quinta-feira, 12 de novembro de 2015

O problema do outro.

Nos últimos dias tenho recebido dezenas de ligações telefônicas de homens reclamando da postura da nova esposa e é pra elas que vou escrever hoje. Vou retirar trechos do Livros: 'Por que as mulheres choram e os homens mentem' e 'Mulheres que amam demais', indico a leitura para todos os casais.

“Quando a mulher oferece um conselho que o homem não pediu, ele sente como se ela declarasse que o considera incompetente, incapaz de resolver seus problemas. Desde os tempos da caverna o homem vai caçar sozinho. Queria ter o prazer de trazer o alimento pra sua família e para isso não pedia ajuda e nem conselho pra ninguém. Pedir conselho é uma demonstração de fraqueza, pois ele acha que deveria resolver seus problemas sozinho. É por isso que ele raramente fala a respeito das coisas que o preocupam. E conselhos oferecidos especialmente se partem de uma mulher, não são bem-vindos.
Ele se acha competente para resolver seus próprios problemas e por isso não acha necessário discuti-los com ninguém. Ele só pede ajuda a outra pessoa quando sente necessidade de uma opinião especializada, e considera que assim está dando um inteligente passo estratégico.

Quando um homem pede conselho a outro homem, aquele que dá o conselho encara a consulta como um elogio e se sente honrado com a consulta.

Rabugenta é um termo tradicionalmente usado pelos homens para qualificar as mulheres quando elas se limitam a lembrar aos seus homens as coisas que eles têm de fazer”, como por exemplo: ligar para advogado, passar na escola, enviar e-mail para psicólogo, entrar no site pra ver as movimentações do processo, ver tal vídeo que fale de alienação parental, ler texto sobre a guarda compartilhada, ligar no plantão policial pra saber como funciona a busca e apreensão se a mãe não entregar a criança, se instruir de como fazer o boletim de ocorrência, perguntar a algum profissional se o contato do oficial de justiça com a genitora do filho deve ser gravado, etc. 

Como uma torneira pingando, as reclamações diárias vão lhe consumindo a energia do homem que já não aguenta mais ouvir a atual esposa falar no assunto.
Não adianta achar que repetindo, repetindo e repetindo as mesmas instruções 200 vezes por dia ‘a ficha dele caia’. Ele sabe o que fazer, só não quer ter uma ‘mãe’ lhe mandando o tempo todo.

No final, ambos chegam a um ponto em que não se veem mais como parceiros, amantes ou amigos. Para o homem, não há maneira mais segura de matar a paixão do que começar a achar que vive com sua mãe, e, para a mulher, do que sentir que vive com um menininho imaturo, egoísta e preguiçoso.
‘As reclamações monotemáticas ocorrem principalmente no fim do dia, justo na hora em que o homem mais precisa de um tempo para ficar "olhando a fogueira", como faziam seus antecessores primitivos ao voltar de um exaustivo dia de caça’.
Quanto mais a agressora (a atual esposa) reclama, mais a vítima se refugia atrás das barreiras defensivas que deixam a mulher enlouquecida: computadores, celulares, trabalho de casa, cara de desânimo, amnésia, surdez aparente e controles remotos. Ninguém gosta de ficar sujeito à raiva contida, a mensagens ambíguas, à autopiedade, à censura, e nem de ser continuamente acusado de tudo. ‘Todo mundo evita a rabugenta, deixando-a sozinha e ressentida’.

E quanto menos reconhecida, quanto mais prisioneira e isolada ela se sente, mais a vítima está sujeita a sofrer. Quanto mais reclama, mais isolada fica. O único resultado concreto do excesso de reclamações é a destruição do relacionamento entre a rabugenta e a vítima’.

O dicionário diz que rabujar é: aborrecer, atormentar, encher o saco, torrar a paciência, repreender, amolar, dominar (o marido), importunar, afligir, provocar, irritar. Rabugento: indivíduo, especialmente mulher, que reclama o tempo todo.
Ela sabe que está sendo irritante, mas acha que suas queixas são justificadas, mesmo sabendo que está sendo irritante, não se importa em continuar reclamando.
A rabugenta sempre espera que sua vítima, movida pelo sentimento de culpa, faça o que ela quer. Seu objetivo é incitar a vítima a obedecer-lhe, senão por achar realmente que precisa fazê-la, mas para acabar simplesmente com a discussão.

As reclamações repetidas são um lembrete contínuo, indireto e negativo das coisas que ele deixou de fazer e dos seus defeitos.

Uma das situações mais difíceis para o homem são as repetições do que ele deveria ter feito: Você ligou para o advogado? Falou no Fórum? Viu como funciona a Busca e apreensão? Pediu a câmera fotográfica emprestada para seu irmão para fotografar a retirada da criança da casa da mãe? Viu se seu tio policial pode ir junto? Foi conversar na escola? Passou no Conselho Tutelar? Etc...

