quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

'O pai, eu te amo você na minha vida'.



Vou transcrever um áudio que recebi essa semana para mostrar a todos a diferença entre Alienação Parental e Síndrome da Alienação Parental.

A síndrome de alienação parental (SAP), ao contrário da Alienação Parental, só se faz presente quando a criança passa a nutrir sentimento de repulsa ao genitor alienado, a recusar-se a vê-lo e, ainda por cima, a contribuir na campanha difamatória contra ele. Portanto, a Síndrome da Alienação Parental nada mais é do que resultado de Alienação Parental severa, sendo considerada um subtipo de alienação parental. Assim, a síndrome refere-se à conduta do filho, enquanto a alienação parental relaciona-se com o processo desencadeado pelo progenitor”.

O garotinho em tela é vítima de pesada alienação parental, é vítima de guarda unilateral materna.
Ele é vítima de psicólogos que o afastaram do pai por acharem que relacionamento harmonioso entre pai e mãe é condição essencial para a fixação da guarda compartilhada. Ele é vítima de quem diz:

“Nesse momento, a guarda compartilhada não atenderia aos interesses do infante, que ficariam prejudicamos pela falta de disponibilidade momentânea das partes de se entenderem sobre as questões relativas aos filhos. Acreditamos que inicialmente a guarda de “Anjinho” deva permanecer com a requerida, fixando-se as visitas do requerente aos filhos”.

Mas as ‘visitas’ recomendadas nem chegaram a acontecer, porque o pequeno menino foi ‘vítima’ de Medida (DES)Protetiva baseada na Lei Maria da Penha e foi vítima do judiciário e assim o tempo passou e o divórcio dos pais passou a ser um “mistério” que o mantinha afastado do genitor.
Por falta de bom senso da genitora, “Anjinho”, ficou sitiado pela vontade da mãe e consequentemente alijado do pai.

“Anjinho” tinha tudo para estar acometido pela síndrome da alienação parental, pois, posso afirmar que a mãe por quase dois anos se utilizou de todas as armas para apagar o pai do imaginário do filho. Fez todas as tentativas possíveis para impedir qualquer tipo de contato e CONSEGUIU, só não conseguiu destruir os laços de afeto com o genitor, que estão totalmente preservados, como veremos à seguir:

A Medida Desprotetiva acabou e pai pôde ligar pra filho. Peço uma gentileza: esqueçam dos olhos e leiam com o coração, pois, essa é a única maneira de escutar o que os “Anjinhos” falam com a alma.

Ele tem 3 aninhos de idade e fui fiel à sua pronúncia.

- O pai, depois que resolver esse mistério (o porquê de não poderem se encontrar) eu vou ai e ai....hoje e amanhã eu vou ai.

- Pai, então, eu já vou por roupa, um sort (short), um tênis, um colete meu e depois eu já vou ir ai, tchau, tchau, vou ‘i’ (ir) ai

- Eu tô com saudade de você......sabia que eu já sei equilibrar a bola no braço?

- O pai, você quer um colete de apito ou sem apito?

- O pai, tá tudo bem?

- O pai, eu falei pra minha mãe que você é só amigo da minha mãe, eu falei.

- O pai, você tá dormindo sozinho? Pai, você tá dormindo sozinho?

- Amanhã eu vou ‘i’ (ir) ai, quer?

- Oh, se você afogar eu vou pular no rio e vou pegar você pra te resgatar.

- Pai sabia que eu escorregava no escorregador, você lembra que você me pegava?

- Depois eu ia cair no fundo e depois se você não estava pra me segurar eu ia afogar.

- O pai, sabia que eu vou ir na piscina e você vai encher bem minha boia pra eu não afundar. Se você tá afundando, se você me chamar que está afundando, assim: ‘Tocorro’ (Socorro), eu vou, eu vou mergulhar no fundo, eu vou mergulhar e vou te resgatar.

- Pra sempre eu vou ficar com você, pra sempre. Vinte vezes. Vinte vezes! Vinte vezes!

