terça-feira, 9 de junho de 2015

Toque de Alvorada.

          “Inegavelmente a principal vítima da Alienação Parental é a criança que se torna órfã de um genitor vivo. Mas, seguramente, todos são vítimas: o genitor alienado que se vê banido do convívio do filho por longos anos, às vezes pelo resto de sua vida; o genitor alienador, que também é vítima de si mesmo, pois vive o tormento de pautar sua vida na obsessão diária de afastar o outro genitor do filho, se ‘apossando’ da criança; e, por fim, toda sociedade vítima e vai contabilizar sequelas dessa guerra sem vencedores e insana no futuro. Nesse jogo de posse e guarda todos perdem. O próprio termo ‘ter a guarda’ traz em si a equivocada ideia de posse reforçada (ter = possuir e guarda = a controlar). Para o genitor doentio, ‘ter a guarda’ é ser DONO da criança. A criança não é propriedade do pai nem da mãe. A criança é da humanidade”.
          Essa frase de Alan Minas me fez lembrar da história da Ratoeira.
          Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote.
          Pensou logo no tipo de comida que haveria ali.
          Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado. Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos:
          - Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa!!
          A galinha disse:
          - Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema
para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda
.
          O rato foi até o porco e disse:
          - Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira!
          - Desculpe-me Sr. Rato, disse o porco, mas não há nada que eu possa
fazer, a não ser orar. Fique tranquilo que o Sr. Será lembrado nas
minhas orações.
          O rato dirigiu-se à vaca. E ela lhe disse:
          - O que? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não!
          Então, o rato voltou para casa abatido, para encarar a ratoeira.
          Naquela noite ouviu-se um barulho, como o da ratoeira pegando sua vítima.
          A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego. No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pego a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher...
          O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre.
          Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha. O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal.
          Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la. Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco. A mulher não melhorou e acabou morrendo.
          Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo.
          Da mesma forma acontece com a Alienação Parental. Ela parece ser o problema de um trio: pai, mãe e filho, mas ele é um problema que atinge toda sociedade. Num primeiro momento o alienador priva a convivência de pai e filho. Logo em seguida estende a proibição de visitas aos tios, avós, primos e familiares próximos do ex conjugue. Mais tarde aos amigos deste. Sendo grande o número de pessoas atingidas.
          Em meio à ‘batalha’ o filho ‘atingido’ começa ir mal na escola. Indiretamente o problema passa a ser da professora, orientadora pedagógica, coordenadora e diretora da escola. Se o desinteresse pelos estudos aparece, começam as faltas, que culminam com uma denúncia no Conselho Tutelar. Lá, serão disponibilizados a recepcionista, atendente, psicólogos, assistentes sociais, conselheiro.
          O alienador, insatisfeito com o desfecho inventa uma falsa denuncia que envolve o trabalho de escrivães, delegados, policiais. O caso chega ao Fórum. São acionados advogados, oficiais de justiça, promotores, juízes. Infelizmente quase sempre o dissimulado e teatral alienador que assume como ninguém o papel de vítima, ganha o Processo.
          O perdedor impotente nada mais tem a fazer além de ver a deterioração do filho.  
          De acordo com estatísticas os filhos alienados que deixam de conviver com um dos genitores são cinco vezes mais propensos a cometerem suicídio. Ai é hora de acionar o Resgate, correr com adolescente para o hospital, usar o Pronto atendimento para emergência. É hora do Estado contribuir com atendentes, enfermeiras e médicos. Além de todos os gastos dos procedimentos para salvar a vida quando isso é possível.
          Crianças e adolescentes privados do contato com genitores têm nove vezes mais chances de abandonarem a escola e passarem por instituições de reeducação.
          Também é sabido que são dez vezes mais propensos a usarem drogas e têm trinta e duas vezes mais chances de saírem prematuramente de casa. Isso sem falar dos distúrbios comportamentais e das vinte vezes mais chances de serem condenados à reclusão penitenciária.
          Com tudo isso a sociedade ainda acha que alienação parental é um problema ‘familiar’. Os Tribunais, Varas de Família, CNJ, IBDFAM, advogados, psicólogos, assistentes sociais, escolas, se esquecem que: se há uma ratoeira em casa, TODA A FAZENDA CORRE RISCO.
          O problema de um é problema de todos!
          Acorde Brasil e que o ‘toque de alvorada’ seja tocado pelo judiciário! Chega de alienação parental. Guarda Compartilhada, já!


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