segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Eu morro por justiça, dignidade, honra e pelo meu direito de ser pai!



 “Sidnei Ramis de Araújo, de 46 anos, autor da chacina que matou 12 pessoas em Campinas, no interior de São Paulo, foi acusado pela mulher, Isamara Filier, 41, de abuso sexual contra o filho do casal, João Victor Filier de Araújo, de 8 anos, no processo de regulamentação de visitas em 2012. A Justiça considerou que as acusações "não eram cabalmente comprovadas", mas estipulou regras de convívio restritas.

Na decisão, foi determinado que a criança, que tinha três anos na época da disputa judicial, deveria ser "protegida, mas não deve ser afastada totalmente do convívio paterno". Desde então, Araújo tinha autorização para visitar o filho em domingos alternados, na casa de Isamara, entre 9h e 12h. O pai tentava reverter o regime de visitação determinado pela Justiça, sem sucesso, de acordo com consultas a decisões judiciais no Diário de Justiça Eletrônico.
...
Foi determinada ainda, na ocasião, a avaliação do serviço social para a dinâmica do processo familiar.

Na escola, havia a orientação de que somente a mãe, detentora da guarda, poderia buscá-lo na escola. Segundo uma das professoras, o menino dizia que não gostava do pai e que o mataria quando crescesse.

Em uma carta enviada para amigos antes do crime, ele faz críticas à ex-mulher e a acusa de tê-lo afastado do filho. Ele nasceu e morava atualmente em Campinas”. (Fonte: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2017/01/01/ex-mulher-acusou-atirador-de-campinas-de-abuso-sexual-contra-o-filho-na-justica.htm)

"Não tenho medo de morrer ou ficar preso, na verdade já estou preso na angustia da injustiça, além do que eu preso, vou ter 3 alimentações completas, banho de sol, salário, não precisarei acordar cedo pra ir trabalhar, vou ter representantes dos direito humanos puxando meu saco, tbm não vou perder 5 meses do meu salário em impostos.

Morto tbm já estou, pq não posso ficar contigo, ver vc crescer, desfrutar a vida contigo por causa de um sistema feminista e umas loucas. Filho tenha certeza que não será só nos dois quem vamos nos foder, vou levar o máximo de pessoas daquela família comigo, pra isso não acontecer mais com outro trabalhador honesto. Agora vão me chamar de louco, más quem é louco? Eu quem quero justiça ou ela que queria o filho só pra ela? Que ela fizesse inseminação artificial ou fosse trepar com um bandido que não gosta de filho.

Eu morro por justiça, dignidade, honra e pelo meu direito de ser pai! Na verdade somos todos loucos, depende da necessidade dela aflorar!

A vadia foi ardilosa e inspirou outras vadias a fazer o mesmo com os filhos, agora os pais quem irão se inspirar e acabar com as famílias das vadias. As mulheres sim tem medo de morrer com pouca idade.

Aproveitando, peço aos amigos que sabem da minha descrença, que não rezem e por mim, se fazerem orações façam por meu filho ele sim irá precisar! Quero ser enterrado com a cabeça para baixo se garante que assim posso ir pro inferno buscar a velha vadia (que era até ministra de comunhão na igreja) que morreu antes da hora. Demorei pra matar ela pq me apaixonei por um anjo lindo!

(...)

Ela não merece ser chamada de mãe, más infelizmente muitas vadias fazem de tudo que é errado para distanciar os filhos dos pais e elas conseguem, pois as leis deste paizeco são para os bandidos e bandidas. A justiça brasileira é igual ao lewandowski, (um marginal que limpou a bunda com a constituição no dia que tirou outra vadia do poder) um lixo!

Se os presidentes do país são bandidos, quem será por nós?

Filho, não sou machista e não tenho raiva das mulheres (essas de boa índole, eu amo de coração, tanto é que me apaixonei por uma mulher maravilhosa, a Kátia) tenho raiva das vadias que se proliferam e muito a cada dia se beneficiando da lei vadia da penha!

Não posso dizer que todas as mulheres são vadias! Más todas as mulheres sabem do que as vadias são capazes de fazer!