- Eu tô quase a andar de bicicleta sem rodinha, sem rodinha! Se eu vou cair eu chamo e ai você me segura.

- O pai, sabia que eu vou ‘i’ ai? Eu vou ‘i’ ai. Quando resolver esse mistério nós vamos ficar de volta ai.

- Você compra minhas coisas que tá ai. Eu vou comprar uma lâmpada do Batman ‘pa’ você, não do Hulk, não, um Homem de Raio!

- Sabia que ele, ele lança raio com o peito.

- O pai, sabia que eu vou arrumar uma piscina que vira ‘cororido’, quando você acaba de entrar, você fica ‘cororido’. Nós vamos montar, espera ai, que nós vamos montar.

- O pai, sabia que eu mudo de voz? Eu tenho um botãozinho que ninguém vê e daí eu mudo de voz. Viu?

- Alô pai, depois eu vou ‘i’ ai.

- Na hora se você ‘quisé’ que eu te busco ai eu pego o carro da minha vó e pronto eu já vou te buscar.

- Quando resolver esse mistério a minha tia vai estar ai, minha vó vai estar ai, a que limpa a roupa vai estar ai.

- Pai, sabia que eu vou ai? Depois eu vou ‘i’ ai.

- Logo, logo nos vamos resolver esse mistério na mão de Deus, na mão de Deus, na mão de Deus é só confiar nos anjinhos, no papai do céu.

- Tchau, beijooo Eu te amo muito. Oh meu coração tá batendo só pra você, só pra você, pra tia... , pra você, pra tia.....

- O pai, o pai, sabia que eu vou pular igual o homem aranha.

- O pai a minha mãe não queria, então, a minha irmã não quer falar. Ela não tá fazendo nada, mas não quer falar.

- Pai vamos fazer isso de novo, jogar snook?

- Oh, nós vamos mudar pra sua casa. Eu vou dar outro nome para meu cachorro: Thor.

- O pai você compra um cachorro Capitão America pra mim? Eu já vi na televisão.

- Eu vou comprar um batom verde só de menino pra você, pra menininha nenhuma. Pra quando você tiver um machucado na boca, daí você passa um batom verde, do Hulk.

- O pai, eu te amo você na minha vida pai. O pai você e meu amor. Você é meu amor pai, meu amor, meu herói, só sei que você é meu amor.

- Pai, não precisa falar quando você quer que eu ligo pra você, eu pego o celular da minha mãe e ligo pra você. Oh, você fica dormindo e quando ficar cedo eu ligo pra você.

Confesso que todos os áudios que recebo me sensibilizam, mas esse foi muito especial, porque é a vitória do alienado contra o alienador. Anjinho e sua irmã passaram por um processo massacrante, mas ele não desenvolveu a síndrome e a irmã sim (tanto que ela não quis vir falar e tem também outras evidências que estão no processo, mas que por sigilo não posso citar).

Tudo que “Anjinho” diz é muito simbólico pra todos nós que vivemos no submundo da alienação parental. Ouvir o que ele fala é como tomar o elixir da felicidade e da esperança. Nem tudo está perdido. Um amor que todos pensavam estar abafado veio à tona em alto e bom som.

O pai, eu te amo você na minha vida pai. O pai você e meu amor. Você é meu amor pai, meu amor, meu herói, só sei que você é meu amor’.

‘Se você afundar eu vou te resgatar. Pra sempre eu vou ficar com você e...se eu cair você me segura’.
‘Quando acabar o mistério nós vamos ficar de volta aí e vamos lançar um raio ‘cororido’ com o peito’.
‘Pai, o meu coração tá batendo só pra você’.

Esse menino é uma das grandes surpresas boas que me aconteceram na vida. É para que os “Anjinhos” amordaçados possam falar que trabalho noite e dia sem me cansar. É por eles que sou imparcial nos Laudos, Relatórios e Avaliações.
Desejo a todos pronto restabelecimento de contato com os filhos ausentes.
Um abraço ‘cororido’ desse meu peito de aço que se desmancha todinho ao ouvir:
‘O pai, eu te amo você na minha vida pai”.



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