar um alerta aos pais: antes de contratarem advogados,
psicólogos, consultores, mediadores, entrevistem os especialistas e perguntem
sobre o que acham do trabalho multidisciplinar.
Vocês são os contratantes. São
suas vidas e a vida dos seus filhos que estão em jogo. Raros
profissionais são militantes na causa da alienação parental, muitos aceitam os casos apenas
encarando a Ação como ‘um caso à mais’. Visam a vantagem financeira e não a RETOMADA DA CONVIVÊNCIA DA
CRIANÇA AFASTADA DE UM DOS GENITORES.
Pais, mães e avós não podem ser
sujeitos passivos, porque a consequência de um erro processual pode causar anos
de afastamento entre pais e filhos e seus familiares.
Uma avó me procurou para fazer um
Parecer sobre um caso que se arrasta há 9
anos.
O advogado que se acha Professor de Deus, cobrou 30
mil reais pela Ação, mas muito pouco ou quase
nada fez.
Há 6 anos o infante expressa o desejo
de viver com pai, mas a “Estrela da Advocacia” nunca peticionou para que o hoje
‘quase rapaz’ fosse ouvido. Família contratou um Mediador que resolveu o caso
em um único despacho com Juiz.
Sabendo disso o ‘doutor’ agrediu
verbalmente o outro profissional e foi necessário intervenção do contratante para
que a agressão não chegasse à vias de fato. O profissional também discordou
totalmente com a contratação de Assistente Técnica para o caso, bem como com um
Parecer crítico sobre um Laudo parcial e com erros teóricos graves.
Num assunto tão complexo quanto a
alienação parental nenhum profissional dá conta sozinho. Não
adianta contratar um especialista brilhante se ele for individualista, pois a
chance de que não dê certo é muito grande.
Para
combater esse mal que mais parece uma doença infectocontagiosa precisamos de
uma equipe e não de pessoas que pensam apenas no que é melhor para elas, e não
para o grupo familiar. Cabe, então, ao contratante que seja o gestor da
questão e mostre a todos os envolvidos
que a vitória depende do trabalho em equipe. O ‘companheirismo’ da
equipe multidisciplinar deve ser a palavra de ordem: juntos somos melhor que um.
Saber desenvolver trabalhos em conjunto DEVE ser uma das
qualidades exigidas nos processos de contratação dos profissionais. Trabalhar
em equipe significa criar um esforço
coletivo para resolver um problema. Devemos nos dedicar a realizar uma
tarefa visando concluir determinado trabalho, cada um desempenhando uma função específica, mas todos unidos por um só
objetivo, alcançar a tão almejada convivência em tempo equilibrado da criança
com ambos genitores.
“No trabalho em equipe,
cada membro sabe o que os outros estão fazendo e reconhecem sua importância
para o sucesso da tarefa”. Os objetivos são comuns e as metas
coletivas são desenvolvidas para ir além daquilo que foi pré-determinado”.
Quando várias áreas do conhecimento se juntam para resolver
um problema, num esforço COLETIVO,
as chances de obter sucesso são
enormes. Seria como o funcionamento de uma orquestra onde cada um tem funções e responsabilidades muito bem
definidas. Todos são ‘músicos’ tocando diferentes instrumentos.
“O papel de
cada músico é fundamental para a boa execução da apresentação. Em uma música
orquestrada, utilizamos o nosso talento musical particular para que o conjunto,
o final, seja marcante e bem expressivo”.
O sucesso é consequência da harmonia com que a
música foi tocada. A concretização de um
bom trabalho só é possível se todos trabalharem em sintonia e na prática
tenho encontrado muitos profissionais individualistas e a ‘música’ fica pra lá
de desafinada.
Nessa desafinação quem mais perde é a
criança, porque a desarmonia interna só cresce a cada dia de ausência.
Muitos profissionais não são pais, nem mães, muito menos avós. Não tiveram a
prole alijadas de sua companhia, por isso, não
têm pressa e não sabem que neste caso o tempo é amigo íntimo da alienação parental: aqui o tempo não cura nada
e muito menos reconcilia.
Se o
psicólogo contratado reclamar que advogado não
responde aos e-mails, não atende
aos telefonemas, não retorna
mensagens, desconfie da postura do “Deus do Direito”. O inverso também é
verdadeiro. O psicólogo deve prontamente atender aos advogados, ao mediador, ao
conciliador, ao Perito do caso, à família.
Cada
profissional envolvido deve motivar o outro. Saberes diferentes não competem, colaboram!
Não
tenham medo de entrevistarem os profissionais antes de contrata-los. Selecionem
os profissionais que pretendem contratar e antes de assinarem o contrato peçam
pra que eles entrem em contato um com outro. Se um deles se negar, hesite na
contratação. Não entreguem seus filhos nas mãos de uma única prepotente pessoa.
Um
por todos. Todos por um!
Concordo plenamente.
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