terça-feira, 23 de agosto de 2016

Alienação parental cometida pelo genitor.



Transcrição do áudio gravado de ligação telefônica entre mãe e filho alienado.

O adolescente em tela foi atropelado. Ele mora com pai e madrasta. A genitora ficou sabendo do acidente através de uma conhecida e como não conseguia informações a única forma encontrada foi recorrer ao judiciário.

 Dias depois o telefone tocou.....

- Alô! Pois, não, quem é?

- Olha, aqui é o “José”. O que você está fazendo é ridículo, você não tem noção das coisas, não?

Mãe responde: - Não entendi. Fale devagar.

- Você quer que eu me encontre com você?

Mãe: - Como você está meu filho?

Menino: - Eu estou com dor, morrendo de dor. Meu, você não tem noção, não? Eu estou com dor, com braço e perna engessados, com ombro trincado, nariz estourado e você ainda quer me ver?!!

- Meu filho, para com isso! Eu quero te ver. Estou preocupada demais.

- Sua sem noção!

- Eu quero ver você. Preciso saber como você está! Estou preocupada. Preciso saber da gravidade do acidente. Vocês não me dizem nada....

- Sua falsa. Você nunca ligou pra mim. Você nunca ligou para meu pai pra saber se eu preciso de um remédio ou de ajuda. Só meu pai e minha madrasta se preocupam comigo.

- Mas meu filho, eu não tenho o telefone de vocês!!! Ninguém me passa! Quando você liga é de telefone privado.....como eu iria te ligar meu filho?

- Para de ser falsa! Você tem sim o fone do meu pai. Falsa, falsa, falsa.

- Por que você está falando assim comigo? Quantos ossos você quebrou? Qual carro te atropelou? Como você está? Fale mais devagar........

- Eu estou de saco cheio de você. Só estou te ligando, porque, você fez um B.O e eu não quero que meu pai seja prejudicado. Para de me expor em ações e processos. Estou farto de você, sua ridícula. Estou de saco cheio, saco cheio!!!

- Que isso meu filho? Fale devagar. Você está muito nervoso. Mal estou entendendo...

- Se você gosta de se expor e passar ridículo vá na Delegacia, mas tira meu nome da sua boca, não me coloque no meio das suas baixarias. Onde já se viu querer me ver se eu estou machucado? Você acha justo eu ter que me encontrar com você se eu fui atropelado. Responde? Vai, responde!

- Vamos conversar....calma.

- Cala a boca. Eu te fiz uma pergunta, responde! Eu te fiz uma pergunta, RESPONDE! Cala a boca!

- Espera, calma.

- Eu te fiz uma pergunta, responde!

- José, meu filho. Eu preciso te ver, seja na sua casa, na casa da sua tia, da sua avó...

- VOCÊ NÃO PRECISA ME VER NADA. VOCÊ NÃO PRECISA ME VER. JÁ FALEI COM VOCÊ E PRONTO. JÁ ESCLARECI O QUE VOCÊ QUERIA SABER. JÁ OUVIU MINHA VOZ E PRONTO! VOCÊ NÃO está preocupada com ninguém, você quer é me provocar, me irritar, irritar meu pai, é esse o motivo. Você quer provocar!

- José....

- Cala a boca. Eu já tenho 14 anos. Escuta. Você só quer provocar e mostrar que você pode recorrer ao judiciário pra saber de mim, mas me esquece. Você acha que me procurando vou gostar de você? Não. Eu vou ter mais ÓDIO, MAIS ÓDIO DE VOCÊ! EU TE QUERO CADA DIA MAIS LONGE DE MIM.

- José, você está nervoso.

- Para de encher meu saco. Estou cansado e agora você vai me escutar. Estou cansado de você.

- Eu quero saber dos seus dentes. Quantos dentes você perdeu?

- Para de fingir que está preocupada. Você só quer provocar. É isso que você quer: PROVOCAR!

- Se acalme e me ligue outra hora.

- Não. Agora você vai escutar tudo que tenho pra falar pra você.

