terça-feira, 28 de junho de 2016

O tempo equilibrado NÃO desequilibra ninguém.


Apenas os que confundem grosseiramente a relação de conjugalidade com os vínculos de parentalidade existentes entre os filhos e seus pais são contrários a guarda compartilhada em situação de dissenso (quando o ex casal não se dá bem).

A Lei 13.058 diz: Quando não houver acordo entre a mãe e o pai quanto à guarda do filho, encontrando-se ambos os genitores aptos a exercer o poder familiar, será aplicada a guarda compartilhada, salvo se um dos genitores declarar ao magistrado que não deseja a guarda do menor.

“A guarda compartilhada tem como objetivo a continuidade do exercício comum da autoridade parental. Dito de outra forma, ela tem como premissa a continuidade da relação da criança com os dois genitores, tal como era operada na constância do casamento ou da união fática, conservando os laços de afetividade, direito e obrigações recíprocos”. Conrado Paulino Rosa

Muitos operadores do Direito defendem que não há possibilidade do ex casal exercer a guarda compartilhada dos filhos em tempo equilibrado, porque, entre eles existem discordâncias, desarmonias, desavenças, confrontos, discórdias, ora, se não houvesse nada disso, eles ainda estariam casados.

Psicólogos, Advogados, Promotores, Juízes e Desembargadores insistem em afirmar que a rotina em um endereço fixo é superior à convivência tem tempo equilibrado com ambos genitores.

Se o casal se separou como dar continuidade na relação pais e filhos o mais parecido possível de como quando moravam na mesma casa se o tempo não for equilibrado ou se a criança não dormir nas duas casas?

Vamos fazer analogia da criança com o planeta terra. A Terra necessita do sol e da lua em TEMPO EQUILIBRADO. Sem dia e noite as chances de vida saudável na Terra seriam mínimas, quase nulas. Também a criança necessita de pai e mãe e a ausência de convivência com um deles em tempo equilibrado tornam as chances de desenvolvimento emocional saudável quase inexistentes.

Em Norilsk (Rússia) de novembro a fevereiro, o sol não nasce e somente a aurora boreal rompe a escuridão da longa noite. Em troca, de maio a junho o sol não desaparece do horizonte e é sempre dia.

O longo dia acaba não sendo menos difícil para o ser humano que a noite interminável, aos quais se somam as tempestades, os ventos e o frio quase eterno.

As intermináveis noites polar atemorizam o turista e o senso de humor é obrigatório para sobreviver por lá, como o melhor remédio para evitar a doença que os médicos chamam de síndrome de tensão ártica.

Tal qual a criança filha de pais separados que quando fica sob a guarda e custódia apenas de um começa a ter problemas de comportamento, como: mudanças bruscas no rendimento escolar, condutas regressivas, retraimento social, medos, inseguranças, instabilidade e dificuldades emocionais, perturbação do sono (ocorrência de pesadelos, terror noturno, sono inquieto, dificuldade ou mesmo medo de dormir e enurese noturna), comportamento, diferente do padrão habitual, choro frequente, condutas delinquentes ou auto agressivas, etc.

E os intermináveis atos de alienação parental a que são submetidas a deixarão não com a síndrome de tensão ártica, mas com a síndrome da alienação parental.

Nada demais é bom. O equilíbrio é o sucesso de tudo. A terra necessita do dia e da noite. Necessita da chuva e do vento, ter apenas luz solar por meses seguidos não é salutar. Ter apenas escuridão por meses seguidos, também não é saudável.

Chuva pra molhar o solo e manter as represas em nível de água adequado são sempre bem vindas, mas chuvas torrenciais durante semanas, não é bom, porque, inunda casas, escolas, hospitais, comércios.... A ‘bonança’ virá e juntamente com ela muita lama ficará no caminho.  

Alguns avós têm sido chuva na vida dos netos, outros, chuva ácida, tempestades, temporais e tsunamis. Outros são desertos, alguns são vulcões.

A terra sofre com alguns fenômenos: ciclones, furacões, maremotos, terremotos, igualmente as crianças que têm arrancadas de si (alheia à sua vontade) um dos genitores sofrerá uma gama de emoções fortíssimas que poderá marcar sua personalidade para o resto da vida, principalmente no que diz respeito a emoção mais fundamental do ser humano: o medo de ser abandonado.

A preservação do meio ambiente depende muito da sensibilização dos indivíduos de uma sociedade e a preservação de uma criança depende dos adultos que estão à sua volta.

“A sustentabilidade ambiental e ecológica é a manutenção do meio ambiente do planeta Terra, é manter a qualidade de vida, manter o meio ambiente em harmonia com as pessoas. É cuidar para não poluir a água, separar o lixo, evitar desastres ecológicos, como queimadas, desmatamentos. O próprio conceito de sustentabilidade é para longo prazo, significa cuidar de todo o sistema, para que as gerações futuras possam aproveitar”.

A qualidade de vida de uma criança está na harmonia que seus parentes lhe proporcionam. Muitos pais, mães, avós, tios, madrastas, padrastos têm ‘poluído a mente’, ‘jogado lixo’, ‘queimado memórias’, ‘desmatado afetos’ de seus filhos, netos e enteados.

Cuidar do bem-estar, cuidar dos INTERESSES DA CRIANÇA é cuidar de todo o ‘sistema’ (físico, emocional, educacional, cultural, etc.) para que as gerações futuras reconheçam nele o quão boa, harmônica e equilibrada foi sua família.

Lembrando a todos que com a separação a família não acaba, apenas se modifica e os membros passam a morar em casas separadas, por esse motivo, a criança tem O SAGRADO DIREITO DE TER DUAS HABITAÇÕES.

Profissionais envolvidos ‘em casos de Família’ parem de fazer tempestades em copos d’água, porque, dois lares é sempre melhor que um!

Um filho é sempre fruto de um par, por isso, o natural é que os dois cuidem, zelem e eduquem em proporções iguais. Tempo equilibrado NÃO desequilibra o emocional de ninguém.  

O que desequilibra todo mundo são os factoides, ou seja, as afirmações improváveis, que de tanto ser repetidas acabam sendo aceitas como verdade inquestionáveis de que a criança necessita de uma residência fixa e de apenas um genitor no ‘comando’.


Segundo a ONU 150 milhões de crianças moram na RUA. Diante desse quadro ter DUAS CASAS É UM PRIVILÉGIO não valorizado por grande parte do ‘judiário’ brasileiro que seguem com seus ‘segredos de (in)justiça’.

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