Filho te amo muito e agora vou vingar o mal que ela nos fez! Principalmente a vc! Sei o qto ela te fez chorar em não deixar vc ficar comigo qdo eu ia te visitar. Saiba que sempre te amarei! Toda mulher tem medo de morrer nova, ela irá por minhas mãos!"

"(...) eu ia matar as vadias (eu já tinha a arma e raspei a numeração pra não prejudicar quem me vendeu, ela precisava de dinheiro). Família de policial morto não recebe tantos benefícios com a família de presos. Cadê os ordinários dos direitos humanos? Estão sendo presos por ajudar bandidos né? Paizeco de bosta.

Sei que me achava um frouxo em não dar uns tapas na cara dela, más eu não podia te dizer as minhas pretensões em acabar com ela! Tinha que ser no momento certo. Quero pegar o máximo de vadias da família juntas.

A injustiça campineira me condenou por algo que não fiz! Espero que eles sejam punidos de alguma forma. (Todos os grifos meus)


Esse texto não é de forma alguma apologia ou incentivo ao crime. Não estou defendendo Sr. Sidnei. Não acho que o que ele fez foi correto, mas é uma atitude compreensível para quem como eu convive diariamente com decisões injustas do nosso judiciário que insiste em continuar concedendo guardas unilaterais com ‘visitinhas’ quinzenais de 3 horas na casa do genitor guardião!

Estou assistindo a reportagem do Programa Brasil Urgente da Bandeirantes, onde estão falando sobre o caso da chacina em Campinas e repórter disse:

- ‘Pai não via o filho há mais de um ano’.
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 “Mãe não prosseguiu com a denúncia de abuso sexual, porque os ‘exames’ foram insuficientes”.

A mídia sensacionalista sequer tocou nos temas alienação parental e falsas acusações de abuso sexual advindas de disputas de guarda e a psicóloga da escola em momento algum levantou a hipótese da fala do menino ter sido contaminada pelo discurso da mãe, no processo conhecido como ‘implantação de falsas memórias’.

Para os vizinhos entrevistados que disseram que ‘ninguém poderia saber o porquê ele fez isso’ e ‘que essa atitude não tem explicação’, eu digo que sim, tem explicação e que é fácil compreender o porque ele tomou a inadequada e radical atitude que acabou com a vida de 12 pessoas.

A acusação de abuso sexual é assustadora porque tem o poder de comprometer de forma profunda estrutura emocional das pessoas envolvidas.

É extremamente necessário investigar muito bem as denúncias de abuso sexual que aparecem pós divórcio. A Juíza de Direito Drª Jaqueline Cherulli do estado do Mato Grosso tem dados estatísticos que nos dizem que mais de 80% das acusações desse tipo são FALSAS e têm apenas o intuito de afastar o outro genitor da convivência com a criança.

“Ao mesmo tempo em que denúncias de abuso sexual contra crianças e adolescentes são cada vez mais frequentes, implicando em medidas protetivas urgentes para as vítimas e punições para os perpetradores, também são crescentes os casos de falsas denúncias. (Caminha, 2000; Kristensen & Schaefer, 2009 (In Azambuja, M.R.F.; Ferreira, M.H.M. et al, 2011). 


“A Falsa acusação é muito difícil de ser desvendada e pode demorar tanto tempo, que mesmo se comprovando que a mesma é falsa, a relação do genitor com os filhos já estará demasiadamente comprometida pela perda dos vínculos, principalmente o amor, o afeto e a confiança. Estes vínculos perdidos dificilmente poderão ser recompostos, causando danos que acompanharão todos pelo resto da vida”. – Grifos meus - Analdino Rodrigues Neto. Ong Apase (Associação de Pais e Mães Separados – SP – Capital).

Incalculáveis e Inimagináveis são os dois adjetivos que melhor definem as consequências para o acusado em Falsas denúncias de abuso sexual. Por ser uma acusação subjetiva, é difícil de ser contestada objetivamente, o que exacerba ainda mais os sentimentos de impotência.

A acusação aconteceu em 2012, quando o menino tinha três anos de idade.