- Tá, pode falar.

- Você é louca. Você tem problema mental. Você quer bater de frente falando que gosta de mim, mas você não gosta. Você é uma farsa. É um personagem. Você nunca foi mãe. Meu pai me contou bem quem você é. Tira a máscara, tira. Você não se importa e nunca se importou comigo. Você pode fazer o que for que eu sempre vou saber que você não se importa comigo. Você é falsa e dissimulada.

- Posso falar agora?

- Não, não pode. Tem uma coisa. Eu vou deixar você me ver, só porque, o Desembargador mandou e eu não quero que meu pai se prejudique ainda mais. Você já ferrou demais o meu pai nessa vida. Agora que sou homem vou proteger ele.

- Ok. Só quero ver você...

- Você não quer nada. Você é uma falsa, uma cobra. Você não vale a palavra que você fala. Eu não acredito em você. Se você ler a bíblia pra mim eu não vou acreditar.

- Calma, sem estresse.

- Quem você pensa que é pra falar de estresse se você me estressa desde o dia que nasci! Se NÃO FOSSE POR VOCÊ, EU, MEU PAI E MINHA MADRASTA NÃO PASSARÍAMOS PELO ESTRESSE QUE PASSAMOS. Se você não existisse a gente poderia viajar e aproveitar a vida, mas não, tenho que fazer essas merdas de encontros com você.

- Vamos sentar e conversar....

- Com você eu não tenho conversa.

- Eu sugiro...

- Cala a boca. Não te permito sugerir NADA! Quem manda aqui sou eu. Você acha que é fácil ter que olhar pra sua cara?

- José, meu filho....por que essa revolta?

- Eu tenho revolta, só porque eu nasci de você!

- O que eu fiz pra você?

- Tudo. Assuma o que você fez. Assuma. Meu pai e minha madrasta já contaram tudo. Assuma.

- Assumir o que? Eu não posso assumir nada se eu não fiz nada.

- Você é falsa. Falsa. Você é uma pessoa sozinha, sozinha...Você acha que esses seus amiguinhos de Facebook gostam de você? Esses amigos são de mentira, porque, você fica enfornada dentro de casa sozinha sem a companhia de ninguém, nem a minha.

- Terminou de me fazer desaforos e de me chatear?

- Acabei sim, só uma última coisa: VAI TOMAR NO SEU _ _!

Nesse diálogo podemos perceber claramente que o genitor alienante construiu um histórico que nunca existiu. A invenção da história é tão bem-feita e repetida diversas vezes que a criança ou adolescente passa acreditar nela de forma incontestável e faz uma aliança forte e perversa com o alienador e se une a ele no ataque ao genitor ausente.

Observem que o rapaz não tem argumentos para explicar as acusações, apenas diz que pai e madrasta já contaram ‘tudo’. Ele ‘se defende’ atacando a mãe.

O mocinho confunde guarda com PODER FAMILIAR e ‘destitui’ por incentivo do pai e da madrasta o poder da mãe, xingando-a e mandando ‘calar a boca’, numa prova mais que absoluta que o ‘guardião’ não está cumprindo o papel de bem cuidar e educar o filho.

Mas quando áudios como esse chegam ao judiciário sabem o que os operadores do Direito fazem?

Nada. Não fazem nada.

O ‘Melhor Interesse da criança’ é ser criado apenas por um dos genitores?

E o ‘Melhor Interesse do genitor ausente’, é ser jogado de escanteio pelo poder público? Ninguém volta os olhos para privação do não guardião, que fica no limbo, na lama, na esmola de um contato?

O 'fiel da balança' é o guardião e ao pai ausente cabe o papel de ‘fiscalizador/supervisor’ sem voz e sem poder familiar!

E assim caminha as Varas de Família do país: sem aplicar a Lei da Guarda Compartilhada e sem reconhecer a alienação parental..., permitindo com isso que filhos literalmente mandem as mães ou pais alienados “Tomarem no Judiário”!




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