‘Diante desse inquérito simplesmente o homem cala a boca, dando início a um círculo vicioso em que a rabugenta aumenta o volume da voz e a força de suas acusações e reivindicações, e a vítima recua ainda mais para trás da barreira, às vezes física, que usa para se proteger. Como nem sempre é possível sair de cena, a pressão aumenta até o ponto em que a vítima contra-ataca, causando uma áspera discussão que pode até degenerar em violência física.

Soluções:

‘Um homem jamais lhe dirá que se sente diminuído quando você critica o seu comportamento. Nem dirá que fustigá-lo com reclamações lhe causa os mesmos problemas que ele costumava ter com a mãe quando era adolescente. E nunca lhe dirá que anda achando você sexualmente tão desinteressante quanto a mãe dele e nem lhe dirá que você está ficando chata igualzinha a ex.

Quando descobre que você não confia em sua capacidade de tomar decisões acertadas, ele fica se achando um fracasso, alguém que nunca conseguirá satisfazer suas expectativas. E se cala e o pior de tudo é que para sair desse cerco de reclamação ele deseja se separar’.
Novas esposas, vocês estão se deteriorando e deteriorando o casamento por um problema que não é à priori de vocês e isso é muito sério.
O marido é isso que ele é e não quem vocês gostariam que ele fosse. Ele não vai se transformar por conta de suas reclamações.

Canalizem energias para si em vez de projetá-las em um homem que não pretende mudar de atitude. Invistam em vocês. No lugar de ficarem no site do TJ vendo andamento de processos, corram pra academia se cuidarem. Nada de correr atrás de advogados e psicólogos se os maridos não pediram esse tipo de ajuda. Comecem a modificar as atitudes se ainda existe amor entre vocês. Retirem a atenção afetuosa da ‘obsessão’ colocando-a na recuperação de sua autoestima.

O que vejo na prática é uma disputa enorme entre atual esposa e ex. E todas se esquecem que no meio dessa competição tem um homem e uma criança. Ninguém pensa no bem estar do infante. Querem é disputar quem ficará com o “Troféu” neste ou naquele final de semana, nesta ou naquela comemoração.

Se você se modificar o sofrimento cessará. Não dispute a criança com a mãe e não de palpites para o marido. Supere a necessidade de ajuda-lo. Esse problema é dele e não seu. Não o ‘salve’ de nenhuma dor. Você quer dar a oportunidade de ajudá-lo, mas ele não quer receber ajuda e você tem que respeitar.

Se um homem que lutar nada o impedirá, se ele não quer, nada o obrigará!
Viva sua vida de forma saudável, satisfatória e serena: se preocupe com a alimentação, com a pele, com outros filhos que você tenha de um outro relacionamento. Frequente um salão de beleza, faça um curso de especialização, enfim, invista sua energia em você e nas coisas que gosta.

‘Controlar é fazer por outra pessoa o que ela pode fazer por si própria. Quando planejamos o futuro da outra pessoa ou atitudes diárias, quando instigamos, aconselhamos, lembramos, advertimos, persuadimos outra pessoa que não seja uma criança, isso é controlar e a única pessoa que podemos controlar é a nós mesmas’.
Não devemos mudar nem impedir as consequências dos atos do outro.

Não cause um desastre matrimonial por um problema que é do outro.

Ontem uma mulher disse que está com desejo de pular do prédio, que se sente exausta, que marido não liga para o processo, que será condenado, que ela o ajuda, que não dorme e não vê reciprocidade alguma no comportamento dele.

Notaram que ela abatida e sem energia com a batalha judicial e o marido está muito bem, obrigado? Cuidado, porque a deterioração física e emocional é muito rápida.

Assumir o comando de um processo jurídico que não é seu se torna uma ‘doença’ progressiva, se torna um ‘vício’ que pode levar à morte. Talvez advinda de uma parada cardíaca, de um AVC ou até pela violência que agora pode se tornar parte de sua vida se o companheiro for violento ou estiver descontrolado.

Esforcem-se para se recuperarem dessa doença que destrói a qualidade de vida.
EVITE RIGOROSAMENTE tocar no assunto ‘processo’ ou qualquer outra disputa que envolva o filho do marido ou sua esposa.  Mudar a forma de agir necessita persistência, mas assim que novos hábitos forem tomando conta da vida você vai sentir a melhora na qualidade de vida do casal e de todos no entorno.

“Abdique da identidade de ser útil. Pare de se preocupar com os problemas de seu parceiro e se ajude. Não entre em jogos. Não queira mais representar os papéis de ‘salvadora’, ‘perseguidora’ ou ‘vitima’, pois estará participando de um ciclo de acusações, réplicas, culpas e alegações de inocência que não tem vencedores e é totalmente sem sentido, inútil e degradante. Pare de precisar vencer e aprenda a não fazer NADA. Essa é uma das tarefas mais difíceis que você enfrentará na sua recuperação”.

‘Quando tudo na vida dele é inadministrável, quando tudo em você quer assumir o controle, aconselhá-lo, incentivá-lo, manipular a situação de modo como puder DEVE APRENDER A FICAR QUIETA, REPEITAR ESSA OUTRA PESSOA O SUFICIENTE PARA DEIXAR QUE O CONFLITO SEJA DELA E NÃO SEU’.


Desejo êxito para todas! 

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