Ressalte-se que a conduta do genitor alienante é totalmente construída no sentido de não apenas convencer o juiz e todos que o cercam, mas acima de tudo e em primeiro lugar, o próprio filho de que a ofensa realmente existiu, passando a trabalhar a criança no sentido de distorcer a verdade acerca de fatos que não têm conotação abusiva e não foram vividos sensorialmente por ela. Um aspecto importante de ser pontuado, é que na maioria das vezes, quanto mais tenra a idade, aumenta assim a probabilidade da criança ou do adolescente serem levados a acreditarem que foram ofendidos sexualmente, devido se encontrarem ainda em fase de evolução e terem um alto grau de sugestionabilidade da mente humana ainda em formação”. (Silva. Carmésia, p. 38)

Denúncias de agressão e/ou de práticas atentatórias à dignidade sexual devem ter procura metódica da verdade. Os profissionais não podem se deixar seduzir pelo discurso do acusador que pode ter distorcido os fatos e implantado falsas memórias no filho não só na época da acusação, como posteriormente também.

Nunca podemos pressupor que o relato da criança acerca de um evento dessa natureza seja sempre verdadeiro e não que tenham sido implantados, fixados por falsas memórias, que a mãe consegue instalar na criança pela repetitividade de relatos de fatos que não aconteceram. A mãe para distorcer fatos, se aproveita, geralmente, da tenra idade dos filhos, já que estes não conseguem diferenciar o certo do errado.

“O que se denomina Implantação de Falsas Memórias advém, justamente, da conduta doentia do genitor alienador, o qual começa a fazer com o filho uma verdadeira ‘lavagem cerebral’, com a finalidade de denegrir a imagem do outro – alienado – e, pior ainda, usa a narrativa do infante, acrescentando, maliciosamente, fatos, não exatamente como estes se sucederam. O filho aos poucos vai se “convencendo” da versão que lhe foi ‘implantada’. O alienador passa então a narrar à criança atitudes do outro genitor que jamais aconteceram ou que aconteceram em modo diverso do que foi narrado” (ESTROUGO, 2010a, p. 530)

Depois que a criança reproduz o que lhe foi implantado, toda sua parentela acredita e se revoltam contra o suposto agressor. Em caso de disputa de guarda o que vemos é a colaboração quase total da família do alienador no processo de manter filho afastado do genitor não guardião e é isso que pode ter acontecido com a família de Isamara.

Matar a ex esposa, o filho e seus parentes, e se suicidar está longe de ser a solução, mas foi um ato de desespero que só quem sofreu uma falsa acusação de abuso sexual contra o filho é capaz de compreender verdadeiramente.

Nós, profissionais da psicologia ou do Direito que convivemos quase que diariamente com as falsas acusações de abuso sexual sabemos do estado emocional que fica o acusado e a grande maioria relata vontade de matar ou de morrer.

Não é a acusação em si que deixa o acusado fora de controle, mas o despreparo do judiciário para tratar da questão.

“O tema abuso sexual mobiliza emocionalmente as pessoas, porém os profissionais devem tratá-los com independência de caráter e eximir-se de suas crenças em busca da verdade. A postura do avaliador deve ser de um investigador que não assume nada. Apenas segue as evidencias, respeitando as partes envolvidas. A crença automática na acusação não é um sinal de cuidado e carinho para com a criança, e sim, um comportamento antiprofissional, que ferirá tanto a criança quanto a justiça. Profissionais não devem ser defensores da criança, mas sim pesquisadores da verdade (Andreia Calçada, pg. 09).

Acontece que na prática a grande maioria dos profissionais acreditam na acusação que após ser feita na Delegacia crescerá a cada depoimento do denunciante, MAS ninguém se preocupa em saber o que estava acontecendo na vida do ex casal no momento da denúncia (uma disputa de guarda, por exemplo).

Um inquérito mal feito tem o poder de destruir para sempre a vida do acusado. A sequência de erros de alguns profissionais desqualificados pode transformar a polícia e posteriormente o judiciário em cúmplices do acusador.



E é praticamente impossível reverter uma injustiça cometida pelo judiciário!

