Em 1974 meu pai me levou para ver um dos
mais famosos presépios mecânicos natalinos do Brasil, o presépio da família
Curcio que trouxe da Calábria (Itália) uma imagem do menino Jesus que naquela
época existia há mais de 200 anos e mais 300 peças em seu acervo.
Me lembro perfeitamente que os bonequinhos repetiam mecanicamente as
cenas do cotidiano e ontem após mais
uma esdruxula decisão judicial não pude deixar de fazer uma analogia entre os
atos repetidos, sempre iguais de ‘Maria’, ‘José’, ‘do burro’, ‘do boi’, e do
inerte ‘menino Jesus’ envolto em panos, deitado em uma
manjedoura (cocho), com a vivência dos
pais alienados e o ‘JUDIÁRIO BRASILEIRO’.
“Marias ou Josés” repetem sempre os
mesmos atos alienante: desqualificam o outro, dificultam ou impedem o contato,
omitem informações médicas e escolares, apresentam falsas denúncias de
violência física ou sexual, etc. O ‘burro’ ou ‘boi’ como animais trabalhadores,
vivem para pagar a pensão alimentícia.
E os “Grandes Reis Herodes” ordenam automaticamente (sem a leitura dos autos) que ‘matem’
as criancinhas!
Na grande parte do Judiciário como nos presépios natalinos, um fica balançando a cabeça em concordância
com o outro. Muitas (im)peritas afirmam que não há alienação parental no
caso em tela e os (des)operadores do Direito dizem: - Amém, Amém!
O alienado parece ser o único humano que quer retirar o filho
do ‘estábulo’. A criança também se tornou um boneco que age de forma maquinal,
inconsciente, involuntária e acomodada na manjedoura (que deveria ser lugar
para servir comida a animais)!
Mas quem irá contra tradições antigas? O que pode fazer um “burro ou um boi” contra Reis e Nobres?
Balançar
a cabeça faz parte da mecânica dos bonequinhos.
Pastores, moleiros e o seus moinhos, lavadeiras, alguns bailarinos de
um rancho folclórico, mulheres
com cântaros na cabeça, uma banda de música, entre muitos outros personagens, todos, sem exceção balançam as mãos ou a cabeça afirmativamente!
O Melhor interesse
do menor é que ele viva num ‘curral envolto a palhas’? Poucos são os Reis Magos do nosso judiciário - Gaspar, Baltasar e Belchior (Dra. Ângela Gimenez, Dra.
Jaqueline Cherulli, Dra. Fernanda Pernambuco) que trazem como presente para o ‘menino Jesus’ a Guarda
compartilhada em tempo equilibrado com ambos os genitores.
Não sei mais o que fazer para quebrar o círculo vicioso de um
avalizar a opinião do outro. O que vemos em vários processos são uma sequência
de erros. Casos gravíssimos sendo
arquivados, inocentes sendo
condenados e culpados sendo inocentados, porque os juízes ‘acolheram’ a opinião do Ministério
Público como se não tivessem opinião própria ou, simplesmente POR NÃO TEREM LIDO!
As canetas que assinam parecem ‘mecânicas’ e firmam o documento sem
que o responsável pela assinatura esteja ciente do conteúdo. Alguém em algum
momento leu, interpretou e concluiu e depois disso surge um ciclo de “Améns”, idêntico ao dos personagens dos
presépios mecânicos natalinos!
Ontem li uma Decisão de arquivamento de um segredo de
(IN)justiça. A ação tratava de dois
assuntos. O Ministério Público optou
pela condenação na esfera criminal e pelo arquivamento do pedido que tratava de assuntos cíveis.
O juiz não
leu a minuta que tinha meia página e fixou o olhar apenas na palavra: ARQUIVAMENTO
e Decidiu:
“Nos termos do parecer do Ilustre Representante do Ministério
Público, que acolho como forma de decidir, ARQUIVEM-SE
os presentes autos”.
Estamos falando de uma condenação na área CRIMINAL e juiz manda arquivar?
Nesse Natal, quantas crianças ficarão sem conviver com
genitor alienado por causa de ‘assinaturas
mecânicas’?
Quantos inocentes serão condenados e quantos culpados serão
absolvidos porque os operadores do Direito não
leram os autos e nem mesmo a opinião do Ministério Público?
QUANTAS VIDAS SERÃO ‘ARQUIVADAS’
PELOS QUE DEVERIAM SER JUSTOS, mas
assinam mecanicamente sem ler?
Movimentos repetitivos
de ‘canetas irracionais’ dão o aval
para que o alienador continue cometendo atos insanos e não seja culpabilizado
por destruir vidas de crianças e seus familiares ausentes.
Temos que denunciar nos órgãos competentes os erros dos
profissionais que assinam sem ler. Chega
de bonecos de presépios decidindo destinos de serem humanos!
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