A projeção no outro.
Muitas
vezes tenho visto postagens nas redes sociais de genitores projetando
sua culpabilidade no outro, mas não vê a si mesmo, não vê suas próprias
atitudes.
Denegrir
ou deturpar a imagem do outro fazendo afirmações exageradas que não
correspondem à realidade reflete na convivência familiar e culmina com a
criança não querendo ir com o genitor que não detém a guarda.
É
bastante comum que o inconformado com a separação se faça de vitima, se diga
prejudicado, sofredor de injustiças, que maldiga o novo parceiro/a do/a ex
companheiro/a, mas não avaliam o quão danoso esse comportamento é para criança
que fica predisposta negativamente ao genitor. Mas ao mesmo tempo a criança sabe
que aquele com que conviveu algum tempo não é assim o monstro que o outro pinta
e isso causa uma grande confusão mental que vai se estender não só na relação
com os pais, mas em todo processo de aprendizagem e desenvolvimento emocional e
cognitivo. As consequências danosas desse ataque à mente da criança é incalculável
e deixa sequelas por toda a vida e pode até mesmo interferir no convívio futuro
com o cônjuge e filhos.
No
momento em que há uma modelagem perversa que distorce a imagem das pessoas a
criança ficará no viés de sua capacidade perceptiva. Confundir a cabeça do
menor em formação sempre trás sequelas que mais tarde o genitor alienante acaba
por culpabilizar o genitor alienado. Destruir a capacidade de raciocinar e
perceber a realidade é algo muito grave e deve ser combatido veementemente por
profissionais multidisciplinares.
É
doente e perverso quem tem a ousadia de denegrir o outro injustamente deixando
a criança privada de um genitor mais razoável.
A
alienação parental causa uma lesão importante na capacidade cognitiva da
criança na sua capacidade de discernimento.
Sórdidos
ressentimentos, mentiras e rancores não podem ser usados cotidianamente para
modelar a mente da criança, pois essa influencia doentia e grave acabará por
deixar a criança com perfil semelhante ao do adulto alienador.
Não
é justo que a criança se sinta abandonada quando na verdade quem esta fazendo o
meio de campo e impedindo o contato é o genitor alienante (na grande maioria
dos casos, a mãe, que geralmente é quem detém a guarda).
O
filho é o que há de mais precioso principalmente para o genitor afastado e o
alienador o usa impiedosamente para atacar o ex-parceiro.
E
tudo muitas vezes não passa de desejo de domínio que se quer exercer sobre o
outro, seja ele o filho ou ex-companheiro.
Cada
membro representa um papel diferente na família e nessa inversão de lugres
aparece os conflitos pesados demais para uma criança que ainda não sabe
discernir realidade de fantasia/mentiras e exageros.
A
violência emocional ninguém acode, porque não se vê a olho nú, mas a criança é
um sujeito de direitos e vou defende-la até as últimas consequências.
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