O tribunal parece ser a grande ‘Pia de Pilatos’. Depois de um caso julgado, os operadores do Direito lavam suas mãos e tragédias como a do caso em tela, acontecem.

É simples ‘bater o martelo’ e decidir: “visitas quinzenais de 3 horas na casa da genitora da criança”, mas só que fez visitas monitoradas pela ex e pela sogra sabe o quão desconfortável e humilhante é.

Algumas decisões e a morosidade da justiça em rever os casos fazem estragos irreversíveis como este causado na família de João Victor.

Trabalhar na Vara de Família exige que o profissional tenha muita sensibilidade, especialização, capacidade e comprometimento em fazer justiça aos injustiçados.

Dia desse um pai me disse:

“No judiciário 2 + 2 não é 4. Lá, as leis da física e da matemática são também corrompidas, a lógica não existe....nem bom senso, nem amor. É no judiciário que encontramos a injustiça legalizada. O judiciário é o antônimo da Justiça”.

Sidnei Ramis de Araújo atirou e matou 12 pessoas, mas quem realmente à priori foi o autor da chacina?

Se a LEI Nº 13.058, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2014 tivesse sido aplicada na íntegra esse crime teria sido cometido?





8 comentários:

  1. Ele mesmo, o único autor foi o que aperrou o gatilho. A carta so mostra que ele era um machista desequilibrado que não aceita ser contrariado. A mae estava certa em afastar esse ser irracional do filho dela.

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  2. __Nada justifica o ato dele, contudo a culpa não foi 100% dele, parte da culpa foi da mãe, do judiciário também. Vale destacar o estudo estatístico pouco divulgado "80% das acusações de abuso sexual são FALSAS". A mãe também puxou o gatilho ao acusar falsamente, bem como o judiciário também puxou o gatilho ao não atuar adequadamente.

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  3. Uma dúvida: pelo texto me pareceu que a denuncia da mãe foi falsa.. mas como ter certeza de realmente? Casos assim sao dificeis de diagnoaticar...e tb ja tivemos casos que a justica ignorou o relato da criança e as denuncias do familiar e depois acabaram em morte tb.. ou seja, nao ha como saber... acho difícil tomar qualquer partido sem saber a veracidade dos fatos....

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    1. Esta é uma acusação muito difícil de ser provada. As crianças que (em teoria) são vitimas do pai, são muito pequenas. Não tem lembranças reais. E são condicionadas pela mãe a acreditarem no que ela diz. Este é um tipo de acusação, que mesmo depois que se consiga provar que era falsa, não existe o que consiga reverter o estrago que causa na vida, no emocional, na alma, daquele que foi acusado injustamente. O dano é irreversível.

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  4. Sou mãe e sou avó. Sofri a dor da alienação parental . E sei o que é o abandono afetivo. Mesmo tendo meus filhos próximos a mim.
    Vi outras crianças serem alienada por suas mães contra o pai. Sei o que é esse sofrimento.
    Parabéns querida, por sua coerência, sua sensatez, e lucidez em tratar o tema.
    Grande abraço.

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  5. Tem 5 BOs contra o cara por ameaça e agressão. Um deles ainda durante o casamento. A justiça não foi injusta, afastou um desequilibrado potencialmente criminoso do convívio com o filho. Tivessem prendido ele antes por ameaça de morte talvez a ameaça não se concretizasse. Não existe nada de compreensível no seu ato.

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  6. Por fim, um sujeito que mata 12 pessoas, inclusive o filho "porque não o vê há mais de um ano" só confirma que todos os BOs tinham base. Está dando o benefício da dúvida para um assassino confesso e sugerindo que os BOs feitos pela vítima eram "falsa acusação". De tão falsa está aí o resultado.

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  7. Eric, falar de fora é fácil...depois da lei maria da penha virou moda as mulheres acusarem os ex-companheiros de agressões e ameaças, pedir medida protetiva e alienar o filho contra o pai...isso é praticamente um manualzinho pós separação, com a conivência de advogados, psicólogos e do judiciário. Somente quem já sentiu na pele tamanha injustiça sabe o que esse rapaz passou.

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